O Brasil que cresce e poupa

Pela primeira vez na história de nosso país, faz poucos dias, o saldo das cadernetas de poupança chegou aos R$ 400 bilhões, um recorde histórico



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Há 140 anos uma de nossas instituições financeiras mais sólidas, a Caixa Econômica Federal, lançava a caderneta de poupança. O objetivo era estimular e permitir que os brasileiros guardassem um pouco de seus rendimentos, em aplicação segura e de longo prazo, com remuneração satisfatória e a total garantia da Caixa.

Desde o seu lançamento a nova modalidade de aplicação financeira foi um sucesso. Milhões de brasileiros confiaram à poupança os recursos advindos da economia familiar, formando um grande fundo de financiamento que tem extraordinária responsabilidade pela construção de conjuntos habitacionais por todo o país, propiciando a realização do sonho da casa própria às camadas mais simples de nossa sociedade.

A poupança passou a ser tanto um recurso válido e de reconhecidas eficiência e segurança para os aplicadores quanto um instrumento poderoso de desenvolvimento econômico e social. Além da vantagem de ser isenta do Imposto de Renda e do IOF, ela apresenta rendimentos acima da inflação e tem altíssima credibilidade.

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Pela primeira vez na história de nosso país, faz poucos dias, o saldo das cadernetas de poupança chegou aos R$ 400 bilhões, segundo relatório do Banco Central. No mês de agosto passado a captação líquida foi de R$ 2,222 bilhões. As contas de poupança já existentes no sistema registraram o expressivo rendimento de R$ 2,456 bilhões. Ao final do mês de agosto o saldo das cadernetas de poupança era de R$ 401,763 bilhões depositados, contra R$ 397,085 bilhões no mês de julho.

Trata-se de um recorde histórico, jamais alcançado antes por qualquer outro governo. É fruto tanto da boa situação econômica nacional e da credibilidade da caderneta de poupança como opção de investimento garantida pela União, quanto do fato dos brasileiros terem retomado o hábito de guardar parte de seus rendimentos, estimulando uma fortíssima poupança interna. Os brasileiros estão ganhando melhor e, portanto, podem poupar.

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Em tempos de crise, nos processos de recessão econômica, desemprego e inflação, com a sociedade convulsionada e tanto os trabalhadores com perdas colossais quanto a classe média empobrecida – como foi o caso do governo de Fernando Henrique Cardoso, do PSDB e do DEM – o brasileiro não poupou como costumava nem como deveria. O motivo é de fácil compreensão: não sobrava dinheiro para guardar ao final de cada mês! Com ganhos achatados, funcionalismo público e aposentados tratados de forma vil, à mercê de congelamento salarial que durou praticamente uma década, a prioridade dos brasileiros era sobreviver, não era poupar. Houve um desestímulo oficial à poupança interna, de imensa irresponsabilidade política e inédita crueldade social, além de trazer prejuízos econômicos imensos ao Brasil, como menos recursos para a construção das habitações populares, por exemplo. Em suma: o estilo frio, desumano e arrogante dos tucanos tratarem toda e qualquer questão de interesse de nossa gente mais humilde.

Com a retomada do processo de desenvolvimento econômico e o conseguinte fortalecimento da sociedade brasileira, recuperando a década anterior perdida, os anos infames da privatização a preço de nada, a poupança voltou a ter imensa importância. A impressionante massa de quarenta milhões de brasileiros que saiu da pobreza e ingressou na classe média, passando a consumir mais, vivendo em melhores condições, usufruindo de serviços médicos nunca dantes utilizados, comendo mais e cultivando hábitos alimentares mais saudáveis, experimentando outro padrão de vida, também passou a poupar.

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Além dessa nova e poderosa classe média, que consome e gira a economia, o desemprego é coisa dos anos de FHC e do tucanato: o Brasil vive o pleno emprego desde o governo Lula! E a cada mês no governo de Dilma Rousseff se abrem mais algumas centenas de milhares de vagas em todos os Estados, de Norte a Sul, absorvendo a mão-de-obra e impedindo que a chaga do desemprego reapareça e volte a ser um flagelo para as famílias e um drama para o país. E o trabalhador empregado, quase sempre, poupa.

Não foi só comida na mesa do nosso povo e mais dignidade em suas vidas a herança bendita do governo do presidente Lula: foi também a retomada da poupança como alternativa de investimento, como um dos mais sólidos pilares de nossa Nação, consolidando uma alternativa segura para a grande massa dos poupadores e indispensável para o financiamento do progresso nacional.

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Em tempos de mercados voláteis e de renda variável, que apresentam muitos riscos e quase nenhuma segurança aos investidores, a caderneta de poupança, tão velha e tradicional, ainda é uma excelente aplicação. O Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) destina 65% de todos os seus recursos para o mercado imobiliário, financiando a construção civil, as casas populares, gerando milhões de postos de trabalho, movimentando uma massa impressionante de recursos que beneficia direta e indiretamente empresas, Municípios, Estados, prestadores de serviço e, em última instância, o próprio país.

Na década de 90, poupança foi sinônimo de descrédito ou perdas. O governo neoliberal dos tucanos desacreditou-a de tal forma que, vivenciamos uma triste página de nossa história econômica e de nossa vida social e política assistindo a decadência de uma instituição secular e acreditada pelos brasileiros. Os rendimentos ficaram aquém do devido, prejudicando os poupadores e desestimulando o hábito de poupar para o futuro. Imerso em crise recessiva, sangrando em três sucessivas quebras, desacreditado perante e mundo e levando puxões de orelha do FMI, o Brasil relegou a singela, mas poderosa e insubstituível caderneta de poupança a lugar de somenos importância no cenário econômico-financeiro. Os tempos, com a graça de Deus e pelo voto do povo, são outros.

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Na mesma semana em que se anuncia tão importante recorde histórico de captação da poupança, outra boa notícia nos é dada pelo Fórum Econômico Mundial (WEF), organismo dos mais respeitados no cenário internacional, dando conta de que o Brasil avançou cinco posições e já é o 55º país mais competitivo do mundo. Mesmo salientando a necessidade de se promover algumas mudanças estruturais a médio prazo, o WEF destaca o grande mercado consumidor interno e o ambiente propício para negócios sofisticados, como a tecnologia de ponta.

São dados da maior importância, nem sempre merecedores do destaque devido, mas que atestam a competência gerencial e a missão histórica de construção de um país mais justo e democrático, características dos governos petistas de Lula e Dilma.

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(*) Delúbio Soares é professor

www.delubio.com.br <http://www.delubio.com.br/>

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www.twitter.com/delubiosoares

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