Jorge Viana defende "reforma política radical"

Senador petista, que é também vice-presidente do Senado, lembrou ainda que, em 1998, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso apresentou proposta semelhante, de uma constituinte exclusiva, para que fossem analisadas as reformas tributária, política e judiciária; “Não fizemos aquilo que diz respeito apenas do Congresso: a reforma política. A iniciativa é nossa”, disse Viana

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247, com Agência Senado - O vice-presidente do Senado, Jorge Viana (PT-AC) subiu à tribuna na tarde desta terça-feira, 25 de junho, para defender a proposta de Constituinte exclusiva para tratar da reforma política, lançada pela presidenta Dilma Rousseff na segunda-feira. “A hora é de uma reforma política radical”, comentou o parlamentar. “Não fizemos aquilo que diz respeito apenas do Congresso: a reforma política. A iniciativa é nossa”.

Viana se disse perplexo com a falta de coerência de líderes da oposição, que hoje condenam o que defendiam no passado. Eler lembrou que, em 1998, o então presidente Fernando Henrique Cardoso chegou a apresentar a mesma ideia, arrancando apoios entusiasmados de líderes tucanos, como o líder do PSDB na Câmara, hoje senador Aécio Neves (MG).

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O senador petista citou reportagem da Folha de S.Paulo, publicada em 17 de abril de 1998 (leia aqui), em que Fernando Henrique defendia a proposta do deputado Miro Teixeira (PDT-RJ), de convocação de uma Constituinte restrita para acelerar três reformas: tributária, política e judiciária.

Em aparte, o senador Álvaro Dias (PSDB-PR) comentou que FHC e o pré-candidato do partido à Presidência da República, Aécio Neves, reconheceram a “posição equivocada” do passado. “Eles reconheceram isso”, disse o tucano. Viana lamentou que Dias estivesse “abandonando” o ex-presidente. O petista comentou que respeita Fernando Henrique como um dos responsáveis pela estabilidade econômica conquistada pelo país nos anos 90 do século passado. “Uma pena, senador Álvaro Dias”, afirmou.

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Mais cedo, Dias havia condenado a proposta de Dilma, da tribuna do Senado. “Ela anuncia a reforma política com outro viés, na esteira do sistema bolivariano, que significa certa ameaça autoritária, que autoriza a supor a hipótese do golpe para superar um impasse”, atacou. O tucano disse que o plebiscito era desnecessário. “É um desperdício de recursos, de tempo, da energia da classe política e do povo brasileiro”.

Jorge Viana insistiu que o Congresso não pode ser esquivar da responsabilidade de abrir os debates para a reforma política. “Vamos ver o que cabe a nós fazer para tirar a reforma política”, disse. “Essa é nossa obrigação, a responsabilidade é nossa”.

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O vice-presidente do Senado fez um apelo para que os líderes da oposição e da base governista sentem-se para dar início ao debate, que pode ser uma resposta à pressão da juventude e das pessoas que estão nas ruas, protestando contra os políticos. “Precisamos ter sensibilidade para este assunto. A reforma política é a mãe de todas as reformas”, destacou.


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