Delator diz que Aécio pedia dinheiro 24 horas por dia

Em seu acordo de delação premiada, o executivo da J&F Ricardo Saud afirmou que o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) "saiu endividado" da campanha de 2014 e que, a partir de então, o tucano, seu primo, Frederico Pacheco, o Fred, e sua irmã, Andrea, ligavam "24 horas por dia" para pedir propinas; segundo Saud e outros delatores, Aécio e seus parentes forçaram tanto que a JBS acabou precisando comprar a sede de um jornal mineiro para poder viabilizar a transferência de milhões para o grupo

Em seu acordo de delação premiada, o executivo da J&F Ricardo Saud afirmou que o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) "saiu endividado" da campanha de 2014 e que, a partir de então, o tucano, seu primo, Frederico Pacheco, o Fred, e sua irmã, Andrea, ligavam "24 horas por dia" para pedir propinas; segundo Saud e outros delatores, Aécio e seus parentes forçaram tanto que a JBS acabou precisando comprar a sede de um jornal mineiro para poder viabilizar a transferência de milhões para o grupo
Em seu acordo de delação premiada, o executivo da J&F Ricardo Saud afirmou que o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) "saiu endividado" da campanha de 2014 e que, a partir de então, o tucano, seu primo, Frederico Pacheco, o Fred, e sua irmã, Andrea, ligavam "24 horas por dia" para pedir propinas; segundo Saud e outros delatores, Aécio e seus parentes forçaram tanto que a JBS acabou precisando comprar a sede de um jornal mineiro para poder viabilizar a transferência de milhões para o grupo (Foto: Giuliana Miranda)


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Minas 247 - Aécio Neves (PSDB), seu primo, Frederico Pacheco, o Fred, e sua irmã, Andrea, ligavam "24 horas por dia" para pedir propinas para a JBS, afirmou um dos delatores da empresa, Ricardo Saud.

Segundo ele, Aécio saiu endividado da campanha de 2014 e, assim, passou a pedir dinheiro insistentemente.

O jeito para se livrar, por um período, das solicitações do tucano, foi, segundo delatores, comprar a antiga sede do jornal Hoje em Dia, em Minas.

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As informações são de reportagem de Fausto Macedo no Estado de S.Paulo.

"De acordo com a JBS, a pedido de Aécio, foi feito um caixa de aproximadamente R$ 100 milhões para ‘comprar apoio de partidos’ ao tucano nas eleições presidenciais em 2014. Logo no início das tratativas, como relatou Ricardo Saud, Joesley Batista teria advertido Aécio ao aceitar dar ajuda com propinas para as legendas:

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'O Joesley falou: ó, você não resolveu nada pra mim. 12 anos lá e nunca deu conta de fazer nada. Vou tentar te dar o crédito mais uma vez. E ainda falei pra ele: vou fazer pra você igual fiz com o Marconi Perillo. Cansei de dar dinheiro pro Marconi Perillo através do Jayme Rincon e o Marconi Perillo nunca fez um nada pra mim no estado de Goiás. vocês, do PSDB são todos a mesma coisa. Vocês vem, com essas almofadinha, todos arrumadinhos e depois somem da gente e não faz mais nada'.

Os delatores da JBS dão conta de que a compra de apoio partidário se deu por meio de doações oficiais aos diretórios das legendas e prestação de serviços fictícios, além de dinheiro em espécie. PTB, Solidariedade, DEM, PTN, PSL, PTC, PSC , PSDC , PMN, PT do B, PTN, PL, PTC são citados como os partidos ‘comprados’ com os R$ 100 milhões da JBS para a campanha de Aécio Neves.

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Ao fim das eleições, a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) acabou reeleita, e , segundo os delatores, o tucano, ‘endividado’. As tratativas para pedido de propinas, então, teriam se intensificado. 'O Aécio então entrou numa loucura, que eu acho que todo mundo correu dele'.

'Um dia precisou de um amigo comum do Aécio e do Joesley ir atrás do Joesley para pedir para atender a irmã do Aécio. Pra você ver ao ponto que chegou de desespero. A gente não conseguia mais. Depois, ainda tivemos mais 2 milhões, que pagamos em espécie agora há pouco tempo', relatou.

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Os R$ 2 milhões, entregues em espécie, aos quais o delator se refere, foram alvo de ação controlada da Polícia Federal. À época do depoimento, Aécio, seu primo, Frederico Pacheco e sua irmã, já eram investigados e os repasses foram filmados.

Joesley Batista disse ainda ter repassado R$ 17 milhões a Aécio Neves por meio da compra superfaturada do prédio em Belo Horizonte, de propriedade de um aliado do senador. 'Precisava de R$ 17 milhões e tinha um imóvel que dava para fazer de conta que valia R$ 17 milhões', afirmou."

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Confira abaixo o vídeo do depoimento de Ricardo Saud:

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