Josias: gestão de Bolsonaro roda como um parafuso espanado
"Prestes a entrar no seu quinto mês de existência, o governo de Jair Bolsonaro já consolidou uma marca: a ineficiência", diz o jornalista Josias de Souza. "É perceptível o refinamento, o cuidado, o acabamento extremo e, sobretudo, o custo com que a gestão do capitão atinge a ineficiência. A aparência é de um parafuso rodando a esmo, com a rosca espanada"
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247 - "Prestes a entrar no seu quinto mês de existência, o governo de Jair Bolsonaro já consolidou uma marca: a ineficiência", diz o jornalista Josias de Souza em seu blog no Uol. "É perceptível o refinamento, o cuidado, o acabamento extremo e, sobretudo, o custo com que a gestão do capitão atinge a ineficiência. A aparência é de um parafuso rodando a esmo, com a rosca espanada. Para dar certo, o governo precisa aprovar as reformas que prometeu", afirma.
De acordo com o jornalista, "esperava-se que fosse ágil, para aproveitar o vigor pós-eleitoral". "Mas a força das urnas se dissipa. E Bolsonaro não obteve no Legislativo senão uma coleção de reveses —da imposição do pagamento de emendas orçamentárias ao repasse direto das verbas federais às prefeituras. Nesta semana, com os joelhos dobrados, o Planalto tenta arrancar a reforma da Previdência da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, primeiro e mais simples estágio do processo de tramitação legislativa", complementa.
"A dificuldade de atarraxar as reformas faz com que até o estilo de Bolsonaro comece a ser contestado. O que era visto como frescor antissistêmico, intolerância com velhas práticas e maestria tuiteira de repente virou ingenuidade de calouro, falta de articulação política e imperícia virtual a serviço da fabricação de crises".
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