Frota define ataque à Globo com ajuda de concorrentes da emissora

O governo Jair Bolsonaro elaborou projeto de lei que visa proibir um instrumento de negociação comercial que, segundo críticos, garante o domínio da Rede Globo no mercado publicitário de TV aberta; para dar início à guerra aberta contra a emissora dos Marinho, Bolsonaro destacou o deputado federal Alexandre Frota (PSL) que apresentará a proposta ao Congresso Nacional; "O projeto foi entregue a mim e a uma equipe de profissionais com autorização do Jair. Vou apresentar ao presidente e me reunirei com SBT, RedeTV!, TV Record e talvez a Band", disse Frota, reunindo toda a concorrência para um ataque frontal à emissora

Frota define ataque à Globo com ajuda de concorrentes da emissora
Frota define ataque à Globo com ajuda de concorrentes da emissora (Foto: ABr | Reprodução)


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247 - O governo Jair Bolsonaro (PSL) elaborou projeto de lei que visa proibir um instrumento de negociação comercial que, segundo críticos, garante o domínio da Rede Globo no mercado publicitário de TV aberta no Brasil. Para dar início à guerra aberta contra a emissora dos Marinho, Bolsonaro destacou o deputado federal Alexandre Frota (PSL) para apresentar a proposta no Congresso Nacional. 

"O projeto foi entregue a mim e a uma equipe de profissionais com autorização do Jair. Vou apresentar ao presidente e me reunirei com SBT, RedeTV!, TV Record e talvez a Band", declarou Frota ao jornal Folha de S.Paulo. 

Com isso, Frota arma um cerco dos grupos de comunicação concorrentes contra a Rede Globo. A movimentação do governo pode ser uma retaliação à postura da emissora que, em diversas ocasiões, expôs criticas à gestão do capitão reformado. 

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Conhecida por exigir que seu quadro de funcionários não exponha comentários políticos, a emissora, no entanto, mudou sem tom após a vitória de Bolsonaro. Neste domingo, Faustão, um dos principais nomes da Globo, deu a entender que o presidente da República era um "imbecil". Na mesma linha, o apresentador  Luciano Huck postou uma foto nas redes sociais com sua esposa, a apresentadora Angélica, criticando a fala da ministra Damares Alves sobre o uso das cores azul e rosa. 

No Projac, onde localiza-se os estúdios Globo, a grande maioria dos aristas também são opositores ao governo, e deixam isso claro em suas redes sociais. Muitos, inclusive, saíram às ruas para dizer "ele não" durante o período eleitoral.

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A oposição ao governo também chegou ao carro chefe do jornalismo da emissora, a Globo News. Nomes como Merval Pereira e Leilane Neubarth já fizeram duras criticas abertas ao capitão reformado. O próprio Bolsonaro chegou a bater boca via Twitter com Neubarth, dizendo que a jornalista "não apura de forma correta os fatos". 

No que consiste o projeto de Bolsonaro para definhar a Globo 

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O texto do Projeto de Lei, que foi escrito sob inspiração de integrantes de agências de publicidade e executivos de concorrentes da Globo, trata especificamente sobre o 'instrumento' de cartel atualizado pela emissora, o BV. 

A reportagem da Folha de S.Paulo afirma que "o BV em questão, alvo do novo projeto, é a sigla de Bonificação por Volume. O mecanismo foi introduzido pela Globo nos anos 1960 para, segundo a emissora, estimular o mercado publicitário e chamado de 'câncer' por um de seus maiores adversários, o vice-presidente e sócio da RedeTV! Marcelo de Carvalho. O funcionamento do BV é simples. Um anunciante contrata uma agência de publicidade para promover um produto. Os veículos de comunicação pagam uma comissão para as agências, o BV, para que elas os escolham como destinatários da verba. Para os críticos, isso cria um ciclo vicioso em que o meio mais rico do Brasil, a TV aberta, mantém seu domínio sobre o bolo publicitário alimentado as agências com BVs. Grandes contratos costumam ter um BV variando de 10% a 20% de seu valor."

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Segundo o jornal, "o mecanismo levou agências grandes a reduzir ou mesmo deixar de cobrar as comissões regulares --que podem chegar a 20%, mas em média são de 5% por negócio."

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