Professores declaram apoio à reeleição de Dilma

Uma página na internet criada por professores de diversas disciplinas lançou manifesto pela reeleição da presidente Dilma Rousseff, do PT; documento, assinado com cerca de 100 professores, diz que as gestões do PT conseguiram implementar avanços sociais "inquestionáveis"; "Num país desigual como o nosso, os que se consideram parte da elite, em sua maioria, não foram suficientemente educados para viver em um Brasil onde o outro também deve ter direitos"

Uma página na internet criada por professores de diversas disciplinas lançou manifesto pela reeleição da presidente Dilma Rousseff, do PT; documento, assinado com cerca de 100 professores, diz que as gestões do PT conseguiram implementar avanços sociais "inquestionáveis"; "Num país desigual como o nosso, os que se consideram parte da elite, em sua maioria, não foram suficientemente educados para viver em um Brasil onde o outro também deve ter direitos"
Uma página na internet criada por professores de diversas disciplinas lançou manifesto pela reeleição da presidente Dilma Rousseff, do PT; documento, assinado com cerca de 100 professores, diz que as gestões do PT conseguiram implementar avanços sociais "inquestionáveis"; "Num país desigual como o nosso, os que se consideram parte da elite, em sua maioria, não foram suficientemente educados para viver em um Brasil onde o outro também deve ter direitos" (Foto: Aquiles Lins)


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247 - Uma página na internet criada por professores de diversas disciplinas lançou nesse domingo um manifesto pela reeleição da presidente Dilma Rousseff, do PT. Intitulado "Por que apoiamos Dilma Rousseff", o documento, uma espécie de abaixo assinado, diz que as gestões do PT conseguiram implementar avanços sociais "inquestionáveis".

"Num país desigual como o nosso, os que se consideram parte da elite, em sua maioria, não foram suficientemente educados para viver em um Brasil onde o outro também deve ter direitos", diz o texto. Até às 20h00 desta segunda-feira, 15, 98 professores tinham subscrito o documento.

Os idealizadores do manifesto não poupam críticas à oposição e também ao que chamam de "grande mídia". "Escondidos sob uma aparente neutralidade, esses grandes grupos midiáticos não hesitam em divulgar apressadamente toda e qualquer notícia ou boato que possa ter impacto negativo sobre o atual governo federal e, ao mesmo tempo, mantêm-se estranhamente evasivos ou nulos na apuração de episódios que envolvem o Governo do Estado de São Paulo, ocupado há mais de 20 anos por um grupo que defende os interesses neoliberais da classe dominante".

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Leia na íntegra o manifesto. 

"Porque apoiamos Dilma Rousseff

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Professores com Dilma

Os professores que subscrevemos esta carta viemos a público com o propósito de declarar nosso apoio à campanha pela reeleição de Dilma Rousseff à Presidência da República. Para além desse motivo mais imediato, subscrevemos esta carta também em defesa da liberdade de informação, da liberdade de opinião e, por consequência, em defesa do acesso a uma educação crítica, madura e, evidentemente, politizada.

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Se é verdade que o governo Dilma, dando continuidade ao governo Lula, não enfrentou o grande capital com a voracidade sonhada por outros grupos de esquerda, também não é honesto negar que, de modo inédito na História do Brasil, as gestões do PT conseguiram implementar avanços sociais inquestionáveis. Nesse sentido, a própria resposta raivosa dos setores mais tacanhos de nosso pensamento conservador já é por si um indicador irrefutável do abalo nas estruturas de privilégio, tão arraigadas em nossa sociedade.

A visão mesquinha e repugnante daqueles que defendem vivermos hoje uma "Ditadura das Minorias", avessos ao contato com "gente diferenciada", demonstra de modo incontestável que o ódio irracional dos setores mais à vontade com a tradicional exclusão e o atraso resulta do aumento da igualdade e das conquistas sociais promovidas pelo governo. Num país desigual como o nosso, os que se consideram parte da elite, em sua maioria, não foram suficientemente educados para viver em um Brasil onde o outro também deve ter direitos.

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Para quem quer o Brasil da desigualdade, é inadmissível que o aumento do poder de compra do salário mínimo tenha amenizado as distâncias no acesso a bens, serviços e espaços sociais – e os tão falados aeroportos tenham se transformado em ambientes muito mais democráticos e representativos de nossa população.

Para quem quer o Brasil do atraso, é inaceitável que o Poder Executivo esteja nas mãos de um grupo que busca reverter os efeitos do racismo institucional. Os abastados deste país, que muitas vezes fingem reconhecer a igualdade genética entre os povos, não se sentem representados por um grupo político que assume os séculos de omissão do Estado como única explicação para que pretos e pardos sejam maioria entre as vítimas da violência, mas minoria nas festas de formatura – compreensão que foi fundamental para o implemento da política de cotas em concursos públicos.

