Carlos Fernando: delações da Odebrecht vão revelar corrupção em todo sistema político

Um dos principais negociadores das delações premiadas de leniências da força-tarefa da Lava Jato, o procurador Regional da República Carlos Fernando dos Santos prevê um "tsunami" na política brasileira, com a confirmação de que a corrupção, descoberta na Petrobrás, existe em todos os níveis de governo, envolvendo partidos de esquerda e direita;“A corrupção está em todo sistema político brasileiro, seja partido A, partido B, seja partido C. Ela grassa em todos os governos", afirma

Procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, do Ministério Público Federal (MPF), concede entrevista à Reuters, em Curitiba, nesta terça-feira. 23/06/2015 REUTERS/Rodolfo Buhrer
Procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, do Ministério Público Federal (MPF), concede entrevista à Reuters, em Curitiba, nesta terça-feira. 23/06/2015 REUTERS/Rodolfo Buhrer (Foto: Giuliana Miranda)


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Paraná 247 - O procurador Regional da República Carlos Fernando dos Santos, um dos principais negociadores das delações premiadas de leniências da força-tarefa da Lava Jato, prevê um "tsunami" na política brasileira, com a confirmação de que a corrupção, descoberta na Petrobrás, existe em todos os níveis de governo, envolvendo partidos de esquerda e direita.“A corrupção está em todo sistema político brasileiro, seja partido A, partido B, seja partido C. Ela grassa em todos os governos", afirma. 

As informações são de reportagem de Ricardo Brandt e Fausto Macedo no Estado de S.Paulo

"'É um grande caixa geral de favores que políticos fazem através do governo, e em troca recebem financiamento para si ou para seus partidos e campanhas. Funciona em todos os níveis, exatamente igual', diz Carlos Fernando. 'Isso vai ser revelado bem claramente quando os dados das colaborações e da leniência da Odebrecht forem divulgadas – e, um dia, serão.'

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Carlos Fernando negou que a Lava Jato realize 'prisões em excesso', disse que grupos políticos deixaram de apoiar as investigações, após o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, e que reformas nas regras penais do País – como as propostas no pacote das 10 Medidas contra a Corrupção – não podem existir sem uma reforma política.

'A classe política tem que perceber que a sobrevivência dela depende dela mudar seus próprios atos. Se o sistema mudar, aqueles que vierem a sobreviver ao tsunami de revelações, quem sabe encaminhe o Brasil para um País melhor.'"

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