Gravações vazadas indicam que EUA tentaram usar Daesh para derrubar Assad

A administração do presidente cessante dos EUA, Barack Obama, contava que o alastramento grupo terrorista radical Daesh levasse a Rússia a negociar com Washington quanto à destituição de Assad, diz o jornal Washington Times, citando gravações dos comentários do atual secretário de Estado norte-americano, John Kerry

Secretário de Estado norte-americano, John Kerry, em Washington. 16/07/2015 REUTERS/Yuri Gripas
Secretário de Estado norte-americano, John Kerry, em Washington. 16/07/2015 REUTERS/Yuri Gripas (Foto: Giuliana Miranda)


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Da Sputnik Brasil

A administração do presidente cessante dos EUA, Barack Obama, contava que o alastramento grupo terrorista radical Daesh levasse a Rússia a negociar com Washington quanto à destituição de Assad, diz o jornal Washington Times, citando gravações dos comentários do atual secretário de Estado norte-americano, John Kerry.

Antes de a Rússia começar a prestar apoio militar à Síria no âmbito do combate aos radicais, a administração de Barack Obama acreditava que a expansão do Daesh ajudaria a fazer com que o presidente sírio, Bashar Assad, participasse das negociações com Washington, diz a edição.
Segundo o Washington Times, tais declarações foram feitas pelo secretário de Estado norte-americano, John Kerry, durante uma conversa a portas fechadas com ativistas sírios, à margem de uma sessão da Assembleia Geral da ONU, sendo que foram gravadas na época e vazadas alguns meses depois.

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Mais cedo, o site WikiLeaks divulgou um link com a gravação áudio da conversa de Kerry, datada de outubro do ano passado.

"O que levou a Rússia a entrar [na Síria]" foi o fortalecimento do Daesh", disse Kerry. "[O Daesh] estava ameaçando a hipótese de chegar a Damasco e por aí adiante. Estávamos acompanhando isso. Víamos que [o Daesh] estava ganhando força e pensávamos que Assad estava em perigo [de ser destituído]", adiantou.

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O conflito armado na Síria continua desde março de 2011. As tropas governamentais estão se opondo aos militantes de vários agrupamentos armados. Desde 30 de setembro de 2015, a pedido do presidente sírio Bashar Assad, a Rússia começou a efetuar ataques aéreos contra as posições dos terroristas no território sírio.

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