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Para quem quer o Brasil da intolerância, é inconcebível que a Presidenta da República defenda abertamente a criminalização da homofobia. Em seu egoísmo, esse grupo não aceita que o poder público insista na retomada de projetos educacionais voltados para a formação de cidadãos e cidadãs com mais preparo para conviver com as diferenças, caso do projeto "Escola sem homofobia". Os chamados "defensores da família", que tratam os sentimentos de amor e fraternidade como inferiores aos dogmas cegamente defendidos por grupos fundamentalistas, chegam a levantar-se contra a candidatura de Dilma Rousseff justamente porque seu governo apresentou manifestações de respeito a outras crenças, a outros modos de viver, a outros modos de amar.

Nesta conjuntura de enfrentamento, devemos lembrar ainda que a frequente postura de recusa ao diálogo por parte dos grupos mais reacionários, bem como as manifestações de ódio a tudo que lembre a cor vermelha e seu significado político, não nasceu naturalmente em cada eleitor. Não bastasse nossa longa ditadura militar ter construído meticulosamente o estigma de "subversivo" e "desordeiro" a qualquer pensamento alinhado à democracia, temos hoje um forte aparato midiático voltado para reforçar o estereótipo negativo que se pretende atribuir aos que clamam por mais igualdade de condições e de direitos.

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Em favor de seus interesses, a chamada "grande mídia" mostra-se assustadoramente distante do desempenho de seu papel republicano, que seria esclarecer a população sobre a importância do avanço no acesso a direitos. Além disso, escondidos sob uma aparente neutralidade, esses grandes grupos midiáticos não hesitam em divulgar apressadamente toda e qualquer notícia ou boato que possa ter impacto negativo sobre o atual governo federal e, ao mesmo tempo, mantêm-se estranhamente evasivos ou nulos na apuração de episódios que envolvem o Governo do Estado de São Paulo, ocupado há mais de 20 anos por um grupo que defende os interesses neoliberais da classe dominante.

Para a educação do povo brasileiro, o efeito dessa parcialidade é, obviamente, desastroso. Ou alguém duvida de que o resultado das eleições em São Paulo seria outro se houvesse um efetivo esforço para o esclarecimento sobre quem são os responsáveis pelo esquema de corrupção no metrô, pela crise de abastecimento de água ou pelo sucateamento da educação pública paulista?

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Fica evidente que, submetidos aos apelos da grande mídia, mesmo entre aqueles que se beneficiam de políticas implementadas pelos governos Lula e Dilma, há os que vêm optando, muitas vezes sem perceber, por candidaturas que representam um retrocesso político e social no Brasil. Como explicar que vários beneficiários de programas como o PROUNI ou o PRONATEC prefiram os arautos da política que conduziu o país, na década de 90, ao desemprego? Como explicar que muitos dos pequenos e médios empresários, beneficiados pela política de fortalecimento do mercado interno, levantem-se com unhas e dentes contra o atual governo? Via de regra, esses eleitores ecoam o discurso das seis famílias que, no Brasil, comandam as grandes mídias jornalísticas e defendem os interesses do dito "mercado", para quem o bem-estar social jamais será mais importante que o lucro das grandes corporações.

Por fim, não podemos nos esquecer de que, neste cenário de luta e transformação, um dos contragolpes desferidos pelo conservadorismo tem justamente os professores progressistas como alvo. Sob o lema "escola sem partido", toma-se partido em favor da velha política, para a qual as veleidades do mercado financeiro estão acima do respeito à vida, do combate à miséria e de qualquer valor humanitário. Como se não bastasse a hegemonia que esse discurso encontra nos grandes meios de comunicação, tenta-se calar os pequenos focos que possam levantar a dúvida e a reflexão, condições necessárias para, independentemente da direção adotada, tomar-se uma posição madura e consciente. Dessa maneira, declarar nosso voto em Dilma é ainda um modo de combater a despolitização da docência, o cerceamento da reflexão, a censura ao questionamento. Mas não só isso: declarar nosso voto e os motivos que nos levam a ele é ainda nossa pequena contribuição na luta por um Brasil mais justo, mais igualitário, mais democrático e com mais acesso à educação. A caminhada é longa, mas estamos trilhando os primeiros passos. É por isso que votamos Dilma.

