China tenta aproximação e convida PSL de Bolsonaro para visitar Pequim

O governo chinês fez um novo apelo conciliatório ao presidente eleito do Brasil, Jair Bolsonaro. Na semana passada, o Partido Comunista da China enviou um convite ao PSL, partido do ex-capitão do Exército, para uma visita à Pequim; objetivo do convite a 10 membros do PSL é o 'intercâmbio de experiências de governança e cooperações pragmáticas entre os partidos', além de ser uma sinalização de aproximação após as declarações polêmicas e contrárias a Pequim feitas por Bolsonaro durante a campanha eleitora

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Sputnik - O governo chinês segue com a sua estratégia de fazer acenos positivos e conciliatórios ao presidente eleito do Brasil, Jair Bolsonaro. Na semana passada, o Partido Comunista da China enviou um convite ao PSL, partido do ex-capitão do Exército, para uma visita à Pequim.

Segundo o documento, publicado pelo jornalista Jamil Chade do jornal O Estado de S. Paulo no Twitter, o objetivo do convite a 10 membros do PSL é o "intercâmbio de experiências de governança e cooperações pragmáticas entre os partidos".

Com todas as despesas pagas pelos chineses, a ida de 10 membros do PSL seria mais uma sinalização de boa vontade da China em se aproximar de Bolsonaro e sua equipe, após declarações polêmicas e reacionárias do presidente eleito contra Pequim durante a campanha eleitoral.

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Em entrevista ao Estadão, o presidente do PSL, deputado federal Luciano Bivar, afirmou que o convite é "muito bem-vindo", mas que a decisão sobre ele dependerá da bancada do partido, que ainda não analisou o assunto.

O clã Bolsonaro ainda não se pronunciou sobre o convite do Partido Comunista da China. No passado recente, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente eleito, apresentou um projeto na Câmara para criminalizar o comunismo.

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O próprio Jair Bolsonaro já apresentou posições diversas sobre o comunismo. Crítico da ideologia comunista nos últimos anos, o ex-capitão do Exército afirmou, em 4 de setembro de 1999, que não era anticomunista e que o meio militar seria próximo à ideologia que tem a China como um dos seus expoentes.

"Ele [Hugo Chávez, então candidato à presidência da Venezuela] não é anticomunista e eu também não sou. Na verdade, não tem nada mais próximo do comunismo do que o meio militar. Nem sei quem é comunista hoje em dia", declarou Jair Bolsonaro ao jornal O Estado de S. Paulo.

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Recentemente, uma delegação de diplomatas chineses foi recebida pelo presidente eleito em sua casa, no Rio de Janeiro. A preocupação é justificada: Pequim é o maior parceiro comercial do Brasil, importante comprador de produtos do agronegócio nacional.
Em editoriais em jornais locais, o governo chinês pediu que o governo Bolsonaro não adote o mesmo caminho do presidente dos EUA, Donald Trump, que vive uma guerra comercial com a China. Apesar da boa vontade, os chineses alertaram que o Brasil tem mais a perder do que ganhar, caso siga os passos de Washington.

Por ora, a indicação do diplomata Ernesto Araújo – um fã de Trump e crítico conhecido da China e do comunismo – para comandar o Ministério de Relações Exteriores a partir de 2019 indica que as relações entre Brasília e Pequim ainda podem enfrentar solavancos.

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