Política externa? Marco Aurélio encara Marina

Marco Aurélio Garcia, assessor da presidência da República para assuntos internacionais, respondeu às críticas de Marina Silva sobre a política externa; por meio de assessores, Marina defendeu o "relançamento" das relações com os Estados Unidos e a flexibilização do Mercosul; "Que eu saiba não houve nenhuma ruptura de relações", afirmou, apontando apenas uma "mancha" em razão do episódio da espionagem;  "Se a candidata (Marina Silva) não considera isso relevante me surpreende muito", afirmou Garcia; ele também defendeu "consolidar o Mercosul e convertê-lo em uma união aduaneira, persistindo nisso na relação com seus membros"

Marco Aurélio Garcia, assessor da presidência da República para assuntos internacionais, respondeu às críticas de Marina Silva sobre a política externa; por meio de assessores, Marina defendeu o "relançamento" das relações com os Estados Unidos e a flexibilização do Mercosul; "Que eu saiba não houve nenhuma ruptura de relações", afirmou, apontando apenas uma "mancha" em razão do episódio da espionagem;  "Se a candidata (Marina Silva) não considera isso relevante me surpreende muito", afirmou Garcia; ele também defendeu "consolidar o Mercosul e convertê-lo em uma união aduaneira, persistindo nisso na relação com seus membros"
Marco Aurélio Garcia, assessor da presidência da República para assuntos internacionais, respondeu às críticas de Marina Silva sobre a política externa; por meio de assessores, Marina defendeu o "relançamento" das relações com os Estados Unidos e a flexibilização do Mercosul; "Que eu saiba não houve nenhuma ruptura de relações", afirmou, apontando apenas uma "mancha" em razão do episódio da espionagem;  "Se a candidata (Marina Silva) não considera isso relevante me surpreende muito", afirmou Garcia; ele também defendeu "consolidar o Mercosul e convertê-lo em uma união aduaneira, persistindo nisso na relação com seus membros" (Foto: Leonardo Attuch)


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Por Pablo Giuliano, Radio Intereconomia (Espanha), via Carta Maior

O assessor especial para assuntos internacionais da presidenta Dilma Rousseff, Marco Aurélio Garcia, afirmou sábado (20) que o Brasil não tem uma "vocação imperial", em resposta ás declarações da candidata opositora Marina Silva, sobre Cuba. "O Brasil não tem vocação imperial, não é uma agência de certificação que distribuiu definições sobre outros países. Respeitamos Cuba, assim como respeitamos Estados Unidos, França e China, por exemplo", disse Garcia em uma entrevísta à Agência EFE.

Marco Aurélio García, que mantem seu cargo desde a época de Luiz Inácio Lula da Silva (2003 - 2010) e foi presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), objetou a declaração de Marina à imprensa dos Estados Unidos sobre Cuba. A candidata opositora disse que "melhor forma de ajudar ao povo cubano é compreender que podem fazer a transição do atual regime para a democracia e que não precisamos cortar nenhum tipo de relações" e que ajudará, caso eleita, com esforços diplomáticos para defender valores como os direitos humanos.

Para o assessor da presidência, qualquer tentativa de opinar sobre a situação interna de outro país vai contra a posição da diplomacia brasileira. "Não temos posição de intervir em nenhum país do mundo e respeitamos o princípio da autodeterminação. isso presidiu nossa relação na América Latina e no Caribe. Os rumos do Estado cubano devem ser decididos pelos próprios cubanos", defendeu Garcia.

O governo brasileiro financia a modernização do Porto de Mariel, em Cuba, com um custo aproximado de 957 milhões de dólares, a maior parte em empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O porto é visto como estratégico para o comércio brasileiro na região caribenha.

Marco Aurélio Garcia também rechaçou a ideia de Marina Silva de que é preciso "retomar" as relações com os Estados Unidos. "Que eu saiba não houve nenhuma ruptura de relações", observou.

A presidenta Dilma Rousseff cancelou em 2013 uma visita oficial a Washington em função da revelação de que ela e outros funcionários brasileiros foram vítimas de espionagem por parte da Agência Nacional de Segurança (NSA), denúncia feita por Edward Snowden.

Garcia cocontou que esteve reunido no início de setembro com a secretária de Estado dos EUA poara Assuntos do Hemisfério Ocidental, Roberta Jacobson, e qualificou o episódio da espionagem contra Dilma como uma "mancha" ou uma "sombra".

 "Se a candidata (Marina Silva) não considera isso relevante me surpreende muito, não é algo irrelevante, o que não quer dizer que crie um clima de hostilidade permanente entre nossos países, mas vamos ter que discutir como superar esta mancha", avaliou Marco Aurélio Garcia. Ele disse ainda que o governo do Brasil que estabelecer uma relação "simétrica" com Washington.

 "O Brasil sabe da importância que os EUA têm no mundo e nas Américas e temos que ver as formas para que estes episódios não voltem a acontecer. Queremos ter uma relação aimpetrica e não uma relação assimétrica".

Para Garcia, as propostas de governo apresentadas por Marina "são contraditórias". Ele lembrou que o governo de Dilma a partir de 2010 foi marcado pela crise mundial e o papel do G-20. Destacou ainda que as crises financeiras dos EUA e Europa geraram vários cenários, sobretudo a partir dos BRICS (Brasil, Rússia, India, China e África do Sul). "Em 2010, os BRICS eram apenas uma ideia, hoje tem uma consistência maior, com um fundo de reservas, o banco dos BRICS".

O assessor criticou a flexibilização do Mercosul (integrado por Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Venezuela) proposta por Marina Silva para poder negociar unilateralmente e com velocidades diferentes um acordo de livre comércio que se negocia com a União Europeia. "Atualmente a única proposta consistente que temos é sobre um acordo Mercosul-União Europeia e estamos dispostos a concluí-lo. Entregamos uma proposta comum e o que sabemos até agora é que a União Europeia não tem uma posição comum". Ele assegurou que a intenção dos países sulamericanos é apostar em um acordo dentro da Rodada de Doha, da Organização Mundial do Comércio (OMC).

Segundo Garcia, a diplomacia do Brasil quer "consolidar o Mercosul e convertê-lo em uma união aduaneira, persistindo nisso na relação com seus membros", à espera dos próximos possíveis sócios, como Bolívia e Equador.  "O comércio intra-Mercosul é muito relevante. A Argentina é um dos três principais sócios comerciais do Brasil. Se a expensão nesse comércio não é maior é em função de dificuldades mundiais e regionais", declarou.

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