FHC nega escândalos que marcaram era FHC

Em carta, ex-presidente tucano FHC responde a artigo do colunista Elio Gaspari, que citava escândalos noticiados durante seu governo; ele afirma que os acusados por alegada compra de votos para sua reeleição não são do partido, diz ainda que defendeu o julgamento do chamado "mensalão mineiro" e que não houve "cartel do PSDB" de São Paulo na compra dos trens ou do metrô: "Provavelmente houve suborno de funcionários desses dois níveis de governo, mas não há acusação a partidos"; nos debates, a presidente Dilma Rousseff criticou o fato de estarem "todos soltos"

Em carta, ex-presidente tucano FHC responde a artigo do colunista Elio Gaspari, que citava escândalos noticiados durante seu governo; ele afirma que os acusados por alegada compra de votos para sua reeleição não são do partido, diz ainda que defendeu o julgamento do chamado "mensalão mineiro" e que não houve "cartel do PSDB" de São Paulo na compra dos trens ou do metrô: "Provavelmente houve suborno de funcionários desses dois níveis de governo, mas não há acusação a partidos"; nos debates, a presidente Dilma Rousseff criticou o fato de estarem "todos soltos"
Em carta, ex-presidente tucano FHC responde a artigo do colunista Elio Gaspari, que citava escândalos noticiados durante seu governo; ele afirma que os acusados por alegada compra de votos para sua reeleição não são do partido, diz ainda que defendeu o julgamento do chamado "mensalão mineiro" e que não houve "cartel do PSDB" de São Paulo na compra dos trens ou do metrô: "Provavelmente houve suborno de funcionários desses dois níveis de governo, mas não há acusação a partidos"; nos debates, a presidente Dilma Rousseff criticou o fato de estarem "todos soltos" (Foto: Roberta Namour)


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247 – Em carta enviada à “Folha de S. Paulo”, o ex-presidente tucano FHC responde a artigo recente do colunista Elio Gaspari e nega escândalos que marcaram sua gestão (leia aqui).

Entre os pontos contestados, diz que na alegada compra de votos para sua reeleição, acusados não eram do PSDB e que nunca houve acusação formal a “ministro aludido”.

Quanto ao chamado "mensalão mineiro", diz que defendeu desde o início, de que deveria haver apuração e julgamento. "Diga-se que, quando surgiu o caso, eu não era mais presidente".

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Por fim, afirma que não existe um "cartel do PSDB" de São Paulo na compra dos trens ou do metrô. “Provavelmente houve suborno de funcionários desses dois níveis de governo, mas não há acusação a partidos”.

Leia na íntegra: 

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A propósito do esclarecedor artigo de Elio Gaspari "Todos soltos, todos soltos até hoje", que começa a desfazer o slogan de escândalos do PSDB, desejo esclarecer:

a) Quanto ao caso Sivam, não só que a contratação da Raytheon se deu no governo Itamar, como que ao governo nunca foi atribuído haver participado de malfeitos. A "prensa" para que o processo andasse se referia à aprovação do mesmo pelo Senado, posto que o relator do caso demorava em se pronunciar. Houve inquérito, o servidor mostrou inocência (havia sido afastado das funções por mim) e, posteriormente, foi muito justamente nomeado embaixador na Colômbia pelo presidente Lula.

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b) A "pasta rosa", como dito no artigo, se refere a supostos recursos de campanha destinados, antes de meu governo, a candidatos parlamentares de vários partidos; o inquérito, no caso, competia à Justiça Eleitoral e a legislação nas eleições até 1994 era diferente da atual, não sendo fácil, de serem verdadeiras as suposições, tipificar os atos como crimes eleitorais.

c) Quanto à alegada compra de votos para a reeleição, além dos acusados não serem do PSDB e terem sido objeto de inquérito no Congresso que os levou à renúncia, quanto à insinuação vaga de que teria havido envolvimento de um ministro no processo de suborno, o ministro aludido foi espontaneamente à Comissão de Justiça da Câmara e rechaçou as aleivosias. Nunca houve acusação formal ao ministro, que eu saiba.

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d) No que se refere ao chamado "mensal?o mineiro", ainda "sub judice", minha opinião, independentemente de endossar as acusações, foi, desde o início, de que deveria haver apuração e julgamento. Diga-se que, quando surgiu o caso, eu não era mais presidente.

e) Por fim, não existe um "cartel do PSDB" de São Paulo na compra dos trens ou do metrô. Segundo o relatório técnico do Cade, há acusação a empresas que formaram cartel para operar tanto em obras federais como estaduais. Provavelmente houve suborno de funcionários desses dois níveis de governo, mas não há acusação a partidos.

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Ficarei grato se esta carta for publicada para assim complementar as informações do jornalista Elio Gaspari.

Cordialmente,

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Fernando Henrique Cardoso

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