Governo nega, mas mercado vê Graça fora
Palácio do Planalto não confirma demissão da presidente da Petrobras, mas ações disparam com o rumor de que Graça Foster já teria sido comunicada de sua saída da estatal; nome de ex-presidente do BC Henrique Meirelles aparece como favorito para comandar empresa; informação de queda de Graça foi divulgada pela Folha de S. Paulo; Planalto negou pela Secretaria de Imprensa; ações disparam mais de 13% na Bovespa
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247 – A presidente Dilma Rousseff decidiu que é o momento de substituir Graça Foster da presidência da Petrobras. Dilma, que sempre defendeu a executiva, desde o início das investigações sobre o esquema de corrupção envolvendo a empresa, finalmente cedeu.
A informação está em reportagem de Natuza Nery, da Folha (aqui).
O Palácio do Planalto negou a saída da presidente da Petrobras, segundo a sua Secretaria de Imprensa, informou a agência Reuters.
Um dos fatos decisivos foi a divulgação, na semana passada, da estimativa de R$ 88 bilhões de ativos supervalorizados no balanço não auditado da empresa. O número foi divulgado pela imprensa como sendo o valor desviado por meio de crimes investigados na Operação Lava Jato (leia aqui explicação de Paulo Nogueira, do Diário do Centro do Mundo).
As ações da estatal, que já subiam 5% com a possibilidade de saída de Graça neste pregão, passaram a disparar mais de 13% após a notícia de que ela já havia sido informada. Reportagens da Folha de S. Paulo informaram nesta terça-feira 3 que o ex-presidente Lula pediria a Dilma para que tirasse Graça da Petrobras e que a presidente já estaria sondando novos nomes.
Um dos mais contatos para substituí-la é o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles, que tende a ser bem recebido pelo mercado. Leia abaixo reportagem do portal Infomoney:
Ibovespa sobe 2% após disparada da Petrobras
SÃO PAULO - O Ibovespa acelera alta nesta terça-feira (3) após notícia da Folha de S. Paulo de que a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, já teria sido avisada de sua saída. Com isso, os papéis da estatal passaram a disparar mais de 9% e ajudavam o índice a aumentar as altas da manhã. O Ibovespa ainda repercute o surpreendente corte de juros na Austrália, que reduziu em 0,25 ponto percentual sua taxa, para 2,25% ao ano, a recuperação dos preços das commodities, os resultados de bancos e a expectativa de estímulos na China.
No gigante asiático, permanecem os rumores de que o país possa realizar um alívio monetário e o petróleo mantém recuperação. Queda de 3,2% na produção industrial em 2014 e espera por reunião da Aneel também estão no radar. Às 13h11 (horário de Brasília), o índice subia 1,93%, a 48.568 pontos.
Enquanto isso, o dólar operava em queda, caindo 0,56%, a R$ 2,6992 na compra e R$ 2,7000 na venda.
Hoje ainda estão previstos os indicadores de produção industrial, que devem registrar nova queda forte e reunião da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), em meio a notícias sobre aumentos de energia.
Ações em destaque Ações da Petrobras (PETR3, R$ 9,38, +9,45%; PETR4, R$ 9,48, +9,47%) e da Vale (VALE3, R$ 20,97, +6,23%; VALE5, R$ 18,14, +5,34%) subiam, mantendo o movimento do pregão de ontem, quando subiram mais de 5%.
No caso da petroleira, possibilidade de mudanças no conselho da companhia, inclusive da saída da presidente da estatal, Maria das Graças Foster, ajudam as ações a terem alta. Nomes mais pró-mercado, inclusive do ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, são ventilados para a presidência da companhia. Segundo a Folha de S. Paulo, a presidente Dilma Rousseff (PT) já sondaria nomes para substituir Graça Foster.
Além disso, a Standard & Poor's manteve ontem a nota "BBB-" para a Petrobras, na margem do grau de investimento, e uma nota de perfil individual (que considera a companhia de forma independente de seu controlador, no caso o governo) "bb", com perspectiva estável.
O Itaú Unibanco (ITUB4, R$ 34,32, +3,00%), maior banco privado do país, anunciou nesta terça-feira que teve lucro líquido de R$ 5,52 bilhões no quarto trimestre. O resultado foi de R$ 4,646 bilhões no mesmo período de 2013 e de R$ 5,404 bilhões nos três meses anteriores. A previsão média de analistas consultados pela agência de notícias Reuters era de lucro de 5,367 bilhões de reais, excluindo efeitos não recorrentes. Já o lucro do Santander Brasil (SANB11, R$ 12,92, +3,36%) ficou em R$ 578 milhões no quarto trimestre.
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