Justiça italiana confirma pena de prisão perpétua a Cesare Battisti

Corte de apelações de Milão negou nesta quarta-feira (22) o pedido de comutação da pena de Cesare Battisti, informou a imprensa italiana; os advogados do italiano, condenado à prisão perpétua por 4 assassinatos, queriam que a sentença fosse trocada para 30 anos de prisão

Justiça italiana confirma pena de prisão perpétua a Cesare Battisti
Justiça italiana confirma pena de prisão perpétua a Cesare Battisti (Foto: REUTERS/Max Rossi)


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Da RFI - A corte de apelações de Milão negou nesta quarta-feira (22) o pedido de comutação da pena de Cesare Battisti, informou a imprensa italiana. Os advogados do italiano, condenado à prisão perpétua por 4 assassinatos, queriam que a sentença fosse trocada para 30 anos de prisão.

La Stampa explica que o advogado de Battisti, David Steccanella, fez o pedido de comutação baseado "no acordo de extradição vigente entre a Itália e o Brasil", país onde a pena máxima de prisão é de 30 anos. O advogado dedicou uma passagem de seu discurso à declaração do vice-primeiro-ministro Matteo Salvini, de extrema direita, que havia prometido, no momento da captura de Battisti, que "o maldito criminoso iria apodrecer na cadeia até o final de seus dias". Steccanella alegou que "graças a Deus, a Itália não é um país onde os prisioneiros apodrecem na prisão pelo resto da vida. Isso seria contra a lei."

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Mas o pedido foi negado. O tribunal de Milão interpretou que o italiano não foi extraditado do Brasil. Ele foi preso na Bolívia em janeiro deste ano, onde estava foragido, e foi expulso deste país, e não do Brasil, para a Itália. A decisão põe fim ao capítulo judicial sobre a execução da sentença do ex-integrante do grupo Proletários Armados pelo Comunismo, mas os juízes informaram que em 3 anos e meio, Battisti poderá começar a ter alguns benefícios de cumprimento de pena.

Refugiado no Brasil

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Cesare Battisti ficou 37 anos refugiado, principalmente na França e no Brasil. Ele chegou ao Rio de janeiro em 2004 e viveu no país durante 14 anos. Ele chegou a ficar preso mais de 4 anos, mas foi considerado refugiado político e teve seu pedido de extradição para a Itália negado pelo presidente Lula, em 2010.

A situação muda com o presidente Temer, que assina o decreto de extradição em dezembro de 2018. O italiano foge e a partir de então é procurado pela Interpol. Depois de sua caputra na Bolívia, foi enviado para uma prisão de segurança máxima na Sardenha.

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Durante todo esse tempo, Battisti negou os crimes pelos quais tinha sido condenado à revelia na Itália, em 1993. Mas em março deste ano, confessou pela primeira vez a um procurador seu envolvimento nos 4 assassinatos, cometidos nos anos 70, quando integrava o grupo de luta armada.

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