Com estímulos à vista, China deve ter crescimento mais fraco em 28 anos

A China deve anunciar na segunda-feira que seu crescimento econômico em 2018 foi o mais fraco em 28 anos, em meio à menor demanda doméstica e às tarifas norte-americanas, aumentando a pressão para que Pequim implemente mais medidas de apoio a fim de evitar uma desaceleração mais acentuada

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Kevin Yao (Reuters) - A China deve anunciar na segunda-feira que seu crescimento econômico em 2018 foi o mais fraco em 28 anos, em meio à menor demanda doméstica e às tarifas norte-americanas, aumentando a pressão para que Pequim implemente mais medidas de apoio a fim de evitar uma desaceleração mais acentuada.

Sinais crescentes de fraqueza na China — que gerou quase um terço do crescimento global na última década— alimentam preocupações sobre os riscos para a economia mundial e pesam sobre os lucros de empresas que vão desde a Apple a grandes montadoras.

Parlamentares chineses prometeram mais apoio neste ano à economia para reduzir o risco de perdas maciças de empregos, mas descartaram uma “inundação” de estímulos como a que Pequim desencadeou no passado, que estimulou rapidamente as taxas de crescimento e, consequentemente, uma montanha de dívidas.

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Analistas consultados pela Reuters esperam um crescimento da segunda maior economia do mundo de 6,4 por cento no trimestre de outubro a dezembro em relação a igual período do ano anterior, desacelerando em relação aos 6,5 por cento observados no trimestre imediatamente anterior e o menor desde o começo de 2009, durante a crise financeira global.

Isso pode puxar o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2018 para 6,6 por cento, o menor desde 1990 e abaixo dos 6,8 por cento revisados de 2017.

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Com medidas de estímulo que devem levar algum tempo para entrarem em cena, a maioria dos analistas acredita que as condições na China devem piorar antes de melhorar, além de observar uma nova desaceleração para 6,3 por cento neste ano. Alguns analistas acreditam que os níveis reais de crescimento já são muito mais fracos do que sugerem os dados oficiais.

Mesmo que a China e os Estados Unidos concordem com um acordo comercial nas negociações atuais, o que é uma tarefa difícil, analistas afirmam que não seria suficiente para a pulverizada economia chinesa, a menos que Pequim consiga estimular os investimentos e a demanda dos consumidores.

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Chen Xingdong, economista-chefe do BNP Paribas na China, disse que os investidores não devem esperar que a última rodada de estímulo produza resultados semelhantes aos da crise global de 2008 e 2009, quando o enorme pacote de gastos de Pequim impulsionou rapidamente o crescimento.

“O que a China pode realmente fazer neste ano é evitar a deflação, impedir uma recessão e um duro pouso na economia”, disse Chen.

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