Depois da renúncia, casamento gay avança

Não foi só Bento 16 quem caiu; aos poucos, sua agenda conservadora começa a ser derrotada; nesta terça, 24 horas depois de sua renúncia, os deputados da França aprovaram a lei que autoriza o casamento entre pessoas do mesmo sexo, algo que o pontífice definia como "manipulação da natureza"; manifestantes do Femen celebraram a renúncia do Papa dentro da Catedral de Notre-Dame, em Paris

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247 - Os deputados franceses aprovaram, nesta terça-feira 12, a lei do casamento entre pessoas do mesmo sexo, coincidentemente um dia depois de o Papa Bento 16 anunciar sua renúncia para o fim do mês. O texto recebeu o apoio majoritário dos grupos de esquerda, com 329 votos a favor, 229 contra e dez abstenções.

O projeto de lei é a primeira grande reforma social do presidente socialista François Hollande, mas ainda precisa ser analisado a pelo Senado, o que deve ocorrer em abril. Apesar de uma manifestação anti-casamento gay organizada em janeiro tem reunido ao menos 100 mil pessoas, uma pesquisa do instituto Ifop feina no mês passado indicou que 63% dos franceses se declaram favoráveis ao casamento entre homossexuais.

O processo já vinha caminhando no legislativo francês, mas é sintomático que tenha dado mais um passo logo um dia depois do anúncio da renúncia de Bento 16, que vinha se posicionando duramente contra a possibilidade de união entre pessoas do mesmo sexo. No último dia 21 de dezembro, o Papa denunciou em discurso o que descreveu como pessoas que manipulam o gênero dado por Deus para adaptar suas 'opções sexuais', destruindo a "essência do ser humano" no processo.

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Bento 16 fez os comentários no discurso anual de Natal para os agentes administrativos do Vaticano, uma das falas mais importantes do ano, que ele dedicou, no ano passado, à promoção dos valores familiares. Para celebrar a saída anunciada pelo Papa, ativistas do grupo Femen invadiram nesta terça-feira a Catedral de Notre-Dame, em Paris.

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