SUBSCREVENTES DA CARTA PROFESSORES COM DILMA

Adilson Fernando Franco Dias da Motta - Professor de Geografia
Adriano Ferreira - Professor de História
Alberto Paiva - Professor de Matemática
Alexander Brilhante Coelho - Professor de Física
André Ferreira Rodrigues (Koloszuk) - Professor de Literatura
Andrea Rodrigues - Professora de Língua Portuguesa, Comunicação Aplicada, Educação Corporativa, Gestão de Conhecimento
Angela de Crescenzo - Orientadora Educacional
Anna Cristina C. M. Figueiredo - Professora de História
Antonio Carlos da Silva (Prof. Toni) - Professor de Geografia
Augusto Monteiro Ozorio - Professor de Geografia
Bárbara C. Munhoz de Freitas - Professora de História
Bruna Maria Atalla, professora de Língua Portuguesa
Caio Correia Gomes - Professor de Física
Camila Koshiba Gonçalves - Professora de História
Carlos Alberto Simões - Professor de Literatura
Carolinne Mendes - Professora de História
Cecilia Romo Jorquera - Professora de História
Cecília Turatti - Professora de Ciências Sociais
César Augusto Ramos Reigado - Professor de História
Clara Koshiba Gonçalves – Professora de História
Clarice Gil Barreira Camargo - Professora de Língua Portuguesa
Claudio Barros -
Clenir Bellezi de Oliveira - Professora de Literatura
Cléo Tibiriçá - Professora de Língua Portuguesa e Comunicação
Cybele de Moraes Amaro - Professora de Língua Portuguesa
Daniel Ferreira Gonçalves - Professor de História
Danielle Faria, professora de Língua Portuguesa
Danilo Dacar Danilo Dacar - Professor de Matemática
Decio Ferroni - Professor de Matemática
Dylan Fontana - Professor de Literatura
Eduardo Pereira de Lira Neto - Professor de História
Ewerton Paiva – Professor de Matemática
Fábio Alessandro Baldacci - Professor de Física
Fausto de Oliveira Gomes - Professor de Biologia
Felipe Franco - Professor de Química
Felipe Leal - Professor de Português e Filosofia
Fernanda Vicente - Professora de Português
Fernando Caiafa - Professor de História
Fernando Trindade - Professor de Matemática
Flávia Guia Carnevalli - Professora de História
Flavia Renata Lopes Sanches - Professora de Química e Matemática
Gisele Cova dos Santos Rodrigues - Professora de Biologia
Helen Karla da Silva Catalano - Professora de Língua Portuguesa
Henrique Braga - Professor de Português
Jair Mota Jr. - Professor de Geografia
João Ivo Fonseca - Professor de História
Joaquim Cavalcante de Alencar - Professor de Direito
José Carlos Gonçalves – Professor de História
José Francisco Bigotto - Professor de Geografia
Júlia Engler – Professora de Português
Julia Jacomini - Professora de Geografia
Julio Cezar Fetter - Professor de Educação Física
Laerte Fedrigo - Professor de Economia
Leandro Martins - Professor de Geografia
Lia Kayano Morais - Professora de História
Luiz Coppieters - Professor de Filosofia
Luiza Guimarães de Moraes - Professora de Língua Portuguesa e Literatura
Manoel Paiva - Professor de Matemática
Marcio Pantoja Guapindaia - Professor de Inglês
Marcos Camargo - Professor de Literatura
Marcos de Almeida Prado Pecci - Professor de História da Arte
Marcos Lanner De Moura - Orientador Educacional
Maria Elisa Curti Salomé - Professora de Língua Portuguesa
Maria José Bezerra de Almeida - Professora de Língua Inglesa
Marta Gouveia de Oliveira Rovai - Professora de Pesquisa em História
Marta Rovai - Professora de História
Mônica Cardoso Pereira - Professora de Língua Portuguesa e Espanhol
Mônica Maria Rodrigues Silva - Professora de Língua Portuguesa, Literatura e Redação
Nabil Sleiman Almeida Ali - Doutorando em Psicologia Social e do Trabalho - IPUSP; Professor de Psicologia do Desenvolvimento Humano, Psicologia Escolar e Psicologia da Saúde
Pablo Candiani - Professor de Ciências Naturais
Patrícia Lacerda - Orientadora Educacional
Plinio Labriola - Professor de História
Priscila Gomes Correa - Professora de Teoria da História
Prsicila Vautier - Professora de Ensino Superior em Farmácia
Raquel Pires da Silveira Loureiro - Professor de Português
Rauni Fontana Ferreira - Professor de História
Renata Gonçalves de Andrade - Professora de Gramática e Literatura
Roberta Alves Roberta Alves - Professora de Literatura
Roberto Ravena Vicente - Professor de Sociologia
Robson Santiago - Professor de História
Rodrigo Bonifácio - Professor de História
Rodrigo G. Abreu, professor de Matemática
Rogê Carnaval Nascimento - Professor de História
Rogério Carneiro Piccinin - Professor de Geografia
Rosemeire de Oliveira - Professora de Geografia
Saulo Theodoro da Silva Junior - Professor de Química
Sonia De Moraes Achcar - Professora de História
Tábita Araujo - Professora de Língua Inglesa
Tiago de Azevedo Marques Tozzi - Professor de Matemática e Física
Tulio Alexandre Cabral de Oliveira - Professor de Química
Vagner Silva de Oliveira - Professor de Sociologia
Vinicius de Paula - Professor de História
Vinicius Rodrigues (Herrido) - Professor de Fisica
Wagner Cafagni Borja - Professor de História
Wagner Venceslau - Professor de História
Walter Guilherme Schatzer - Professor de Biologia"

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