Em ninho tucano, Cunha frustra plano golpista

Presidente da Câmara contraria João Dória Jr., indigitado adversário do PT, em pleno fórum de Comandatuba, ilha do pensamento golpista do PSDB: "Eu sinceramente não vejo isso no mandato passado para sustentar um pedido de impeachment", disse Cunha, ao comentar a decisão do TCU sobre a legalidade de manobras fiscais do governo Dilma Rousseff; "O que chamam de pedalada eu acho que é uma má prática das contas públicas”, minimizou; Dória Jr., criador do movimento “Cansei” em 2007, nominado de "golpismo paulista", escreveu artigo recentemente onde levanta a bandeira do “Fora Dilma”

Presidente da Câmara contraria João Dória Jr., indigitado adversário do PT, em pleno fórum de Comandatuba, ilha do pensamento golpista do PSDB: "Eu sinceramente não vejo isso no mandato passado para sustentar um pedido de impeachment", disse Cunha, ao comentar a decisão do TCU sobre a legalidade de manobras fiscais do governo Dilma Rousseff; "O que chamam de pedalada eu acho que é uma má prática das contas públicas”, minimizou; Dória Jr., criador do movimento “Cansei” em 2007, nominado de "golpismo paulista", escreveu artigo recentemente onde levanta a bandeira do “Fora Dilma”
Presidente da Câmara contraria João Dória Jr., indigitado adversário do PT, em pleno fórum de Comandatuba, ilha do pensamento golpista do PSDB: "Eu sinceramente não vejo isso no mandato passado para sustentar um pedido de impeachment", disse Cunha, ao comentar a decisão do TCU sobre a legalidade de manobras fiscais do governo Dilma Rousseff; "O que chamam de pedalada eu acho que é uma má prática das contas públicas”, minimizou; Dória Jr., criador do movimento “Cansei” em 2007, nominado de "golpismo paulista", escreveu artigo recentemente onde levanta a bandeira do “Fora Dilma” (Foto: Realle Palazzo-Martini)


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247 - O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), frustrou no sábado a manobra de parte do PSDB, capitaneada pelo senador Aécio Neves (MG), pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) com base nas chamadas pedaladas fiscais. "A minha opinião é que isso se trata do mandato anterior e, como se trata do mandato anterior, eu não vejo como pode resultar numa responsabilidade do atual mandato", declarou Cunha, em pleno Fórum de Comandatuba, iniciativa do golpista assumido João Doria Jr, idelalizador do Lide, uma espécie liga de empresários pelo reforço das teses liberais.

"Eu sinceramente não vejo isso no mandato passado para sustentar um pedido de impeachment", reforçou Cunha, que foi uma das estrelas do encontro, que neste ano esteve particularmente recheado de oposicionistas. O único ministro a participar da etapa foi Henrique Eduardo Alves (Turismo), que concordou com Cunha. "Não acredito no impeachment. Não há nada que se configure nesse sentido", afirmou.

Cunha disse, no entanto, que vai analisar qualquer pedido que chegue ao Congresso –uma vez que cabe ao presidente da Câmara autorizar o desenrolar desses processos. "O que chamam de pedalada eu acho que é uma má prática das contas públicas, de adiar pagamentos para fazer superávits primários que não correspondem à realidade. Isso vem sendo praticado ao longo dos últimos 10 a 15 anos e não tinha nenhuma punição", contemporizou.

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O presidente do Lide, João Doria Jr. levantou a bandeira pelo ‘Fora Dilma’. Em artigo, ele, que promove encontros entre empresários e ministros, fala em cirurgia rápida para tirar Dilma Rousseff do poder antes que seja tarde: “O ciclo do lulopetismo se exauriu e a presidente da República isolou-se da esfera política, administrando o país sem ouvir a sociedade”.

