Estudo aponta que 90% dos eleitores de Bolsonaro acreditaram em fake news

“As pessoas conhecem o problema das fake news e têm clareza do impacto negativo que causam, mas as notícias falsas trazem elementos passíveis da verdade, como a montagem do vídeo no caso da informação sobre a fraude nas urnas, por exemplo", diz Diego Casaes, coordenador da organização Avaaz

Estudo aponta que 90% dos eleitores de Bolsonaro acreditaram em fake news
Estudo aponta que 90% dos eleitores de Bolsonaro acreditaram em fake news (Foto: REUTERS/Ricardo Moraes)


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247 - Quase todos os eleitores do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) foram expostos a uma ou mais notícias falsas durante a campanha e a grande maioria acreditou que os fatos eram verdade. É isso que aponta um estudo da organização Avaaz, com base em uma pesquisa com 1.491 eleitores no país, analisando seus perfis no Twitter e Facebook.

O estudo mostra que que 98,21% dos eleitores de Bolsonaro foram expostos a uma ou mais notícias falsas durante a eleição, e 89,77% acreditaram nas mentiras. De acordo com dados da pesquisa, 93,1% dos eleitores de Bolsonaro entrevistados viram as notícias sobre a fraude nas urnas eletrônicas e 74% afirmaram que acreditaram nelas.

“As fake news devem ter tido uma influência muito grande no resultado das eleições, porque as histórias tiveram alcance absurdo. A informação das fraudes em urnas eletrônicas com o intuito de contabilizar votos para Fernando Haddad, do PT, alcançou 16 milhões de pessoas nas redes sociais 48 horas após o primeiro turno e a notícia continuou viva no segundo turno”, afirma o coordenador de campanhas da Avaaz, Diego Casaes. “As pessoas conhecem o problema das fake news e têm clareza do impacto negativo que causam, mas as notícias falsas trazem elementos passíveis da verdade, como a montagem do vídeo no caso da informação sobre a fraude nas urnas, por exemplo”.

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A Organização dos Estados Americanos (OEA) afirmou que o fenômeno observado no Brasil de uso massivo de fake news para manipular o voto por meio de redes privadas “talvez não tenha precedentes." Diversas pesquisas conduzidas antes do segundo turno por outros institutos concluíram que a maioria das notícias falsas foi direcionada contra o Haddad e o PT.

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