Os sabotadores da República

O problema é que estão querendo privatizar e terceirizar “a torto e a direito”, digo à esquerda e à direita, sem qualquer método ou critério. O único critério parece ser o de “precarizar” a estrutura do Estado



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Privatização?! Terceirização?!  Que vão para os tucanos que as pariu!

Ou melhor, “licença poética” à parte, que voltem para os tucanos que as pariram!

Queridinhas dos tucanos e hoje cortejada até por alguns petistas emplumados e bicudos, que, vistos assim de longe, tucanos parecem, a privatização e a terceirização são processos deletérios para a economia, para os trabalhadores e, por conseguinte, para a sociedade. Explico a seguir.

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Obviamente, concordo com o que o estimado leitor está, de modo preventivo, a pensar: “Ambas não são a priori um mal em si”. De fato. Existem privatizações e “privatizações” [tipo, você sabe, “privataria”]; assim como existem terceirizações e “terceirizações”.  O problema, decerto, estaria na dosagem da prescrição. Talvez... 

Assim como um remédio, a depender da dosagem, pode salvar ou tirar uma vida, o mesmo raciocínio serve para as privatizações e terceirizações. E, vale ressaltar, a dose prescrita por esses “liberais” de araque, que infestam o país, é dose para elefante. Parece que querem nos aplicar uma dose cavalar, uma overdose. Corre-se o risco de matar o paciente.

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O problema é que estão querendo privatizar e terceirizar “a torto e a direito”, digo à esquerda e à direita, sem qualquer método ou critério. O único critério parece ser o de “precarizar” a estrutura do Estado, e os serviços por este prestados, ou, tão simplesmente, ao fim e ao cabo, surrupiar, se apropriar da chamada “coisa pública” e “levar vantagem em tudo – certo”? Certo... Mas está errado.

Tenho cerca de 30 anos de experiência na administração pública. Já trabalhei para  Estados e para municípios, e para diversos partidos e modos de governar. O meu depoimento, portanto, vale mais do que meia pataca. Ou, melhor dizendo, meu depoimento deve valer mais que o simples “pitaco” de muitos palpiteiros que praguejam por aí. 

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É coisa grave, caso sério de se pensar. E por isso solicito sua atenção, reflexão e cuidado.

Trata-se da progressiva apropriação da coisa pública por interesses privados. Anote aí ou destaque com caneta marca-texto: é a usurpação da República.

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Lembra-se da República, cuja proclamação, em tempos idos, tanto esforço e trabalho exigiu de “evolucionistas” e “revolucionistas”? O que se pretende, e está em marcha, de modo sub-reptício, nos dias que correm é, grosso modo, a derrubada da República e a sublevação de um império privatista e oligopolista, onde o cidadão, o ser humano é um mero “detalhe”. Exagero meu? 

E nesse contexto não me interessa se você é petista, tucano ou peemedebista; se é um comunista ou um socialista de fachada, ou até mesmo um demista ou petebista (argh!). Interessa-me saber se você é republicano ou não; se é um humanista ou um patrimonialista.

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De que lado você está? Qual o tipo de sociedade que você deseja? Qual a sua visão de mundo?

Interessa-me saber se você está ao lado dos que defendem um Estado forte para regular, fiscalizar o, quase sempre saudável (mas nem sempre), instinto primevo e empreendedor dos capitalistas – e aqui não vai nenhuma conotação negativa ou preconceituosa quando me utilizo dos desgastado termo “capitalista”.  Ou se você está do lado dos que defendem um estado mínimo, mas um lucro máximo, para alguns poucos empresários, que a partir daí prosseguirão financiando essa “casta” de políticos, chamados indevidamente de “liberais” que querem privatizar – acredite se quiser – de cadeia pública ou presídio até o serviço de 190 (emergência) da polícia. 

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Interessa-me saber se iremos retroceder a  tempos idos, passados.

Não se pode ignorar ou olvidar que as manifestações de junho reclamaram por melhores serviços públicos. Alguém certamente ainda deve se lembrar disso – não? Esquecer tal clamor das multidões é gesto temerário. É imprudência.

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Vale lembrar que a Constituição garante que os serviços essenciais deverão ser prestados e/ou assegurados pelo Estado.

  A Constituição, que comemora agora 25 anos, foi promulgada pelos deputados constituintes, levando em conta as demandas encaminhadas pelos legítimos grupos de pressão da sociedade,  exatamente para garantir os direitos essenciais dos cidadãos.  E em face disso deve ser observada em seus princípios e, sobretudo, respeitada.

Desprezar ou desrespeitar a Constituição é, também, postura temerária, imprudente, imprópria – notadamente para homens públicos.

Ou já não existe essa categoria de homem público? Ou trata-se de uma espécie em extinção?

É preciso preservar, a todo custo, o interesse comum da ganância e usura de alguns poucos. 

De que lado você está? 

De que lado? De que lado? 

Dos lobos ou dos cordeiros?

N.A. Prosseguirei tratando desse tema e provocando esse debate nos meus próximos textos, posto que, é de extrema importância e urgência. Conto com a  colaboração milionária de meus leitores, com seus depoimentos, experiências pessoais e ressalvas ou apartes .

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