Ele sairá da eleição maior ou menor do que entrou?

As pesquisas não têm sido animadoras para o pernambucano Eduardo Campos; depois de registrar 8% no Datafolha, ele ficou com apenas 7,2% no levantamento Istoé/Sensus; ontem, numa caminhada em São Paulo, ele era praticamente anônimo e foi chamado até de "Aécio Campos"; um dia antes, sua prima Marília Arraes declarou voto na presidente Dilma Rousseff e até Pernambuco ele pode perder para o candidato Armando Monteiro, que lidera com mais de 40% das intenções de votos; um cenário muito ruim para quem poderia ser o candidato de uma aliança PT-PSB à sucessão da presidente Dilma Rousseff, em 2018

Eduardo Campos e Marina Silva visitam a ExpoCrato, feira agropecuária realizada na cidade do Crato, CE.
Eduardo Campos e Marina Silva visitam a ExpoCrato, feira agropecuária realizada na cidade do Crato, CE. (Foto: Leonardo Attuch)


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247 - Dias atrás, o ex-governador pernambucano Eduardo Campos fez uma revelação. Disse que o PT ofereceu a ele o apoio na sucessão presidencial de 2018, caso ele desistisse de concorrer em 2014. A oferta era real. Um dos mais ardorosos defensores dessa ideia era o governador baiano Jaques Wagner, que avaliava que, após quatro mandatos consecutivos do PT na presidência da República (contando, é claro, com a reeleição da presidente Dilma Rousseff), seria o momento de renovar a aliança de centro-esquerda que vem governando o País desde 2003.

Campos, naturalmente, não aceitou. Lançou-se à presidência da República, rompendo a aliança histórica com o PT, e obteve o apoio da ex-senadora Marina Silva. Até agora, no entanto, os resultados têm sido muito pouco animadores. Na última pesquisa Datafolha, ele obteve apenas 8% das intenções de voto. No levantamento Istoé Sensus, ficou abaixo disso, registrando apenas 7,2%. Com isso, cristaliza-se a ideia de que o segundo turno, se houver, será mesmo, novamente, entre PT e PSDB, com a disputa envolvendo a presidente Dilma Rousseff e o senador Aécio Neves.

O ex-governador de Pernambuco vem tendo um desempenho tão fraco que, ontem, ao promover uma caminhada em São Paulo, foi tido praticamente como um anônimo. Alguns o confundiram com o ex-prefeito Gilberto Kassab. Outros o chamaram de Aécio Campos, como se ele fosse uma espécie de genérico do candidato do PSDB (leia aqui).

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Para piorar, a situação no seu estado de origem é delicada. Sua prima, a vereadora Marília Arraes declarou voto na presidente Dilma. "Não acho que a candidatura de Eduardo seja o melhor para o País", afirmou (leia aqui). É um raciocínio que vai na mesma linha do que já foi apontado pelo senador Armando Monteiro (PTB-PE), que, aliado ao PT, lidera as pesquisas para o governo de Pernambuco, com mais de 40% das intenções de voto. "Muitos pernambucanos percebem que ele se lançou a um projeto pessoal e não tomou a melhor decisão para os interesses do povo pernambucano", diz ele. Em Pernambuco, o candidato de Campos, Paulo Câmara, também patina nas pesquisas, assim como seu padrinho político.

Diante desse cenário, a questão que se coloca é clara: Eduardo Campos sairá da disputa presidencial de 2014 maior ou menor do que entrou? Antes da disputa, o PSB tinha, além de Pernambuco, o governo do Ceará. Como os irmãos Gomes se rebelaram contra a candidatura Campos, ambos migraram para o Pros. Além disso, o partido também controlava importantes ministérios, como a Integração Nacional.

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O ex-governador pernambucano não terá muito espaço num eventual segundo governo Dilma, não será o aliado preferencial de Aécio Neves e ainda corre o risco de perder seus principais governos estaduais. Sem o contar o fato de que ele próprio, caso não protagonize uma espetacular arrancada nas pesquisas, ficará sem mandato, quando tinha uma eleição garantida para o Senado.

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