Lula lembra Schumacher para negar que quer voltar

Em roda empresários, ex-presidente é questionado sobre possibilidade de concorrer em 2014, no que poderia ser sua sexta tentativa ao Palácio do Planalto – perdeu três e ganhou duas; para ilustrar sua disposição, Lula usou uma comparação esportiva: "Campeoníssimo na Fórmula-1, Schumacher ganhou tudo na primeira fase, voltou a correr e não ganhou mais nada", respondeu; "Comigo poderia acontecer a mesma coisa"

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247 – A cada giro da economia, nova pesquisa de opinião ou mudança no clima político, as chances de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltar a ser o candidato do PT ao Palácio do Planalto, agora em lugar da presidente Dilma Rousseff, voltam a ser discutidas. A tal ponto de, na semana passada, numa roda de empresários, um dos capitães da grande indústria nacional ter perguntado ao próprio Lula se, afinal, ele mesmo, em tese o mais interessado nesse debate, estaria se aprontado para uma possível troca.

A resposta foi dada no melhor estilo Lula, como apurou 247 com um dos ouvintes de sua explicação:

- Eu me vejo mais ou menos como o Schumacher, iniciou o ex-presidente, já despertando sorrisos entre seus interlocutores. Ele se referia ao sete vezes campeão do mundo de Fórmula 1 Michael Schumacher, o alemão que bateu todos os recordes da categoria.

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- O Schumacher ganhou tudo em sua primeira fase, mas, quando voltou, não ganhou mais nada. Eu, se for pelo mesmo caminho que ele, posso encontrar o mesmo destino, o de ganhar mais nada. Por que eu me arriscaria?, devolveu Lula.

A posição manifestada pelo ex-presidente convenceu, naquele momento, seus ouvintes, mas há mais motivos para Lula manter sua posição de afastamento em relação à Presidência da República. O principal deles é um pacto com a presidente Dilma, que já lhe questionou, diretamente, sobre suas intenções de concorrer novamente ao cargo que tentou por já cinco vezes, com três derrotas e duas vitórias. Lula disse a Dilma que a vez é, efetivamente, dela.

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Há, no PT, partido do qual a presidente mantém distância regulamentar, um movimento discreto e inconfessável pelo retorno de Lula ao palanque nacional. Uma troca, no entanto, equivaleria a uma ultrapassagem sem regras sobre a presidente. A autorização para essa manobra arriscada poderia vir das condições da economia no ano da eleição. Se houver, porém, a deterioração esperada pela oposição, nesse caso nem Lula estaria incentivado a tentar uma reversão do quadro, preferindo apoiar Dilma no resgate das expectativas positivas da população.

Hoje, segundo o DataFolha, com 51% de intenções de voto, liderando a corrida presidencial com a segunda colocada, Marina Silva, com 16%, a presidente venceria em primeiro turno. Com Dilma forte, Schumacher, quer dizer, Lula, não tem espaço para voltar às pistas.

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