Moro nega acesso à delação de Barusco

Responsável pela condução dos processos da Operação Lava Jato, o juiz Sérgio Moro vetou acesso à delação premiada do ex-gerente executivo de Engenharia da Petrobras Pedro Barusco; a defesa de cinco executivos da OAS queria conhecer as revelações de Barusco, que fechou acordo de delação com a força tarefa do Ministério Público Federal; Moro, contudo, considera que  "por ora, ainda se faz necessário o sigilo para fins de investigação e corroboração do por ele declarado"

Responsável pela condução dos processos da Operação Lava Jato, o juiz Sérgio Moro vetou acesso à delação premiada do ex-gerente executivo de Engenharia da Petrobras Pedro Barusco; a defesa de cinco executivos da OAS queria conhecer as revelações de Barusco, que fechou acordo de delação com a força tarefa do Ministério Público Federal; Moro, contudo, considera que  "por ora, ainda se faz necessário o sigilo para fins de investigação e corroboração do por ele declarado"
Responsável pela condução dos processos da Operação Lava Jato, o juiz Sérgio Moro vetou acesso à delação premiada do ex-gerente executivo de Engenharia da Petrobras Pedro Barusco; a defesa de cinco executivos da OAS queria conhecer as revelações de Barusco, que fechou acordo de delação com a força tarefa do Ministério Público Federal; Moro, contudo, considera que  "por ora, ainda se faz necessário o sigilo para fins de investigação e corroboração do por ele declarado" (Foto: Romulo Faro)


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Paraná 247 - Responsável pela condução dos processos decorrentes da Operação Lava Jato, o juiz federal Sérgio Moro vetou acesso à delação premiada do ex-gerente executivo de Engenharia da Petrobras Pedro Barusco. A defesa de cinco executivos da OAS, entre eles o presidente da empreiteira, José Aldemário Pinheiro Filho, o Leo Pinheiro, queria conhecer as revelações de Barusco, que fechou acordo de delação com a força tarefa do Ministério Público Federal. Informação é do Blog do Fausto Macedo, do jornal O Estado de São Paulo.

A OAS está entre as empresas suspeitas de integrar cartel de empreiteiras que se apossou de contratos bilionários da estatal. A empresa pediu acesso aos relatos de Barusco, mas a Justiça não permitiu.

Sérgio Moro argumenta que "por ora, ainda se faz necessário o sigilo para fins de investigação e corroboração do por ele declarado". Ele afirma que os depoimentos de Barusco não serviram de base às denúncias propostas (cinco denúncias ao todo) contra as cúpulas das maiores empreiteiras do País, entre elas a OAS. Os executivos das empreiteiras são acusados de formação de organização criminosa, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e corrupção ativa.

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O acordo de delação premiada de Barusco foi homologado há duas semanas pela Justiça Federal. Na avaliação dos investigadores da Lava Jato, os depoimentos do ex-executivo da Petrobras são "estarrecedores" porque apontam com detalhes como operava o esquema na área da Diretoria de Serviços, sob comando de Renato Duque.

Em uma cláusula do contrato que firmou com a força tarefa do MPF o ex-gerente comprometeu-se a devolver ao Tesouro US$ 97 milhões que mantêm no exterior e mais R$ 6 milhões no Brasil. Ele confessou que essa fortuna teve origem em atos "ilícitos".

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O grau de colaboração do ex-gerente impressiona os investigadores, segundo a publicação do Blog do Fausto Macedo. Ele demonstrou grande senso de organização e disciplina ao fazer uma metódica contabilidade dos repasses de propinas, apontando todos os negócios onde correu dinheiro por fora. Tudo ele registrava em um arquivo pessoal.

Barusco passou números de contas bancárias e nomes de beneficiários de comissões. Afirmou que ele e Renato Duque, ex-diretor de Serviços da estatal petrolífera, dividiram propinas em "mais de 70 contratos" da Petrobrás entre 2005 e 2010.

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O juiz Sérgio Moro assinalou que os advogados das construtoras também já tiveram acesso aos termos de outras duas delações premiadas, de Augusto Ribeiro Mendonça Neto e Julio Gerin de Almeida Camargo – com suas revelações, Mendonça e Camargo implodiram o pacto do cartel de empreiteiras que agiram na Petrobrás durante longa jornada, segundo o Ministério Público Federal.

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