Golpe

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João Doria Jr. é um reconhecido adversários dos governos petistas. Em 2007, foi um dos líderes do movimento ‘Cansei’, apontado pela OAB como ‘golpismo paulista’. No final de março, o presidente do Lide levantou a bandeira pelo ‘Fora Dilma’. Em artigo, ele, que promove encontros entre empresários e ministros, fala em cirurgia rápida para tirar Dilma do poder antes que seja tarde: “O ciclo do lulopetismo se exauriu e a presidente da República isolou-se da esfera política, administrando o país sem ouvir a sociedade”.

Leia abaixo o artigo:

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Antes que seja tarde

O ciclo do lulopetismo se exauriu e a presidente da República isolou-se da esfera política, administrando o país sem ouvir a sociedade

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O Brasil que foi às ruas em 15 de março para protestar contra Dilma Rousseff, a corrupção e o PT é bem diferente daquele que se mobilizou em 16 de abril de 1984, quando mais de um milhão e meio de pessoas se juntaram, no Anhangabaú, em São Paulo, na esteira do movimento em prol das Diretas-Já.

Naquele ciclo, a luta cívica tinha como alvo a defesa das liberdades e a escolha, pelo povo, do seu mandatário. Hoje, esses direitos se consagram na nossa Constituição.

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Também difere do país que, em 20 de junho de 2013, registrou mais de 1,5 milhão de pessoas nas ruas, protestando contra as taxas dos transportes públicos e serviços precários nas áreas de saúde, educação e segurança, entre outros temas.

Se alguma semelhança com o passado pode ser encontrada, é com o memorável movimento "Fora Collor", que culminou com o impeachment de Fernando Collor em 29 de setembro de 1992.

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Como naqueles idos, o clamor recente dos 2 milhões de brasileiros que acorreram às ruas pede o afastamento da primeira mandatária. Ocorre que não há, até o momento, arcabouço técnico-jurídico suficiente para respaldar um pedido de impeachment da chefe da nação, apesar de pareceres de eminentes juristas acatando essa tese.

Essa, porém, é uma discussão para o direito. O fato é que o Brasil pós 15 de março abriu um novo marco em sua vida institucional. A partir da constatação de que sua democracia participativa ganha solidez com a entrada em cena de um cidadão com apurada conscientização política e sob a crença de que as mobilizações, ao contrário do passado, incorporam-se definitivamente à paisagem urbana.

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É interessante observar que tais avanços ocorrem quando a vida político-institucional passa a ser banhada por um gigantesco lamaçal, no momento em que o país vivencia os mais escandalosos eventos da contemporaneidade. Quais as razões para essa aparente dicotomia, com a sociedade, de um lado, e a esfera política, do outro?

Vejamos. Lula assumiu, em 2003, como o salvador da pátria. Ancorou seu governo em ampla plataforma social, abrindo canais da articulação política, atendendo às demandas dos partidos da base, no balcão de apoios e recompensas, usando o instinto político para administrar conflitos com os outros Poderes.

A crise do sistema financeiro internacional, em 2008, levara o mundo a desempregar milhões de trabalhadores, mas o Brasil, vencendo as intempéries, gerava 12 milhões de empregos formais. Com o título de sétima economia, renda per capita triplicada e desigualdade caindo, a quarta democracia mais populosa do mundo, depois da Índia, EUA e Indonésia, parecia uma ilha de segurança no oceano borrascoso.

Mas a esperança de longa jornada desenvolvimentista arrefeceu na era Dilma, arrastada pelo modo de governar petista, ancorado no populismo, aparelhamento do Estado, desorganização das contas públicas, improvisação nas frentes de obras, entre outros, e a par do discurso separatista, "nós e eles".

A política econômica do lulopetismo se exauriu. Confirmando-se a projeção que se faz para este ano (de -0,5% de queda do PIB, podendo chegar a -3%), viveremos a maior retração em 25 anos. É o sinal da falência total do modelo.

A presidente da República se isolou da esfera política, administrando o país sem ouvir a sociedade. A Petrobras, rebaixada no grau de investimento no mês passado, deixou de ser símbolo de orgulho. A corrupção, como metástase, propaga-se e a sociedade clama por uma cirurgia rápida. Antes que seja tarde.

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