Altman: Vitória do grego Syriza chacoalha Europa
Antes da ascensão do partido na Grécia, "a esquerda europeia esteve circunscrita a papel secundário", analisa Breno Altman, colunista do 247; "O jogo, agora, mudou" com a vitória de Alexis Tsipras, futuro primeiro-ministro grego, afirma o jornalista, que diz que a legenda "tem fisionomia semelhante ao PT brasileiro"; Altman ressalta, porém, que enquanto "o petismo pode promover a expansão de emprego, renda e direitos, durante longo período, sem confrontar o modelo rentista e as forças que o sustentam", o Syriza "somente será capaz de enfrentar a calamitosa herança social e econômica deixada por seus antecessores se fizer mudanças profundas e enfrentar o centro dirigente do imperialismo europeu"; leia a íntegra
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247 – Até a ascensão do partido grego Syriza, "a esquerda europeia esteve circunscrita a papel secundário, desempenhado por partidos comunistas e outros grupos com sérias dificuldades para se viabilizarem como alternativa de poder", analisa Breno Altman, em seu blog no portal Opera Mundi, parceiro do 247. "O jogo, agora, mudou" com a vitória de Alexis Tsipras, futuro primeiro-ministro grego.
Para Altman, o Syriza "tem fisionomia semelhante ao PT brasileiro". "Mais do que partido clássico, trata-se de frente orgânica. Aglutina inúmeras correntes, em espectro que vai do trotsquismo à social-democracia, ao redor de um programa de caráter socialista. Sua principal força propulsora são os movimentos sociais e populares que se rebelaram contra o garrote financeiro imposto sobre a Grécia desde a crise de 2010", descreve o jornalista.
O cenário com o qual Tsipras e seus correligionários irão lidar, no entanto, é oposto ao percurso petista após a conquista eleitoral de 2002, na avaliação de Altman. "A verdade é que o petismo pode promover a expansão de emprego, renda e direitos, durante longo período, sem confrontar o modelo rentista e as forças que o sustentam. O Syriza, no entanto, somente será capaz de enfrentar a calamitosa herança social e econômica deixada por seus antecessores se fizer mudanças profundas e enfrentar o centro dirigente do imperialismo europeu".
"O nó górdio é a dívida pública. Sem estancar esta sangria, o Estado grego continuará insolvente para atender as reivindicações das ruas e retomar o crescimento", prossegue o colunista. Aconteça o que acontecer, porém, diz ele, "a Grécia se transformou no epicentro dos principais lances políticos dos próximos tempos" e a "a Europa está aturdida por um fenômeno que talvez abra novo ciclo político, no qual se viabilize uma esquerda antagonista vocacionada para conduzir o continente a outro modelo de desenvolvimento".
Leia aqui a íntegra do artigo.
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