PF prende sobrinho de ex-chefe do Planejamento, que criou 'choque de gestão'

A Polícia Federal prendeu em São Paulo o empresário Marcos Felipe Gonçalves de Vilhena, que é um dos sócios da empresa de transporte de valores Embraforte, acusada de causar um golpe de R$ 12 milhões na Caixa Econômica Federal e R$ 22 milhões no Banco do Brasil; Marcos é sobrinho de Renata Vilhena, ex-secretária do Planejamento nos governos do PSDB em Minas Gerais e uma das responsáveis pelo chamado "choque de gestão"; o irmão de Renata, Marcos André, e outro sobrinho, Pedro Henrique, estão foragidos; na investigação, o delegado Claudio Utsch afirmou que "o poder de Renata esteve sempre pronto a auxiliar o irmão"

A Polícia Federal prendeu em São Paulo o empresário Marcos Felipe Gonçalves de Vilhena, que é um dos sócios da empresa de transporte de valores Embraforte, acusada de causar um golpe de R$ 12 milhões na Caixa Econômica Federal e R$ 22 milhões no Banco do Brasil; Marcos é sobrinho de Renata Vilhena, ex-secretária do Planejamento nos governos do PSDB em Minas Gerais e uma das responsáveis pelo chamado "choque de gestão"; o irmão de Renata, Marcos André, e outro sobrinho, Pedro Henrique, estão foragidos; na investigação, o delegado Claudio Utsch afirmou que "o poder de Renata esteve sempre pronto a auxiliar o irmão"
A Polícia Federal prendeu em São Paulo o empresário Marcos Felipe Gonçalves de Vilhena, que é um dos sócios da empresa de transporte de valores Embraforte, acusada de causar um golpe de R$ 12 milhões na Caixa Econômica Federal e R$ 22 milhões no Banco do Brasil; Marcos é sobrinho de Renata Vilhena, ex-secretária do Planejamento nos governos do PSDB em Minas Gerais e uma das responsáveis pelo chamado "choque de gestão"; o irmão de Renata, Marcos André, e outro sobrinho, Pedro Henrique, estão foragidos; na investigação, o delegado Claudio Utsch afirmou que "o poder de Renata esteve sempre pronto a auxiliar o irmão" (Foto: Leonardo Attuch)


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Minas 247 – A Polícia Federal prendeu em São Paulo o empresário Marcos Felipe Gonçalves de Vilhena, que é um dos sócios da empresa de transporte de valores Embraforte, acusada de causar um golpe de R$ 12 milhões na Caixa Econômica Federal e R$ 22 milhões no Banco do Brasil.

Marcos é sobrinho de Renata Vilhena, ex-secretária do Planejamento nos governos do PSDB em Minas Gerais e uma das responsáveis pelo chamado "choque de gestão".

O irmão de Renata, Marcos André, e outro sobrinho, Pedro Henrique, estão foragidos.

Na investigação, o delegado Claudio Utsch afirmou que "o poder de Renata esteve sempre pronto a auxiliar o irmão".

Leia, abaixo, reportagem do jornal O Tempo sobre o caso:

Polícia Federal prende um dos donos da Embraforte

Esquema revelado pelo O TEMPO chegou a desviar R$ 12 milhões da Caixa Econômica Federal e R$ 22 milhões do Banco do Brasil

Um dos donos da Embraforte foi preso nesta quinta-feira (3) pela Polícia Federal (PF) e os outros dois sócios estão foragidos. A empresa de transporte de valores é alvo de vários processos por crimes que teriam sido cometidos contra bancos e lotéricas. A investigação que culminou com os mandados de prisão aponta um desvio de R$ 12 milhões da Caixa Econômica Federal, feitos através de fraudes na hora de abastecer os caixas eletrônicos.

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O sócio majoritário da empresa Marcos André Paes de Vilhena e seu filho mais novo Pedro Henrique Gonçalves de Vilhena estão foragidos. Já o filho mais velho, Marcos Felipe Gonçalves de Vilhena foi preso ontem, em São Paulo.

Além da fraude contra a Caixa, os donos das empresas também respondem a processos de fraude de R$ 22 milhões contra o Banco do Brasil, além de prejuízos causados a lotéricas de Belo Horizonte e Rio de Janeiro.

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A empresa prestou serviço para essas instituições bancárias e era a responsável por reabastecer os caixas eletrônicos e transportar os valores em dinheiro das lotéricas para serem depositados junto à Caixa.

No esquema que fraudou a Caixa Econômica Federal, os vigilantes da Embraforte saiam para abastecer os caixas eletrônicos com a guia de controle trazendo um valor maior que o montante presente no pacote. Quando abriam o malote para colocar o dinheiro no caixa, os vigilantes percebiam a divergência, porém eram coagidos a indicar no sistema bancário que o abastecimento estava sendo realizado com o valor devido.

