Sob pressão, primeiro-ministro de Israel deve perder último aliado e pode cair

Líder do partido Lar Judaico deve retirar nesta segunda-feira (19) apoio à coalizão de Binyamin Netanyahu, forçar a queda do governo e a convocação de eleições antecipadas

Sob pressão, primeiro-ministro de Israel deve perder último aliado e pode cair
Sob pressão, primeiro-ministro de Israel deve perder último aliado e pode cair (Foto: REUTERS/Amir Cohen)


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247, com AFP e Reuters - Líder do partido Lar Judaico deve retirar nesta segunda-feira (19) apoio à coalizão de Binyamin Netanyahu, forçar a queda do governo e a convocação de eleições antecipadas.

O governo do primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, ficou ainda mais perto do fim neste domingo (18), quando o segundo principal partido que sustenta sua coalizão informou que deve deixar o governo nesta segunda-feira (19). O líder do partido nacionalista religioso Lar Judaico, Naftali Bennett, avisou que fará um pronunciamento no Parlamento israelense, provavelmente retirando o apoio, o que obrigará Netanyahu a convocar eleições antecipadas.

Em uma entrevista coletiva no domingo (18) Netanyahu afirmou que seria "irresponsável" convocar eleições antecipadas. "A segurança do Estado vai além das considerações políticas", disse. O primeiro-ministro conta com uma frágil maioria parlamentar: ele tem 61 assentos, de 120.

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O governo Netanyahu começou a ruir na semana passada. Na quarta-feira, o ministro da Defesa, Avigdor Lieberman, deixou o cargo e retirou seu partido, o Yisrael Beiteinu, da coalizão governista após o primeiro-ministro concordar em estabelecer uma trégua com o grupo Hamas, que controla a Faixa de Gaza. A saída de Lieberman deixou Netanyahu com a maioria apertada na Knesset.

A situação de Bibi se complicou mais na sexta-feira, quando Bennett exigiu ser ele o nomeado como novo ministro da Defesa para se manter na coalizão. Netanyahu negou o pedido. "Eu sou o ministro da Defesa, e continuarei sendo. Eu sei o que fazer e quando fazer", acrescentou ele. Sem o Lar Judaico, a coalizão governista teria apenas dois partidos e 53 assentos.

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Segundo analistas, Netanyahu quer evitar eleições antes do fim do ano para evitar que o procurador-geral Avichai Mendelblit decida se apressar e apresentar uma acusação em duas das investigações de corrupção contra ele - o caso 1000 e caso 2000 - para as quais a polícia já apresentou seu indiciamento.

Além disso, se as eleições forem antecipadas, o Parlamento não poderá nomear o novo chefe de polícia indicado por Netanyahu, major-general Moshe Edri. Segundo especialistas, Edri seria próximo de Netanyahu, e poderia impedir o prosseguimento das investigações contra Netanyahu. Se o Parlamento for dissolvido antes que a nomeação seja feita, o gabinete se tornará um governo de transição, que não pode aprovar a nomeação de novos ministros ou cargos públicos.

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