Justiça peruana ordena soltura de Keiko Fujimori

A Justiça do Peru aceitou os recursos apresentados pela defesa da líder opositora Keiko Fujimori e determinou a imediata libertação da filha mais velha do ex-presidente Alberto Fujimori, que foi detida dentro de uma investigação por corrupção e lavagem de dinheiro que envolve a construtora Odebrecht

Justiça peruana ordena soltura de Keiko Fujimori
Justiça peruana ordena soltura de Keiko Fujimori (Foto: Guadalupe Pardo - Reuters)


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Agência EFE - A Justiça do Peru aceitou os recursos apresentados pela defesa da líder opositora Keiko Fujimori e determinou na noite desta quarta-feira a imediata libertação da filha mais velha do ex-presidente Alberto Fujimori, que foi detida na semana passada dentro de uma investigação por corrupção e lavagem de dinheiro que envolve a construtora Odebrecht.

Por decisão unânime, a Segunda Câmara de Recurso do Tribunal Penal Nacional aceitou os recursos apresentados por Keiko Fujimori e outros cinco detidos, ordenou a anulação da prisão provisória à qual foram submetidos e sua libertação imediata.

Na semana passada, o juiz Richard Concepción Carhuancho ordenou a prisão de Keiko, líder do partido opositor Força Popular, e outras 19 pessoas dentro de uma investigação por lavagem de dinheiro vinculados ao financiamento irregular desse partido político.

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A ordem judicial emitida hoje estende às cinco pessoas que entraram com recurso, entre elas os ex-ministros fujimoristas Jaime Yoshiyama e Augusto Bedoya, e outras 14 que foram incluídos na resolução de Carhuancho.

O juiz que presidiu o Tribunal, César Octavio Sahuanay, argumentou que na resolução de Carhuancho "o magistrado não acrescenta ideias sobre as apresentadas pela Promotoria".

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"Houve uma nulidade insuperável, esta sala quer deixar claro que onde o juiz não motiva a declaração fiscal, isso leva à nulidade", afirmou.

De acordo com o Tribunal, Carhuancho incluiu na sua resolução "apenas uma base fiscal, não judicial".

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No entanto, a Segunda Câmara de Recurso não entrou para avaliar os argumentos da Promotoria, nem o fundo dos mesmos e deixou ao Ministério Público o direito de apresentar seu pedido de detenção diante de um novo tribunal que não seja dirigido pelo juiz Carhuancho.

A resolução foi recebida com choro de alegria por Keiko Fujimori, que participou da audiência ao lado de outros três detidos.

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Em seu discurso perante a corte, Keiko pediu que fosse libertada por considerar que a detenção era "uma clara violação" do devido processo legal e de sua presunção de inocência.

A Promotoria investiga Keiko Fujimori e o partido Força Popular por suposto lavagem de dinheiro na campanha para as eleições presidenciais de 2011, ao supostamente disfarçar as grandes doações de dinheiro cujo origem pode ser ilícita.

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Nesse financiamento irregular, pode estar US$ 1 milhão que a Odebrecht afirmou ter entregue para apoiar a candidatura de Keiko Fujimori à Presidência do Peru, onde ela perdeu a disputa para Ollanta Humala.

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