No Uruguai, é destituído comandante do Exército que pressionou a Justiça

O presidente do Uruguai, Tabaré Vázquez, demitiu nesta terça-feira (12) o Comandante em Chefe do Exército, General Guido Manini Ríos, que fez críticas ao Poder Judiciário do país por sentenças contra militares que violaram os direitos humanos durante a ditadura militar entre 1973 e 1985; o episódio contrasta com a prática consolidada no Brasil, em que o Comandante do Exército pressionou impunemente o STF a favor do golpe de Estado e da prisão do ex-presidente Lula; os militares brasileiros se insurgiram, também sem punição, contra a Comissão da Verdade, impedindo que se fizesse justiça em relação aos crimes que cometeram no período da ditadura militar; hoje voltam ao poder respaldando um presidente que sempre fez apologia da tortura

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247 - O presidente do Uruguai, Tabaré Vázquez, demitiu nesta terça-feira (12) o Comandante em Chefe do Exército, General Guido Manini Ríos, que fez críticas ao Poder Judiciário do país em função de decisões contra militares que violaram os direitos humanos durante a ditadura militar entre 1973 e 1985. O episódio contrasta com a prática consolidada no Brasil, em que o Comandante do Exército pressionou impunemente o STF a favor do golpe de Estado e da prisão do ex-presidente Lula.

Os militares brasileiros se insurgiram, também sem punição, contra a Comissão da Verdade, impedindo que se fizesse justiça em relação aos crimes que cometeram no período da ditadura militar; hoje voltam ao poder respaldando um presidente que sempre fez apologia da tortura.

"A Justiça Uruguaia em muitas oportunidades se afastou dos mais elementares princípios do Direito, não dando garantias aos acusados. Definitivamente, aplicou uma espécie de Direito para o inimigo", disse o general, antes de ser demitido por Tabaré Vásquez. Na condição de Comandante em Chefe do Exército, Manini Ríos ainda afirmou que "o militar que é citado como questionado pela Justiça, muitas vezes é considerado culpado antes mesmo de ser julgado, não tem as garantias do devido processo, e é condenado com base em conjecturas ou convicções inadmissíveis, sem provas, e em muitos casos com provas forjadas ou inventadas"

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Em comunicado, a Presidência da República do Uruguai afirma que a atitude assumida pelo general de questionar o Poder Judiciário é "absolutamente incompatível com o cargo que vinha exercendo".

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