FHC diz que “poder de Dilma vai se desmilinguindo”

Depois de dizer que renunciar seria um "gesto de grandeza" da presidente Dilma Rousseff, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso afirma que "o poder de Dilma, a gestão Dilma, vai se desmilinguindo, esfarinhando"; em entrevista a Alberto Bombig neste sábado 5, o tucano destaca que "não sabemos que atores políticos estarão em pé daqui a três meses", reafirma que o movimento por impeachment não é golpe e declara: "o PT tem que aprender que hoje ele manda e amanhã vai obedecer e, quando ele obedecer, não queira arrasar com quem está mandando"; para FHC, o PSDB deve agir "com cautela" diante do julgamento das contas do governo pelo TCU; "Não acho que o PSDB vai se pôr à frente disso. Até porque é um erro político"

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247 – O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso comparou o momento político atual com o de ex-presidentes como Jango (1964) e Fernando Collor (1992) e declarou que "o poder de Dilma, a gestão Dilma, vai se desmilinguindo, esfarinhando". Em entrevista a Alberto Bombig publicada neste sábado, ele resgatou: "a gente viu isso em vários momentos, no momento do Jango, do Collor, por razões diferentes e de formas diferentes."

O tucano assegurou que o movimento pró-impeachment não é golpe. "Falar em golpe me parece exagero daqueles que nunca foram realmente democratas, porque ninguém está propondo o golpe, que eu saiba", disse. "Entendo que a população quer tirar a Dilma. Tudo bem, mas é um sentimento periférico, mas e depois? E as instituições? Qual é a base para se tirar? Não pode. Você tem que seguir a Constituição", afirmou, ainda.

Em caso de o vice-presidente, Michel Temer, assumir, ele avalia que "o problema continuará de pé". "Não é só para Temer. Qualquer um que vá para o governo hoje vai se defrontar com um panorama político muito difícil". A respeito da declaração do vice feita na noite de quinta-feira, de que, com o atual índice de popularidade, Dilma não resistirá a três anos e meio de governo, avalia ter "peso", por vir do vice, que está no governo.

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FHC avalia que não é possível saber "que atores políticos estarão em pé daqui a três meses". Em relação ao comportamento do PSDB diante do julgamento das contas do governo pelo TCU, afirma que o partido agirá "com cautela". "O PSDB tem que mostrar claramente qual é sua posição, mas os passos têm que ser muito pensados em caso de impeachment. Você tem que ter algo objetivo. Impeachment não é uma vontade, porque aí é golpe."

Para ele, "se por à frente disso" seria um "erro político" do PSDB. "A menos que seja claro algum ilícito", aponta. FHC ressaltou que não torce pelo 'quanto pior, melhor' e declarou que "o PT tem que aprender que hoje ele manda e amanhã vai obedecer e, quando ele obedecer, não queira arrasar com quem está mandando". O tucano diz não ter achado "desrespeitoso" o boneco do ex-presidente Lula como presidiário.

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Ao Globo, FHC declarou que só resta um "fiapo" hoje da base que sustentou os governos Lula e Dilma, diz que "Lula é um mito que se quebrou" no processo de crise econômica e política e que é "muito difícil" que Dilma consiga se manter no poder diante do atual cenário. O ex-presidente tucano considera Dilma "vítima nesse processo" e negou que tenha falado sobre renúncia.

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