"Livro bomba" de Tuma vira tábua de salvação tucana

No momento em que três secretários do governo de Geraldo Alckmin correm o risco de se tornar réus no Supremo Tribunal Federal, penas da imprensa conectadas ao PSDB usam o livro "Assassinato de Reputações", de Romeu Tuma Júnior, para tentar convencer a ministra Rosa Weber a arquivar o caso; denúncia no STF cita os secretários Edson Aparecido, da Casa Civil, José Aníbal, de Energia, e Rodrigo Garcia, de Desenvolvimento Econômico, como eventuais beneficiários de comissões pagas pela Siemens; Reinaldo Azevedo, no entanto, cita trecho do livro de Tuminha sobre o caso: "É o estado policial em plena ação"

No momento em que três secretários do governo de Geraldo Alckmin correm o risco de se tornar réus no Supremo Tribunal Federal, penas da imprensa conectadas ao PSDB usam o livro "Assassinato de Reputações", de Romeu Tuma Júnior, para tentar convencer a ministra Rosa Weber a arquivar o caso; denúncia no STF cita os secretários Edson Aparecido, da Casa Civil, José Aníbal, de Energia, e Rodrigo Garcia, de Desenvolvimento Econômico, como eventuais beneficiários de comissões pagas pela Siemens; Reinaldo Azevedo, no entanto, cita trecho do livro de Tuminha sobre o caso: "É o estado policial em plena ação"
No momento em que três secretários do governo de Geraldo Alckmin correm o risco de se tornar réus no Supremo Tribunal Federal, penas da imprensa conectadas ao PSDB usam o livro "Assassinato de Reputações", de Romeu Tuma Júnior, para tentar convencer a ministra Rosa Weber a arquivar o caso; denúncia no STF cita os secretários Edson Aparecido, da Casa Civil, José Aníbal, de Energia, e Rodrigo Garcia, de Desenvolvimento Econômico, como eventuais beneficiários de comissões pagas pela Siemens; Reinaldo Azevedo, no entanto, cita trecho do livro de Tuminha sobre o caso: "É o estado policial em plena ação" (Foto: Leonardo Attuch)


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247 - O livro "Assassinato de reputações - um crime de Estado", lançado por Romeu Tuma Júnior, tem uma serventia política cada vez mais clara: impedir que peixes graúdos ligados a governos do PSDB sejam investigados pelo Supremo Tribunal Federal.

Ontem, o inquérito foi distribuído e caiu nas mãos da ministra Rosa Weber, que poderá transformar em réus três secretários de Geraldo Alckmin: Edson Aparecido, da Casa Civil, José Aníbal, de Energia, e Rodrigo Garcia, de Desenvolvimento Econômico, que foram citados por um ex-diretor da Siemens como beneficiários de propinas pagas pela multinacional alemã (leia mais aqui).

No entanto, o jogo de pressões contra Rosa, exercido por penas da imprensa ligadas ao PSDB, será intenso. E um dos instrumentos será o livro de Tuminha. É o que faz hoje, mais uma vez, Reinaldo Azevedo – ontem ele já havia conectado a obra ao caso pela primeira vez (leia aqui).

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Desta vez, ele é mais explícito e reproduz um trecho do livro que trata dos casos Siemens e Alstom, no post "Alckmin diz que investigação de cartel virou arma eleitoral. Ele tem razão. Leia trecho do livro de Tuma Júnior". Em seguida, o trecho escrito por Tuminha:

“Recordo-me bem de ainda ter avisado o ministro [Tarso Genro] de que a estratégia [de vazar informações contra os tucanos] poderia se revelar um tiro no pé, pois autoridades e integrantes do PT, dirigentes de órgãos e entidades, também foram corrompidos pelo esquema Alstom e Siemens. O tempo e profundas investigações, se feitas de forma séria e independen¬te, mostrarão que eu tinha razão.
O que ninguém explorou, até agora, é que no caso Siemens, se a investigação for despolitizada, séria e profunda – o que acho difícil, pois já começou assim, objetivando apenas o vazamento – figurões do PT também serão pilhados na distribuição de propina; nesse caso, sai do trilho e vai para a luz, ou seja: o setor elétrico. De todo modo, que tem coelho nesse mato tem. Só não atiraram antes porque eu desarmei o caçador à época.
As últimas notícias que dão conta de um suposto pagamento de propina a políticos tucanos e aliados no caso Siemens têm todas as características dos famosos dossiês que o Planalto tentava emplacar na minha administração. Novamente, parecem seguir o mesmo percurso: saem do Planalto, vão ao MJ, chegam na PF e aparecem na capa dos jornais. Outra vez, como me disse o Abramovay, o DNA de um Carvalho, como mandante, deverá surgir, mesmo com as tentativas de blindagem. É o Estado policial em plena ação, instrumentalizando as instituições, e mais preocupado em assassinar reputações do que em apurar os fatos.”

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Detalhe: o livro de Tuma Júnior estava pronto em maio deste ano. Seria lançado "nas próximas semanas". Naquele tempo, foi alvo de um post do mesmo Reinaldo Azevedo, bem mais discreto (leia aqui). Só agora, ao se transformar em tábua de salvação para políticos do PSDB é que a obra se transformou em "livro bomba".


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