Por Aécio, FHC resgata discurso de Covas em 89

Em sua fala na noite desta segunda-feira, ao abrir o ciclo de debates "Minas Pensa o Brasil", o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso mencionará o "choque de capitalismo", termo que se tornou conhecido por Mario Covas em sua candidatura à presidência, em 1989; evento do PSDB mineiro ao longo de 2013 será ofensiva para a campanha de Aécio Neves ao Planalto

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Minas 247 – No discurso que abrirá o ciclo de debates "Minas Pensa o Brasil", na noite desta segunda-feira 25, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso adotará a linha do "choque de capitalismo", termo que se tornou conhecido com Mario Covas em 1989, quando se candidatou à presidência da República pelo PSDB e foi derrotado pelo hoje senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL). A palestra "O Século XXI: Desafios, ameaças e oportunidades" acontecerá às 19 horas em Belo Horizonte.

FHC defenderá que se incorpore a tese de Covas à plataforma eleitoral de 2014, durante a candidatura do senador Aécio Neves (PSDB-MG). Os pilares foram levemente alterados, mas sem grandes mudanças em sua essência: na defesa de FH, estará a "busca do bem-estar social com gestão eficiente e a participação direta da sociedade", enquanto Covas pregava o "compromisso com a democracia, a justiça e o desenvolvimento".

"Para se contrapor ao que chama de 'desenvolvimentismo sob impulso estatal' do PT, o ex-presidente pedirá aos tucanos prioridade à agenda da nova economia e à geração de emprego qualificado para as 'classes emergentes'", informa nota da coluna Painel, da Folha de S.Paulo. Segundo o PSDB, o objetivo dos debates é "discutir temas e assuntos de interesse da sociedade brasileira e contribuir para a construção de uma nova agenda nacional".

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Trata-se do início efetivo de discursos nacionais adotados pelos tucanos que já servirão como propostas de Aécio em 2014. A estratégia do partido é diferente da utilizada nas candidaturas de 2002 e 2010, quando José Serra foi derrotado na disputa pela presidência, e Geraldo Alckmin em 2006. Ou seja: ao invés de esconderem FHC, como no passado, o objetivo agora é destacar as benfeitorias da gestão tucana.

O próprio Aécio já admitiu, em entrevista na última sexta-feira, que foi um erro do partido não falar do legado de Fernando Henrique. "Nós erramos gravemente ao não valorizarmos o nosso legado nos últimos anos. (...) Temos de refrescar a memória dos brasileiros que, se nós temos o Brasil de hoje, nós tivemos o governo do presidente Fernando Henrique com o controle da inflação, a modernização da economia, as privatizações, a Lei de Responsabilidade Fiscal", disse o senador, ao jornal O Estado de S.Paulo. Ao contrário dos tucanos derrotados anteriormente, Aécio defende que "FHC é, sim, um bom cabo eleitoral". O ex-presidente, que se sente em plena forma, será apresentado com o "pai da estabilidade econômica".

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