FHC e Cristovam lançam manifesto pela união dos golpistas

Três tucanos — o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o secretário-geral do PSDB, deputado Marcus Pestana (MG), e o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes— lançam na terça-feira, em conjunto com o senador Cristovam Buarque (PPS-DF), um manifesto pela união do chamado centro político na eleição presidencial deste ano

Três tucanos — o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o secretário-geral do PSDB, deputado Marcus Pestana (MG), e o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes— lançam na terça-feira, em conjunto com o senador Cristovam Buarque (PPS-DF), um manifesto pela união do chamado centro político na eleição presidencial deste ano
Três tucanos — o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o secretário-geral do PSDB, deputado Marcus Pestana (MG), e o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes— lançam na terça-feira, em conjunto com o senador Cristovam Buarque (PPS-DF), um manifesto pela união do chamado centro político na eleição presidencial deste ano (Foto: Leonardo Lucena)


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Por Eduardo Simões

SÃO PAULO (Reuters) - Três tucanos de alta plumagem —o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o secretário-geral do PSDB, deputado Marcus Pestana (MG), e o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes— lançam na terça-feira, em conjunto com o senador Cristovam Buarque (PPS-DF), um manifesto pela união do chamado centro político na eleição presidencial deste ano.

O documento, que segundo Pestana será apresentado a pré-candidatos ao Planalto como Geraldo Alckmin (PSDB) —que recentemente elogiou a iniciativa— e Marina Silva (Rede), aponta o risco de, em caso de fragmentação do chamado centro político, este grupo ficar sem representantes no segundo turno da disputa, deixando a Presidência para os extremos do espectro político.

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“Tudo que o Brasil não precisa, para a construção de seu futuro, é de mais intolerância, radicalismo e instabilidade. Para nos libertarmos dos fantasmas do passado, superarmos definitivamente a presente crise e descortinarmos novos horizontes é central a construção de um novo ambiente político que privilegie o diálogo, a serenidade, a experiência, a competência, o respeito à diversidade e o compromisso com o país”, afirma o documento.

“É neste sentido que as lideranças políticas que assinam este manifesto conclamam todas as forças democráticas e reformistas a se unirem em torno de um projeto nacional, que a um só tempo, dê conta de inaugurar um novo ciclo de desenvolvimento social e econômico, a partir dos avanços já alcançados nos últimos anos, e afaste um horizonte nebuloso de confrontação entre populismos radicais, autoritários e anacrônicos.”

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Além de Alckmin e Marina, Pestana disse que o documento será levado aos pré-candidatos Flávio Rocha (PRB), João Amoedo (Novo), Rodrigo Maia (DEM), Henrique Meireles (MDB), Alvaro Dias (Podemos) e Paulo Rabelo de Castro (PSC).

Pestana disse que já existem tratativas para agendar conversas com esses pré-candidatos e que ainda não é possível saber da receptividade deles a esta proposta.

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“Só depois das conversas vai ser possível dimensionar”, disse o secretário-geral do PSDB à Reuters.

O deputado Mendonça Filho (DEM-PE), que aderiu ao documento ao lado do deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA), disse à Reuters que ainda é prematura a discussão sobre um nome a reunir todo o campo político.

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Pesquisas de intenção de voto indicam a liderança do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está preso desde o início de abril em Curitiba para cumprir pena por corrupção passiva e lavagem de dinheiro na Lava Jato. Nos cenários sem Lula, quem lidera é Jair Bolsonaro (PSL), com Marina e Ciro Gomes (PDT) herdando parte dos votos que seriam de Lula.

Com exceção de Alckmin e Marina, entre os demais pré-candidatos aos quais o manifesto será apresentado somente Alvaro Dias chega a 5 por cento de intenções de voto. Os demais não passam de 1 por cento da preferência do eleitorado, segundo o Datafolha.

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Provável maior beneficiário de uma união do chamado centro político, Alckmin elogiou recentemente a iniciativa de Pestana de elaborar um manifesto em defesa da união deste campo. Na última pesquisa Datafolha, em meados de abril, o tucano chega a 8 por cento.

Embora melhor posicionada que Alckmin nas pesquisas, Marina —ela aparece com até 16 por cento— deverá ter pouca estrutura de campanha devido ao tamanho de seu partido.

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O documento defende, alguns pontos essenciais ao que chama de uma “contribuição inicial ao debate e ao esforço coletivo que poderá ser desencadeado”.

Entre esses pontos está a “defesa intransigente da liberdade e da democracia como caminho para a construção do futuro do país”, a “busca incansável do equilíbrio fiscal” e a necessidade de “reformar nosso sistema previdenciário injusto e insustentável”.

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“É com este espírito, com o coração carregado de patriotismo, a noção clara da urgência e o sentimento que o Brasil é muito maior que a presente crise, que os signatários deste manifesto têm a ousadia de propor a união política de todos os segmentos democráticos e reformistas”, afirma o manifesto.

“Se tivermos êxito, estaremos dando uma inestimável contribuição para afastarmos do palco alternativas de poder que prenunciam um horizonte sombrio, e reafirmarmos nosso compromisso com a liberdade, a justiça e um Brasil melhor”, finaliza.

Reportagem adicional de Maria Carolina Marcello, em Brasília

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