Da cadeia, Dirceu aponta Veja admitindo caixa 2

Blog do ex-ministro faz post sobre editorial da revista Veja que renega tese da própria revista sobre uso de dinheiro público no chamado escândalo do mensalão; após condenção, publicação da família Civita admite que base da defesa dos réus continha verdade; "Agora, na hora de defender as doações privadas, a verdade sobre o caixa dois vem à tona na Veja", registra Dirceu; publicação mostra contrariedade com avanço do estabelecimento do financiamento público de campanhas políticas no Supremo Tribunal Federal

Blog do ex-ministro faz post sobre editorial da revista Veja que renega tese da própria revista sobre uso de dinheiro público no chamado escândalo do mensalão; após condenção, publicação da família Civita admite que base da defesa dos réus continha verdade; "Agora, na hora de defender as doações privadas, a verdade sobre o caixa dois vem à tona na Veja", registra Dirceu; publicação mostra contrariedade com avanço do estabelecimento do financiamento público de campanhas políticas no Supremo Tribunal Federal
Blog do ex-ministro faz post sobre editorial da revista Veja que renega tese da própria revista sobre uso de dinheiro público no chamado escândalo do mensalão; após condenção, publicação da família Civita admite que base da defesa dos réus continha verdade; "Agora, na hora de defender as doações privadas, a verdade sobre o caixa dois vem à tona na Veja", registra Dirceu; publicação mostra contrariedade com avanço do estabelecimento do financiamento público de campanhas políticas no Supremo Tribunal Federal (Foto: Ana Pupulin)


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247 – Uma brusca mudança de posição da revista Veja sobre uma das teses que foram mais caras à publicação da família Civita nos últimos meses foi observada por um personagem diretamente atingido pela chamada "pensata". Mesmo dentro do Complexo da Papuda, onde cumpre em regime fechado a prisão semiaberta que lhe foi imputada pelo Supremo Tribunal Federal, o ex-deputado José Dirceu flagrou, no editorial da revista, nesta semana, o que considera ser "um ato falho".

Na intenção de defender a bandeira da manutenção do status quo no financiamento de campanhas políticas, pelo qual o dinheiro de empresas privadas jorra em benefício dos partidos políticos e seus principais chefes, Veja lembrou que o escândalo do chamado mensalão é "prova candente" de que o dinheiro não contabilizado advindo de fontes privadas mantidas em sigilo foi o combustível do esquema. Essa foi, exatamente, a tese de defesa dos réus. Durante o curso do julgamento, porém, Veja não admitiu nenhuma vez sequer que não havia dinheiro público nas operações.

A mudança de lado da revista se dá em razão de outra campanha, com um tanto de atraso, que Veja inicia. Quando o STF já marca em seu placar 4 votos a favor contra zero na votação da Ação Direta de Inconstitucionalidade apresentada pela OAB, pelo fim do financiamento privado de campanhas eleitorais, a revista sai a campo em defesa do dinheiro privado nas eleições. Só isso, segundo a publicação dos Civita, evitaria a multiplicação da corrupção nos poderes públicos. Veja não registra, porém, que é exatamente em razão do modelo atual, com o sistema de doações privadas aos borbotões, que chegou-se a este ponto de a corrupção atingir patamares mais que alarmantes.

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Abaixo, o post de hoje feito pela equipe do blog Zé Dirceu :

Editorial da Veja admite caixa dois no "mensalão"

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Após passar os últimos oito anos pregando que o chamado escândalo do mensalão foi um esquema de compra de parlamentares no Congresso com dinheiro público, a revista Veja admitiu finalmente que o esquema se referia, na verdade, ao caixa dois.
A admissão está no editorial da mais recente edição da revista, a seção chamada Carta ao Leitor.

Os réus sempre disseram que nunca houve compra de venda de votos na Câmara – e, sim, o caixa dois. A Veja sempre atacou essa versão.

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Mas, em seu editorial defendo as doações de empresas para as campanhas eleitorais, a revista é explícita ao concordar com a defesa dos réus: "A reportagem de Veja mostra que a prioridade mais óbvia nesse campo em que a iniciativa privada se encontra com as eleições é a repressão intensa às doações ilegais, pois elas, sim, estão na origem dos grandes escândalos de corrupção. É o dinheiro do caixa dois que azeita as engrenagens mais perversas da corrupção. Está aí o escândalo do mensalão como prova candente desse fato".

Ou seja, a revista admite que o dinheiro envolvido no mensalão tem origem em caixa dois. Durante o julgamento, Veja endossou a tese que condenou os réus, acusados de desviar dinheiro público para financiar o mensalão. Mas, agora, na hora de defender as doações privadas, a verdade sobre o caixa dois vem à tona na Veja.

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