Alckmin, "esperança da direita", está no fundo do poço

"Arde a chapa de Geraldo Alckmin"; com este título, o Valor Econômico, jornal que busca ser a voz do mercado no país, expressa a decepção com Alckmin; o ex-governador de São Paulo, apontado até dias atrás por analistas conservadores como a grande esperança da direita nas eleições, está no fundo do poço; a pesquisa CNT/MDA deixou as elites desconsoladas; Alckmin, que estava estacionado, começou a cair e escorregou para baixo de 5%: de 6,4% em março, agora está com 4% 

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alckmin (Foto: Mauro Lopes)


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247 - "Arde a chapa de Geraldo Alckmin"; com este título, o Valor Econômico, jornal que busca ser a voz do mercado no país, expressa a decepção com Alckmin. O ex-governador de São Paulo, apontado até dias atrás por analistas conservadores como "esperança do centro", está no fundo do poço. A pesquisa CNT/MDA deixou a direita desconsolada -sim, porque na verdade, Alckmin é o candidato da direita, e não do centro, em que pesem os esforços dos golpistas de enrolarem o eleitorado. "Até sexta-feira dizia-se no PSDB que Alckmin poderia ficar onde estava nas pesquisas, até o início da propaganda eleitoral. Só não podia cair. Pois o ex-governador caiu.", escreveu o jornalista Raymundo Costa (leia aqui).

"Geraldo", como gosta de ser chamado, quase não existe na pesquisa espontânea (aquela em que a pessoa é convidada a indicar o nome de um candidato sem que seja apresentada nenhuma lista). Apesar de ser conhecido por 80% dos eleitores e eleitoras, apenas 1,2% deles indicam seu nome espontaneamente (eram 1,4% na rodada anterior, em março). Na pesquisa estimulada, com o nome de Lula, o ex-governador sequer atinge os 5%: caiu de 6,4% em março para 4% agora. Mesmo sem Lula, numa condição em que Alckmin deveria ser fortemente favorecido, pois este foi o motivo da direita para pender e cassar o ex-presidente, ele não consegue sequer chegar em 10% das indicações (oscila entre 8% e 9%, dependendo do cenário). Num eventual segundo turno, seria esmagado por Lula: 45% a 20% (70% a 30% em números absolutos, sem contar brancos, nulos e indecisos).

Alckmin é desprezado pelos eleitores numa indicação de que o golpe "deu ruim", como dizem os mais jovens, para seu grande articulador, o PSDB. Aécio Neves, o candidato que perdeu nas urnas em 2014 e liderou o golpe, dando a senha para a derrubada de Dilma na própria noite da derrota, em 26 de outubro, virou pó e está escorraçado da vida política. O eleitorado tem dito em todas as rodadas de pesquisa que não perdoou o PSDB pelo golpe, e o partido dá sinais de que agoniza.

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Mesmo o eleitorado de São Paulo, fiel aos tucanos, a quem reconduz ao Palácio dos Bandeirantes desde a eleição de 1994, despreza Alckmin. Segundo a última pesquisa DataFolha de março, o ex-governador está levando uma surra de Lula no Estado-berço do tucanato (20% a 13%) e consegue, no máximo, um empate com Bolsonaro (14% a 13% pró-Bolsonaro no cenário com Lula e 16% a 16% sem o ex-presidente).

Alckmin tenta fazer o jogo do esperto. Os tucanos foram os grandes articuladores do golpe, colocaram Temer no poder, têm um papel fundamental nas políticas que afundaram a economia do país. Mas Alckmin não quer ser visto ao lado de Temer, o odiado, embora deseje ardentemente o tempo de TV do MDB na disputa presidencial. Quer ser eleito presidente com uma estratégia de "jogar parado". No entanto, como diz o ditado popular que era citado costumeiramente por Tancredo Neves, avô de Aécio, "a esperteza quando é muito come o dono". 

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