'Liberal', Amoêdo diz ser contra fim de disparidade salarial entre homens e mulheres

Pré-candidato do partido Novo ao Planalto, o ex-executivo do mercado financeiro João Amoêdo, defendeu a privatização do Banco do Brasil e da Caixa e a redução do tamanho do Estado, além da liberação do porte de armas para o cidadão comum; apresentado-se como liberal,  Amoêdo também disse defender a "igualdade de gêneros", porém, afirmou que o Estado não deve interferir em casos como a disparidade salarial entre homens e mulheres: "Se as empresas estão pagando salários diferentes, não cabe ao Estado interferir nisso. Algum motivo deve ter"  

'Liberal', Amoêdo diz ser contra fim de disparidade salarial entre homens e mulheres
'Liberal', Amoêdo diz ser contra fim de disparidade salarial entre homens e mulheres (Foto: Reprodução/Twitter)


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247 - O pré-candidato do partido Novo à Presidência da República, o ex-executivo do mercado financeiro João Amoêdo, disse, em entrevista à versão brasileira do jornal El País que defende a privatização do Banco do Brasil e da Caixa, a redução do tamanho do Estado, focando no que ele considera "áreas essenciais", além de um país "seguro, simples e livre", mesmo com a liberação do porte de armas. Amoêdo, que também disse defender a "igualdade", porém, afirmou que o Estado não deve interferir em casos como a disparidade salarial entre homens e mulheres. "Se as empresas estão pagando salários diferentes, não cabe ao Estado interferir nisso. Algum motivo deve ter", disse.

Amoêdo, que foi presidente do Unibanco e fez parte do conselho de administração do Itaú-BBA, disse que, caso eleito, não será influenciado pelo mercado financeiro. "A principal garantia é a de que eu estarei lá para defender o interesse do cidadão brasileiro", disse. Segundo ele, "a proposta do Novo é justamente diminuir essa venda de favores. Queremos reduzir o peso do Estado nas costas das pessoas, o que vai desde a privatização de empresas e reduzir a quantidade de ministérios. A nossa ideia é ter não mais que 10, reduzir cargos comissionados, secretarias...", afirmou.

"O fato de eu ter trabalhado num lugar não interfere no meu caráter. Além disso, pregamos a concorrência. Eu sou a favor da privatização do Banco do Brasil e da Caixa, mas não quero que sejam vendidos para os grandes bancos que estão aí. O mercado brasileiro tem muito oligopólio, é muito concentrado em vários segmentos: nas construtoras, no mercado financeiro, nas empresas de telefonia... Não há forma melhor de proteger o consumidor do que ele ter várias opções", completou.

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Para ele, "se aumentamos a concorrência, isso sem dúvida terá um maior impacto. Precisamos também melhorar as regras do negócio, a estabilidade jurídica, tentar desregulamentar, dar mais liberdades para instituições virem para cá". "Agora, o próprio consumidor deve tentar pegar menos dinheiro emprestado. Isso acontece porque 40% do que a gente produz vai para o governo, então na medida em que a gente for equilibrando as contas públicas e tiver uma carga tributária menor, as pessoas vão ter mais recursos e vão se endividar menos", diz.

Na entrevista, Amoêdo também disser necessário uma maior integração entre as polícias e reduzir a burocracia estatal, além de criar "um sistema tributário simples, que dê incentivos para quem está empreendendo e taxe menos o consumo, porque isso acaba pesando mais no bolso dos mais pobres. Eu iria então na linha de tributar um pouco mais a renda e menos o consumo e quem está investindo".

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Sobre a questão da igualdade de gêneros, ele destacou que o Novo é favorável a questão da união homoafetiva, mas que, pessoalmente "não gosta de fazer nada específico [em termos de políticas públicas, leis]", para evitar a segmentação da sociedade. "Tudo o que a gente deve evitar, no meu entendimento, é a segmentação da sociedade. Se uma mulher foi agredida na rua, ela tem que ter o mesmo direito do homem que foi agredido. Não cabe ao Estado separar a sociedade em grupos pelas preferências sexuais, cor da pele... Se as empresas estão pagando salários diferentes, não cabe ao Estado interferir nisso. Algum motivo deve ter, cabe entender essa dinâmica. Mas o risco de aprovar uma lei que determina salários iguais é que algumas mulheres acabem desempregadas", disse.

Leia a íntegra da entrevista.

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