Homens da Lava Jato posam como heróis para Folha

Liderados pelo procurador Deltan Dallagnol, os procuradores que integram a força-tarefa da Operação Lava Jato aceitaram posar para uma foto polêmica, publicada pela Folha de S. Paulo e inspirada no filme "Os Intocáveis", em que Kevin Costner era o mocinho na caçada a Al Capone; na reportagem interna, os procuradores fizeram um apelo para que os executivos presos há mais de 120 dias de forma preventiva não sejam soltos e para que a União não firme acordos de leniência; "Se houver a soltura de réus agora, esses processos podem ser atrasados por dez, quinze anos", disse Dellagnol; "A CGU foi feita para controlar corrupção de funcionários públicos, não para ser a salvadora do emprego", afirmou Carlos Fernando Lima

Liderados pelo procurador Deltan Dallagnol, os procuradores que integram a força-tarefa da Operação Lava Jato aceitaram posar para uma foto polêmica, publicada pela Folha de S. Paulo e inspirada no filme "Os Intocáveis", em que Kevin Costner era o mocinho na caçada a Al Capone; na reportagem interna, os procuradores fizeram um apelo para que os executivos presos há mais de 120 dias de forma preventiva não sejam soltos e para que a União não firme acordos de leniência; "Se houver a soltura de réus agora, esses processos podem ser atrasados por dez, quinze anos", disse Dellagnol; "A CGU foi feita para controlar corrupção de funcionários públicos, não para ser a salvadora do emprego", afirmou Carlos Fernando Lima
Liderados pelo procurador Deltan Dallagnol, os procuradores que integram a força-tarefa da Operação Lava Jato aceitaram posar para uma foto polêmica, publicada pela Folha de S. Paulo e inspirada no filme "Os Intocáveis", em que Kevin Costner era o mocinho na caçada a Al Capone; na reportagem interna, os procuradores fizeram um apelo para que os executivos presos há mais de 120 dias de forma preventiva não sejam soltos e para que a União não firme acordos de leniência; "Se houver a soltura de réus agora, esses processos podem ser atrasados por dez, quinze anos", disse Dellagnol; "A CGU foi feita para controlar corrupção de funcionários públicos, não para ser a salvadora do emprego", afirmou Carlos Fernando Lima (Foto: Felipe L. Goncalves)


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247 - Os procuradores que integram a força-tarefa da Operação Lava Jato posaram para uma foto que promete dar o que falar. Estampada na primeira página da Folha de S. Paulo, a imagem contribui para espetacularização do Poder Judiciário e retrata os representantes do Ministério Público como os heróis de "Os Intocáveis", personagens de um filme que fez sucesso em Hollywood, na década de 90.

Na imagem atual, o procurador Deltan Dellagnol, aparece ao centro, ladeado por seus colegas na investigação – ao todo, são nove os investigadores. No filme hollywoodiano, o mocinho era Kevin Costner, que lutava contra o poder de Al Capone.

A reportagem traz também declarações interessantes dos procuradores. Carlos Fernando Lima, um dos principais nomes da investigação, diz que o blefe foi uma das táticas para convencer alguns empresários a fazer delação premiada. "No começo, lançamos um grande 171: espalhar que já tinha gente na fila para colaborar, deixamos as pessoas saberem que já tinha uma pessoa ou empresa interessada, mas a gente não tinha nada. Aí começaram a bater na nossa porta", disse ele.

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Os procuradores também fazem dois apelos. O primeiro, para que os executivos e empresários presos há mais de 120 dias, de forma preventiva, não sejam soltos pelo Supremo Tribunal Federal. O segundo, para que os acordos de leniência negociados pela Controladoria-Geral da União com as empresas, que preveem o pagamento de multas, mas preservam vivas as construtoras, sejam inviabilizados.

"Se houver a soltura de réus agora, muitos deles com dinheiro sujo escondido no exterior, esses processos podem ser atrasados por dez, quinze anos", disse Deltan Dellagnol.

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"A CGU foi feita para controlar corrupção de funcionários públicos, não para ser a salvadora do emprego. Se o governo quer criar um Proer, que o faça no lugar certo, que é o Congresso", completou Carlos Fernando Lima.

O argumento do governo para negociar os acordos de leniência é a necessidade de preservar as empresas, os empregos e o conhecimento adquirido pelas empreiteiras. Desde o início da Operação Lava Jato, mais de 250 mil empregos foram eliminados no setor de construção.

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Onde está o bom senso?

Ontem, o jornalista Mauro Santayanna publicou um artigo em que questiona a indiferença do Poder Judiciário aos efeitos sociais da Lava Jato e questiona: onde está o bom senso?

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"No contexto da Operação Lava Jato, centenas de milhares de trabalhadores e milhares de empresas já estão perdendo seus empregos e arriscando-se a ir à falência, porque o Ministério Público, no lugar de separar o joio do trigo, com foco na punição dos corruptos e na recuperação do dinheiro – e de estancar a extensão das consequências negativas do assalto à Petrobras para o restante da população – age como se preferisse maximizá-las, anunciando, ainda antes do término das investigações em curso, a intenção de impor multas punitivas bilionárias às companhias envolvidas, da ordem de dez vezes o prejuízo efetivamente comprovado", disse ele (leia aqui a íntegra).

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