Teresa Leitão: "A corrente PTLM está saindo do PT"
Presidente do partido em Pernambuco, deputada estadual Tereza Leitão disse que a tendência PT Lutas de Lutas e Massas está rompendo com o partido; a declaração veio após a corrente abandonar o palanque da legenda, que tem o senador Armando Monteiro (PTB) como candidato ao governo do estado e o deputado federal João Paulo (PT) ao Senado; segundo a parlamentar, seu partido discutiu de forma democrática estratégias políticas para as eleições deste ano, e, portanto, não há motivos para a corrente não apoiar a chapa da legenda; "Acontece que a corrente (PTLM) está saindo do PT", afirma
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Leonardo Lucena, Pernambuco 247 – "Quem rompe com a chapa de Armando e de João Paulo, rompe com o PT". A declaração é da presidente do partido em Pernambuco, deputada estadual Tereza Leitão, após a corrente PT Lutas de Lutas e Massas anunciar, neste domingo (28), em nota, o rompimento a candidatura do senador Armando Monteiro (PTB) ao Palácio do Campo das Princesas, e do deputado federal João Paulo (PT) ao Senado. A parlamentar afirma que o partido discutiu de forma democrática estratégias políticas para as eleições deste ano, e, portanto, não há motivos para a corrente não apoiar a chapa da legenda. "Acontece que a corrente (PTLM) está saindo do PT", acrescenta.
De acordo com a nota enviada pelo PTLM, a legenda em Pernambuco segue um caminho que afasta o partido dos "seus princípios éticos fundamentais". "Desde 2012, nas prévias para eleição à Prefeitura do Recife, vimos o PT desprezar sua democracia e descumprir suas decisões de encontros do partido", diz o texto (leia mais aqui).
O apoio da corrente à candidatura do ex-secretário estadual da Fazenda Paulo Câmara (PSB) o questionamento sobre qual o impacto do rompimento com o PT terá nas tentativas de um consenso interno. A desunião ficou mais evidente em 2012, quando uma prévia partidária entre o então prefeito do Recife, João da Costa, e o secretário estadual de governo Maurício Rands, foi cancelada.
Embora não fosse um apoio público, Rands, hoje no PSB, tinha ao seu lado o então governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), o presidente estadual da legenda na época, deputado federal Pedro Eugênio, candidato à reeleição, o senador Humberto Costa, e João Paulo, ex-prefeito do Recife e principal inimigo político de João da Costa.
Após denúncias de fraudes na disputa interna, a alta cúpula do partido cancelou a prévia e apresentou o nome de Humberto Costa para disputar a eleição, o que também era uma tentativa de unir a legenda. O PT, no entanto, perdeu o pleito depois de 12 anos comandando o Executivo municipal.
Para Tereza Leitão, o rompimento não terá consequências negativas sobre as tentativas de consenso interno do PT pernambucano. "Tenho recebido muitas manifestações de solidariedade ao nosso momento de reconciliação. Vamos continuar a nossa reconciliação interna, que vem dando certo", afirma.
A petista aproveitou para analisar brevemente o quadro eleitoral no estado. Segundo a deputada, o ex-prefeito do Recife João Paulo está "consolidando" a sua vitória. "E Armando resiste à Frente Popular (palanque do PSB) disputando 'pau a pau' com Paulo Câmara", complementou.
Levantamento feito nos dias 22 e 23 de do Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN), divulgado neste final de semana, aponta Câmara em primeiro lugar, com 39% das intenções de voto, seguido por Armando, com 33%. Pelo Datafolha, pesquisa feita nos dias 25 e 26 de setembro, o socialista obtém 43% contra 34% do senador.
Na disputa pelo Senado, o ex-ministro da Integração Nacional Fernando Bezerra Coelho (PSB) aparece em primeiro lugar, com 32% dos votos. João Paulo vem logo atrás, com 30%.
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