“Azeredo coloca o PSDB no centro da crise”
O professor Vitor Marchetti, da Universidade Federal do ABC, avalia que “essa decisão contra o Azeredo definitivamente coloca o PSDB no centro da crise político-partidária”; estudioso lembrou que “o PSDB já tinha problemas o suficiente para se colocar como um partido de renovação ética”
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Minas 247 - O professor Vitor Marchetti, da Universidade Federal do ABC, avalia que, “antes da prisão de Azeredo o PSDB já tinha problemas o suficiente para se colocar como um partido de renovação ética, para tentar se afastar das investigações e se proteger como um partido que está blindado a esses casos”.
“Essa decisão contra o Azeredo definitivamente coloca o PSDB no centro da crise político-partidária. Claro que o nível de impacto no PT é gigante por conta do tamanho das lideranças envolvidas. Mas eu diria que não é tão menor no PSDB, considerando alguns impactos, como o que ocorreu com o Aécio na delação da JBS; as diferentes citações de políticos tucanos em planilhas com informações de pagamentos de propinas por empresas; o próprio Alckmin, apresentado como 'Santo' em planilhas da Odebrecht; e os escândalos do metrô em São Paulo”, diz o estudioso a Lilian Venturini, no site Nexo.
Questionado sobre como os adversários do PSDB devem tratar a prisão de Azeredo, o professor afirma que "o PT, fundamentalmente, deve lançar luz para aquela ideia central com a qual o partido já trabalha que é a seletividade da Justiça. O Azeredo é o primeiro ator que tinge o PSDB dentro da lógica do mensalão, que já faz alguns anos que aconteceu".
"Mais do que explorar que o PSDB tem escândalos de corrupção, a estratégia será mostrar o quanto há lentidão, o quanto há seletividade da Justiça a depender da filiação partidária do investigado. Inclusive outros envolvidos no mensalão tucano não foram punidos porque houve prescrição [caso das ações contra o ex-vice-governador Walfrido dos Mares Guia, contra o ex-diretor Lauro Wilson e Cláudio Mouro, coordenador da campanha de Azeredo em 1998]".
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