Direita quer o golpe na Venezuela, acusa Maduro

Em sua primeira conversa com um jornal desde o início da onda de violência no país, presidente Nicolás Maduro afirmou às jornalistas brasileiras Mônica e Marlene Bergamo que a "extrema direita tenta tapar o golpe dizendo que são apenas protestos"; ele acrescenta: "não são. É um golpe que assumiu uma modalidade perversa de violência na rua"; sobre denúncias de tortura, afirma: "Falso. Mentem descaradamente"; número de mortos nas manifestações subiu para 39 neste sábado

Em sua primeira conversa com um jornal desde o início da onda de violência no país, presidente Nicolás Maduro afirmou às jornalistas brasileiras Mônica e Marlene Bergamo que a "extrema direita tenta tapar o golpe dizendo que são apenas protestos"; ele acrescenta: "não são. É um golpe que assumiu uma modalidade perversa de violência na rua"; sobre denúncias de tortura, afirma: "Falso. Mentem descaradamente"; número de mortos nas manifestações subiu para 39 neste sábado
Em sua primeira conversa com um jornal desde o início da onda de violência no país, presidente Nicolás Maduro afirmou às jornalistas brasileiras Mônica e Marlene Bergamo que a "extrema direita tenta tapar o golpe dizendo que são apenas protestos"; ele acrescenta: "não são. É um golpe que assumiu uma modalidade perversa de violência na rua"; sobre denúncias de tortura, afirma: "Falso. Mentem descaradamente"; número de mortos nas manifestações subiu para 39 neste sábado (Foto: Gisele Federicce)


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247 – Na primeira conversa com a imprensa desde o início da onda de protestos na Venezuela, que já resultou na morte de 39 pessoas, o presidente Nicolás Maduro acusou a direita de querer um golpe no país. A direita "tenta tapar o golpe dizendo que são apenas protestos. Não são. É um golpe que assumiu uma modalidade perversa de violência na rua", afirmou à jornalista Mônica Bergamo e à fotojornalista Marlene Bergamo, da Folha de S. Paulo (leia a íntegra aqui).

Maduro não acredita que falte diálogo em seu governo. Dois dias depois de ter recebido no país chanceleres de países da Unasul (União das Nações Sul-Americanas), ele disse que os visitantes "puderam constatar as dificuldades que existem para o diálogo político com um setor da direita que, apesar de chamado, não quer dialogar". Segundo ele, "na Venezuela há um debate muito quente, permanente" e que os venezuelanos têm uma virtude: dizer as coisas como é preciso dizer.

Na última quinta-feira 27, os chanceleres da Unasul emitiram uma declaração em que registram que há disposição para o diálogo em todos os setores, mas ressaltaram que é preciso moderar a linguagem para gerar um ambiente pacífico, que favoreça as conversações entre o governo e os distintos atores políticos, econômicos e sociais no país. Depois de falar que a direita tenta tapar o golpe dizendo que são apenas protestos, Maduro afirmou, sobre a declaração da Unasul: "Agora, está bem: se ajuda que esse setor se sente numa mesa para falar de paz, baixemos um pouco o tom da linguagem".

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Segundo Maduro, "em todos os países democráticos há polarização", e na Venezuela, ela é histórica, "entre um projeto de pátria e outro, de antipátria". O presidente citou dados de redução da pobreza pelo modelo de socialismo venezuelano e afirmou que "esse modelo encontrou uma oligarquia, uma direita que se opôs antidemocraticamente, que deu golpes".

Questionado sobre denúncias de estudantes sobre repressão e tortura, foi taxativo: "Falso. Mentem descaradamente. A tortura acabou na Venezuela como política de Estado. (...) A tortura acabou com a vitória da revolução bolivariana". Sobre manifestantes presos, Maduro disse que dirigentes da oposição relataram que houve abuso policial e tortura no início dos protestos, mas que há cinco semanas ele aguarda chegarem as denúncias que solicitou. Em sua avaliação, a direita está "apresentando um mundo ao contrário".

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39 mortes

O número de mortos subiu para 39 na madruga deste sábado 29, quando Franklin Romero, de 44 anos, morreu eletrocutado no estado de Táchira (fronteira com a Colômbia) e Roberto Annese, de 33 anos, foi morto no estado de Zulia, após uma explosão. Os protestos na Venezuela deixaram até agora 560 feridos.

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De acordo com o ministro do Interior, Justiça e Paz no país, Miguel Rodríguez Torres, um homem de 48 anos e um adolescente de 16 anos também foram feridos em Táchira. Em declarações às emissoras de TV estatais, Miguel Rodríguez disse que, em Táchira, o homem morreu quando tentava armar uma barricada.

"O Ministério Público está investigando as causas das mortes", explicou. Mas o ministro disse que as mortes foram causadas por protestos nestas regiões. Os dois estados são importantes redutos opositores no país e, apesar da realização de conferências regionais de paz, o governo não consegue dialogar nestes locais.

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