Reforma monetária entra em vigor nesta segunda-feira na Venezuela
A reforma monetária anunciada pelo governo venezuelano como parte do denominado plano de recuperação econômica entra em vigor nesta segunda-feira (20), quando começa a circular o Bolívar Soberano
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247, com Prensa Latina - A reforma monetária anunciada pelo governo venezuelano como parte do denominado plano de recuperação econômica entra em vigor nesta segunda-feira (20), quando começa a circular o Bolívar Soberano.
Esta iniciativa governamental vem acompanhada por outras medidas de caráter cambial, tributário, fiscal e de política salarial e de preços, que serão implementadas para enfrentar deformações da economia como a hiperinflação induzida e a prevalência de taxas especulativas das divisas internacionais.
Em discurso ao país, o presidente da República, Nicolás Maduro, detalhou que a nova moeda circulará ancorada na criptomoeda nacional, o Petro, cujo valor equivale a cerca de 60 dólares, de acordo com a cotação atual da cesta petroleira venezuelana.
O mandatário explicou que cada unidade da criptomoeda equivalerá a 3.600 bolívares soberanos, e constituirá a referência para fixar o valor do trabalho, o preço dos serviços e dos bens de consumo.
Igualmente, o governo venezuelano decidiu fixar o salário mínimo em 1.800 unidades da nova moeda caracterizada pela redução de cinco zeros da moeda anterior, a fim de elevar o poder aquisitivo dos trabalhadores.
Para evitar um impacto inflacionário superior ao existente, o presidente da Venezuela afirmou que o governo assumirá por 90 dias a diferença da folha de pagamentos de toda a pequena e média indústria do país.
Os bancos venezuelanos suspenderam todas as operações eletrônicas desde as 18h00 horas do domingo, com o objetivo de reiniciar as plataformas digitais de acordo com a nova moeda e retomarão sua atividade habitual nesta segunda-feira.
Na opinião das autoridades, o programa de recuperação econômica aponta de maneira direta no rumo de acabar com o sistema de dolarização de preços imposto por setores oligárquicos, além de recuperar o salário e a capacidade de compra do venezuelano.
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