Macron perde aliados e tenta reestruturar governo na França

Aliados do presidente da França, Emmanuel Macron, pertencentes ao partido Movimento Democrático (MoDem) saíram do governo, complicando uma reforma ministerial que era considerada de rotina dias depois de o partido governista vencer as eleições parlamentares com folga; MoDem se tornou alvo de uma investigação judicial sobre alegações de uso irregular de fundos parlamentares da União Europeia e seu líder, François Bayrou, renunciou ao cargo de ministro da Justiça; dois outros ministros do partido de centro-direita também entregaram os cargos

Presidente da França, Emmanuel Macron
Presidente da França, Emmanuel Macron (Foto: Paulo Emílio)


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Reuters - Aliados do presidente da França, Emmanuel Macron, pertencentes ao partido Movimento Democrático (MoDem) saíram do governo, complicando uma reforma ministerial que era considerada de rotina dias depois de o partido governista vencer as eleições parlamentares com folga.

Como o MoDem se tornou alvo de uma investigação judicial sobre alegações de uso irregular de fundos parlamentares da União Europeia, seu líder, François Bayrou --um aliado relevante desde que apoiou a candidatura presidencial de Macron em fevereiro-- renunciou como ministro da Justiça nesta quarta-feira.

Os dois outros ministros do partido de centro-direita também entregaram os cargos desde terça-feira.

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Macron, eleito como político de centro e independente em 7 de maio, havia montado um governo com ministros da esquerda, direita e centro, reformulando o cenário político francês ao ampliar sua base de apoio.

Mas a sequência de renúncias indica que a recomposição que ele havia programado para o final desta quarta-feira será mais abrangente do que o esperado, já que o novo presidente quer preservar esse equilíbrio.

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A sigla de Macron, A República em Marcha (LREM), conquistou 308 das 577 cadeiras da Assembleia Nacional no domingo, e o MoDem outras 42.

Isso significa que o presidente não depende do partido menor para fazer sua pauta legislativa avançar no Parlamento, mas pode ter que substituir ministros do MoDem por políticos do conservador Os Republicanos, o que pode dar munição para opositores de esquerda que o classificam como um líder de direita disfarçado.

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"Temos uma maioria depois da vitória da noite de domingo e temos os meios para governar", disse o porta-voz do governo, Christophe Castaner, à rádio Europe 1. "Então agora é 'vamos trabalhar, gente, vamos trabalhar'".

O gabinete do primeiro-ministro confirmou a saída de Bayrou, e fontes disseram à Reuters que a ministra de Assuntos Europeus, Marielle de Sarnez, outra autoridade de primeiro escalão do MoDem, também está deixando o gabinete. Na terça-feira a ministra da Defesa, Sylvie Goulard, também do MoDem, já havia renunciado.

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