Le Monde vê o Brasil como o eldorado dos rentistas

"Cinco grandes bancos privados dominam quase toda a distribuição de crédito, e alguns desses créditos são controlados pelo Estado, impedindo que as instituições estabeleçam as taxas como entenderem, tanto pelas distorções", diz uma reportagem do jornal francês Le Monde

"Cinco grandes bancos privados dominam quase toda a distribuição de crédito, e alguns desses créditos são controlados pelo Estado, impedindo que as instituições estabeleçam as taxas como entenderem, tanto pelas distorções", diz uma reportagem do jornal francês Le Monde
"Cinco grandes bancos privados dominam quase toda a distribuição de crédito, e alguns desses créditos são controlados pelo Estado, impedindo que as instituições estabeleçam as taxas como entenderem, tanto pelas distorções", diz uma reportagem do jornal francês Le Monde (Foto: Leonardo Lucena)


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247 - Reportagem do jornal francês Le Monde retrata a dificuldades de sobreviver com aposentadoria no Brasil.

"Doroti Rodrigues tem 71 anos e tem sessenta anos de trabalho, muitas vezes informal. Sem dominar a burocracia brasileira, o trabalhador doméstico, que ganha 1.200 reais (cerca de 280 euros) por mês, em São Paulo, ainda está à espera de seus direitos à pensão", diz o texto.

Segundo a matéria, ela diz que, durante anos, pensou em voltar para a sua terra natal, Minas Gerais, e refugiar-se em uma pequena casa que pudesse comprar com um empréstimo. Mas "com os bancos, é impossível", afirma frustrada à reportagem do veículo europeu.

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De acordo com o texto, o "alto preço do mercado de crédito no Brasil não é o único fato dos bancos, mas também dos clientes felizes dos lucros lucrativos de suas poupanças investidas no mercado de dívida". "Cinco grandes bancos privados dominam quase toda a distribuição de crédito, e alguns desses créditos são controlados pelo Estado, impedindo que as instituições estabeleçam as taxas como entenderem, tanto pelas distorções".

Professor de economia da Unicamp, Luiz Francisco Cazeiro Lopreato, diz que, "no Brasil, não há pensionistas como ricos que ganham dinheiro através deste sistema, mas também uma seção da pequena burguesia". "Na época da hiperinflação, tivemos que evitar a fuga de capitais. Empresas, famílias e bancos se organizaram para continuar ganhando dinheiro a taxas impressionantes", diz ele. "A Volkswagen às vezes ganhava mais colocando seu dinheiro nos mercados do que vendendo seus veículos!".

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