“Grabois sabe mais do que o Papa pensa de Lula que qualquer cardeal brasileiro”

“Juan Grabois é uma pessoa da estreita confiança do Papa Francisco”, afirma à Fórum o sociólogo Pablo Gentili, secretário geral do Conselho Latino Americano de Ciências Sociais (Clacso); "Sendo ou não representante oficial do Vaticano, se ele disse que o Papa falou, a mensagem é do Papa mesmo. Grabois tem mais proximidade e informação do que o Papa pensa do Lula do que qualquer cardeal brasileiro”, sustenta Gentili

“Juan Grabois é uma pessoa da estreita confiança do Papa Francisco”, afirma à Fórum o sociólogo Pablo Gentili, secretário geral do Conselho Latino Americano de Ciências Sociais (Clacso); "Sendo ou não representante oficial do Vaticano, se ele disse que o Papa falou, a mensagem é do Papa mesmo. Grabois tem mais proximidade e informação do que o Papa pensa do Lula do que qualquer cardeal brasileiro”, sustenta Gentili
“Juan Grabois é uma pessoa da estreita confiança do Papa Francisco”, afirma à Fórum o sociólogo Pablo Gentili, secretário geral do Conselho Latino Americano de Ciências Sociais (Clacso); "Sendo ou não representante oficial do Vaticano, se ele disse que o Papa falou, a mensagem é do Papa mesmo. Grabois tem mais proximidade e informação do que o Papa pensa do Lula do que qualquer cardeal brasileiro”, sustenta Gentili (Foto: Aquiles Lins)


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Por Renato Rovai, Revista Fórum -  Na tarde de ontem, Juan Gabrois, um jovem advogado argentino de 35 anos que coordena o Movimento dos Trabalhadores Excluídos e da Confederação da Economia Popular, esteve em Curitiba tentando visitar Lula para entregar um rosário que teria sido abençoado pelo Papa.

Ele foi impedido porque a juíza do caso Lula não o reconheceu como líder religioso, a quem são permitidas visitas às segundas-feiras.

Ao ser barrado, Grabois deu fortes declarações em relação à situação da democracia no Brasil e chegou a falar em uma nova Operação Condor.

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Dali em diante instalou-se uma verdadeira guerra de informações. De um lado, os que diziam que ele estava em missão oficial do Vaticano e que aquilo teria sido uma agressão à Santa Sé. De outro, os que o acusavam de ser um impostor.

Nem uma coisa nem outra.

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Fórum conversou com Pablo Gentili, secretário geral do Conselho Latino Americano de Ciências Sociais (Clacso). Ele explica como se dá a relação do Papa Francisco com algumas pessoas e com setores do movimento social.

"Que eu saiba o Juan Grabois não tem cargo no vaticano, mas ele é uma pessoa da estreita confiança do Papa Francisco", afirma. Pelo que Fórum apurou, Francisco havia convidado Grabois para ser um dos 15 consultores do Pontifício Conselho para a Justiça e a Paz logo que assumiu, em 11 de junho de 2016. Mas o próprio Papa teria desativado o órgão em de 1º de janeiro de 2017 e incorporado-o ao Serviço do Desenvolvimento Humano Integral.

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"Mas sendo ou não representante oficial do Vaticano, se ele disse que o Papa falou, a mensagem é do Papa mesmo. Grabois tem mais proximidade e informação do que o Papa pensa do Lula do que qualquer cardeal brasileiro", sustenta Gentili.

Na Argentina, Francisco é conhecido por ter alguns porta-vozes informais. Aquilo que ele não pode dizer de forma direta, essas pessoas acabam falando por ele.

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Além de Grabois, que tem relação com os movimentos sociais, Francisco tem muita proximidade com Eduardo Valdés, a quem o blogueiro conheceu na recente visita que fez a Buenos Aires acompanhando a comitiva da ex-presidenta Dilma.

"Valdés faz mais a ponte com os setores políticos e por isso foi o embaixador da Argentina no Vaticano durante o governo de Cristina Kirchner", explica Gentili.

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Mas o Papa poderia ter mandado um rosário para o Lula tendo como porta voz o jovem Juan Grabois, pergunta o blogueiro. Gentili garante que sim. "Se o Grabois veio visitar o Lula, certamente ele tinha alguma mensagem ou algum recado do Papa. Ele não se movimentaria por iniciativa própria".

O Papa teria por hábito fazer essas conversas informais a partir de porta-vozes não oficiais. Em relação a Dilma, por exemplo, o blogue apurou que ele lhe enviou uma carta escrita de próprio punho após ter sofrido o impeachment. E que ainda mantém uma relação muito amistosa com ela. Com Lula não é diferente.

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