E se Vaccari ou Delúbio tivessem conta no HSBC?

Num novo capítulo do caso Swissleaks, o jornal O Globo revelou que "políticos estão na lista do HSBC", assim, de modo superficial e genérico; o nome mais importante da lista é o do tucano Márcio Fortes, que foi o pai das privatizações, no BNDES, além de tesoureiro de FHC, de José Serra e secretário-geral do PSDB; na lista, ele aparece com US$ 2,5 milhões; se isso não bastasse, Fortes foi também o maior doador individual de campanhas tucanas; o Globo, no entanto, decidiu diluir sua participação no caso, misturando-o com prefeitos e vereadores com contas zeradas; seria esse o comportamento se, de repente, aparecessem contas de tesoureiros petistas, como Delúbio Soares e João Vaccari?

Num novo capítulo do caso Swissleaks, o jornal O Globo revelou que "políticos estão na lista do HSBC", assim, de modo superficial e genérico; o nome mais importante da lista é o do tucano Márcio Fortes, que foi o pai das privatizações, no BNDES, além de tesoureiro de FHC, de José Serra e secretário-geral do PSDB; na lista, ele aparece com US$ 2,5 milhões; se isso não bastasse, Fortes foi também o maior doador individual de campanhas tucanas; o Globo, no entanto, decidiu diluir sua participação no caso, misturando-o com prefeitos e vereadores com contas zeradas; seria esse o comportamento se, de repente, aparecessem contas de tesoureiros petistas, como Delúbio Soares e João Vaccari?
Num novo capítulo do caso Swissleaks, o jornal O Globo revelou que "políticos estão na lista do HSBC", assim, de modo superficial e genérico; o nome mais importante da lista é o do tucano Márcio Fortes, que foi o pai das privatizações, no BNDES, além de tesoureiro de FHC, de José Serra e secretário-geral do PSDB; na lista, ele aparece com US$ 2,5 milhões; se isso não bastasse, Fortes foi também o maior doador individual de campanhas tucanas; o Globo, no entanto, decidiu diluir sua participação no caso, misturando-o com prefeitos e vereadores com contas zeradas; seria esse o comportamento se, de repente, aparecessem contas de tesoureiros petistas, como Delúbio Soares e João Vaccari? (Foto: Leonardo Attuch)


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247 - Dias atrás, uma reportagem da agência Reuters revelou como funciona a blindagem ao PSDB em parte da imprensa brasileira. No rascunho de uma matéria, que foi ao ar por engano, o jornalista sinalizava ao editor que poderia retirar uma menção negativa ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, referente ao escândalo da Petrobras (leia mais aqui).

Nesta quinta-feira, o jornal O Globo deu mais uma demonstração desse fenômeno de proteção seletiva. Ao noticiar que "políticos" estão na lista do HSBC, a publicação dos Marinho escondeu bem mais do que revelou ao público. A descoberta mais importante, por qualquer critério, é a presença de um ex-presidente do BNDES, que depois se tornou secretário-geral do PSDB e tesoureiro das campanhas de Fernando Henrique Cardoso e José Serra. Ele mesmo, o ex-deputado Márcio Fortes, que apareceu com US$ 2,4 milhões numa conta numerada, ou seja, secreta.

Ao Globo, Fortes disse que como presidente de uma construtora assinou muitos papéis e que todos os seus investimentos no exterior são declarados. Mas não apresentou documentos.

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O curioso é que, rem 2002, ele tenha sido apontado como o maior doador individual de campanhas do PSDB, numa reportagem da Folha de S. Paulo. "Eu sou um político. Ao ajudar, estou enriquecendo o partido, que vai me enriquecer quando eu precisar de sua estrutura. Não é cifra. São votos. Eu gosto de dar para o partido", disse ele, à época. Confira abaixo:

Márcio Fortes, secretário-geral do PSDB, é o maior doador do partido

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DA SUCURSAL DE BRASÍLIA 

O secretário-geral do PSDB, deputado Márcio Fortes (RJ), é a pessoa física que mais dá dinheiro ao partido. Segundo a prestação de contas de 2000, ele doou R$ 245 mil ao PSDB. Neste ano, o próprio Fortes admitiu que já deu ao PSDB R$ 60 mil.

Do total doado ao PSDB em 2000 -R$ 1,125 milhão-, a contribuição do deputado representa 21%. As contas do ano passado ainda não foram apresentadas ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

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Os partidos têm até o dia 30 deste mês para entregar ao tribunal o balanço de 2001.

Segundo Márcio Fortes, 57, o dinheiro repassado ao partido vem de seu patrimônio, de sua poupança. Ele é empresário da construção civil no Rio de Janeiro e já ocupou cargos públicos como as presidências do Banerj (banco estadual privatizado) e do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Estadual).

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"Essa pergunta [sobre a origem das doações" deveria ser feita ao Everardo Maciel [secretário da Receita Federal". Está tudo na minha declaração do Imposto de Renda", afirmou o tucano.

Márcio Fortes afirmou que estabelece uma relação de troca com o partido: ele doa o dinheiro e recebe apoio da estrutura partidária (vereadores, prefeitos, deputados estaduais e federais e senadores).

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"Eu sou um político. Ao ajudar, estou enriquecendo o partido, que vai me enriquecer quando eu precisar de sua estrutura. Não é cifra. São votos. Eu gosto de dar para o partido", disse.

Na administração do dinheiro do PSDB, Márcio Fortes é considerado "pão-duro" pelos colegas. Ele mesmo disse que não é "perdulário" e que exige comprovação da necessidade de cada um dos gastos sugeridos pelos tucanos. "O dinheiro não é meu. Se fosse, eu gastava", afirmou. (LD e AM)

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Agora, responda. O que aconteceria se o Globo descobrisse, por exemplo, nomes de tesoureiros do PT, como Delúbio Soares e João Vaccari, com contas na Suíça?

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