Leia, ainda, reportagem da Rede Brasil Atual sobre o caso:

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PODER EM XEQUE

Governos tucanos de Minas blindaram 'amigos' em roubo ao Banco do Brasil

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Polícia mineira conclui investigação que indicia parentes diretos da mulher-forte do 'choque de gestão' de Aécio e Anastasia. Empresa já é denunciada por golpe em outro banco público, a CEF
por Helena Sthephanowitz, para a RBA publicado 27/06/2015 15:28, última modificação 27/06/2015 15:32
 
©OTEMPO/REPRODULÇAO - CC/EMILIA GUIMARÃES - ARTE RBA
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Aécio, Anastasia e Vilhena: trio da gestão de choque em Minas, no centro de novo inquérito policial

Um inquérito da Divisão Especializada em Investigação de Fraudes, da Polícia Civil, que investiga o roubo de R$ 22,7 milhões de agências do Banco do Brasil em Minas Gerais por meio da empresa de transporte de valores Embraforte, em 2013, aponta uso político da Polícia Civil mineira pelo então governo do PSDB daquele estado para blindar criminosos "amigos".

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O delegado Cláudio Utsch, que assumiu e concluiu o inquérito, indiciou e pediu a prisão dos donos da Embraforte, Marcos André Paes de Vilhena e seus dois filhos – Pedro Henrique Gonçalves de Vilhena e Marcos Felipe Gonçalves de Vilhena. São respectivamente irmão e sobrinhos de Renata Vilhena, chefe da Secretaria de Planejamento e Gestão, entre 2006 e 2014. Trata-se da poderosa secretária estadual do "choque de gestão" dos governos tucanos de Aécio Neves e Antônio Anastasia. Ela também foi secretária adjunta de Logística e TI do Ministério do Planejamento do governo Fernando Henrique Cardoso.

"O poder de Renata esteve sempre pronto a auxiliar o irmão, e como é cediço*, tempos atrás a Deif (Divisão Especializada em Investigação de Fraudes) fora usada para atender interesses do grupo político do qual faz parte a ex-secretária", diz o inquérito. O problema, segundo o delegado, seria interferências políticas para atrapalhar as investigações.

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*Cediço: indiscutível, claro, notório, conhecido de todos etc. (nota da edição)

Desde que o Banco do Brasil deu queixa do roubo a investigação na Polícia Civil não andou. Só em abril deste ano o novo titular da Deif (Cláudio Utsch) assumiu o caso e concluiu a investigação, em junho.

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Entre as evidências de "blindagem" dos investigados, Utsch relata o que considera manobras para atrasar a investigação, "orquestradas por meio da influência de Renata Vilhena". Uma delas teria sido tirar a investigação da Deif e levar para a Delegacia de Crimes Cibernéticos, que não tem nada a ver com as características do caso. Outra foi a retirada de peças importantes do inquérito pelo antigo delegado do caso.

A Embraforte prestou serviços de transporte de valores ao Banco do Brasil de 2006 a 2014 nas cidades mineiras de Belo Horizonte, Varginha e Passos. O Banco do Brasil descobriu uma fraude nos caixas eletrônicos abastecidos pela empresa, que colocava menos dinheiro do que declarava. Flagrados, os donos reconheceram o ocorrido mas colocam a culpa nos empregados. Estes disseram ter cumprido ordens que vinham de cima, inclusive sob coação.

O inquérito afirma que a Embraforte roubou R$ 22,7 milhões do Banco do Brasil por meio de depósitos com valores inferiores que os incluídos no sistema da empresa. O esquema foi descoberto pelo próprio banco, uma vez que as investigações pararam em algum gabinete da Polícia Civil.

Utsch pediu também o afastamento de seu antecessor nesta investigação, o delegado César Matoso, acusando-o de ter agido como um "advogado de defesa" dos Vilhena. "A autoridade policial, travestindo-se de advogado de defesa de criminosos, e em parceria com os advogados de defesa, produziu tais peças! Jamais tais oitivas poderão ser consideradas como interrogatórios de criminosos que cometeram graves crimes de colarinho branco", descreve, no inquérito.

As peças referidas são depoimentos dos investigados de forma completamente anormal e suspeita. Em vez de o escrivão taquigrafar diretamente no PCNet, sistema oficial da Polícia Civil próprio para isto, o fez num programa de edição de texto comum, como se fosse um rascunho, abrindo a possibilidade de seu conteúdo ser alterado antes de ser lavrado como o depoimento oficial. Não bastasse, o próprio delegado César Matoso fez o serviço de passar o "rascunho" para o PCNet oficial, uma atitude bastante suspeita.

A Embraforte é alvo de outro inquérito na Polícia Federal por ocorrência semelhante na Caixa Econômica Federal. Casas lotéricas deram queixa de furto de dinheiro pela empresa. Parte do dinheiro recolhido nas lotéricas pelos carros-forte não era depositada no banco de destino, apesar dos controles apontarem exatidão nas operações.

Os negócios da Embraforte não ficam apenas nos bancos públicos do Brasil. Outra denúncia contra os donos da empresa foi apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF) por trabalho escravo dentro da sede da empresa. Em 2012, fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego encontraram 115 empregados submetidos a jornadas extenuantes, em alguns casos com duração superior a 24 horas, e a condições degradantes de trabalho.

De certa forma, aplicavam na iniciativa privada conceitos que guardam alguma semelhança com aquilo que "choque de gestão tucano" propõe ao serviço público.


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