Bolsonaro faz Brasil despencar no ranking de países seguros para gays

"A situação dos viajantes LGBT no Brasil, na Alemanha e nos EUA piorou. Tanto no Brasil quanto nos EUA, os governos conservadores de direita introduziram iniciativas para revogar direitos LGBT conquistados no passado. Essas ações levaram a um aumento da violência homofóbica e transfóbica", avalia o site Spartacus, que trouxe o Brasil 13 posições abaixo em relação ao ano passado

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247 - A posse de um presidente conservador e contra os direitos dos LGBT fez com que o Brasil despencasse no ranking do site Spartacus dos países mais acolhedores para a comunidade LGBT. Segundo o site, a ascensão de Jair Bolsonaro (PSL) ao poder representa um risco para a comunidade de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais, fazendo com que o país caísse 13 posições no ranking em um ano.

O Brasil caiu 13 posições em relação ao ano passado (55°), ficando no 68° lugar,  bem atrás de países como Porto Rico (35°), Moçambique (41°), Cuba (47°), Costa Rica (47°), Bósnia (47°), Bolívia (41°) e Hungria (57°). Os brasileiros chegaram a ocupar o 19° lugar em 2010, configurando uma queda de 49 posições em uma década.

"A situação dos viajantes LGBT no Brasil, na Alemanha e nos EUA piorou. Tanto no Brasil quanto nos EUA, os governos conservadores de direita introduziram iniciativas para revogar direitos LGBT conquistados no passado. Essas ações levaram a um aumento da violência homofóbica e transfóbica", avalia o site.

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O ranking se baseia, em particular, nas informações fornecidas pela ONG de direitos humanos, Human Rights Watch, e também em estatísticas da ONU e da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE). No total, 197 países são classificados no ranking da Spartacus.

Critérios

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Os critérios são classificados em três categorias, segundo a rádio francesa France Inter: direitos adquiridos (como casamento para todos ou a possibilidade de adotar crianças por um casal gay), discriminação e quantidade de restrições aos direitos individuais. Na primeira categoria, é avaliado, por exemplo, se o país legalizou o casamento para todos ou se a adoção de crianças é possível para um casal do mesmo sexo.

A segunda categoria diz respeito a questões como a idade do consentimento sexual: é o mesmo para casais do mesmo sexo e casais heterossexuais? Existem leis anti-discriminação? Existem restrições de viagem para pessoas seropositivas? A Parada Gay é permitida? Na terceira categoria estão as perseguições, sentenças de prisão e sentenças de morte contra pessoas LGBT.

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Último lugar

A Chechênia é a última da lista pelo segundo ano consecutivo. Desde 2017, o país reprime abertamente cidadãos LGBT. Perseguições contra homossexuais na Chechênia colocam o Kremlin sob pressão e o expurgo se intensificou desde janeiro de 2019.

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Uma associação LGBT russa denuncia uma "nova onda" de perseguições contra homossexuais na Chechênia, que teria matado duas pessoas e levado a cerca de 40 detenções em janeiro. As autoridades desta república do Cáucaso de maioria muçulmana negaram as acusações, retransmitidas pela mídia da oposição, dois anos após relatos de tortura de gays terem provocado uma onda de indignação internacional.

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