Gleisi: Lula terá papel grande e importante no governo Haddad

Gleisi Hoffmann, informa: "Se nós estivermos no governo, com certeza [Lula] vai ter um papel importante e grande"; ela afirmou em entrevista que está em marcha o processo de identificação do eleitorado entre Haddad e Lula e que o ex-presidente deve estar livre logo depois das eleições, pois o objetivo das elites, de tirá-lo do pleito, foi cumprido; quanto ao PT, ela diz que o partido experimenta um momento de "importante unidade política" 

Gleisi: Lula terá papel grande e importante no governo Haddad
Gleisi: Lula terá papel grande e importante no governo Haddad (Foto: Fotos: Ricardo Stuckert)


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247 - A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, concedeu longa entrevista ao jornal Valor Econômico, da família Marinho, e deixou claro: "Se nós estivermos no governo, com certeza vai ter um papel importante e grande. E no partido também. O Lula é nossa grande liderança". Com o nítido objetivo de criar intrigas e constrangimento, na linha de que Haddad seria um "poste", o jornal estampou como título algo que Gleisi não disse em nenhum momento na entrevista: "Lula terá o papel que quiser no governo" -assim mesmo, entre aspas.

Outros destaques da entrevista: para Gleisi, a prisão de Lula teve como objetivo impedi-lo de participar das eleições. "Eu não tenho dúvidas de que, logo após o processo eleitoral, o Lula vai estar nas ruas novamente". Para ela, "essa identificação [de Haddad] com o presidente Lula já estava acontecendo". Ela destacou também o momento de unidade no partido a partir da estratégia para as eleições "Eu acho que a gente vive um momento importante de unidade política no PT". 

Leia alguns trechos relevantes da enrevista:

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Se eleito, Haddad trabalharia por um indulto ao Lula?

O presidente Lula não precisa de indulto. O presidente Lula precisa de justiça, de um julgamento justo. Vamos trabalhar para que isso aconteça e ele seja liberado o mais rápido possível.

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Mas e se as cortes superiores continuarem negando recursos contra a prisão dele?

O Lula foi preso para não participar da eleição. Eu não tenho dúvidas de que, logo após o processo eleitoral, o Lula vai estar nas ruas novamente. Não se justifica a prisão do Lula pelo processo que ele foi julgado e condenado.

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Se estiver solto, ele terá algum papel formal em um eventual governo Haddad?

Formal eu não sei. Mas um papel preponderante na política brasileira ele teria. Se nós estivermos no governo, com certeza vai ter um papel importante e grande. E no partido também. O Lula é nossa grande liderança.

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Mas pode vir a ser ministro da Casa Civil como chegou a ser nomeado por Dilma Rousseff?

Não sei se isso pode vir a acontecer. Isso depende muito do próprio Lula.

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Depende da vontade dele?

Depende dele, claro.

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A senhora disse uma vez que Haddad estava em "estágio probatório". Ele já passou desse estágio?

Foi uma brincadeira que eu fiz. O Haddad foi colocado como candidato a vice, desempenhou um papel importante, fundamental nesse processo como vice, defendeu o presidente Lula, falou das injustiças que estavam sendo feitas com o presidente e também com o povo brasileiro. Sustentou a linha, a estratégia do PT. E foi depois colocado pelo presidente como o candidato a substituí-lo.

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Avalia que a estratégia do PT foi bem sucedida?

O Haddad foi o candidato que mais cresceu nas últimas pesquisas. Houve uma pesquisa do Datafolha no dia da decisão de colocá-lo como candidato a presidente. Ou seja, a decisão não tinha sido ainda efetivada. E mesmo assim ele foi o que mais cresceu.

Como fazer para tornar Haddad mais conhecido do público e colar sua imagem à de Lula?

Essa identificação com o presidente Lula já estava acontecendo. O Haddad já era candidato a vice, agora os programas de TV estão fazendo fortemente isso. E o Haddad tem sido um leal defensor do presidente, do seu legado, um representante dele mesmo nessa corrida. Portanto, isso já está acontecendo. O nosso desafio agora é preparar agendas por todo o país, agendas de povo, agendas em que o Haddad converse com a população e possa se tornar mais visto, mais conhecido. E eu acredito que isso vá acontecer rapidamente.

A estratégia para o primeiro turno seria investir mais no Nordeste, onde Lula tem mais voto?

De certa forma, no Nordeste nós temos avançado mais. Haddad já fez uma agenda forte lá, mas não vamos deixar de estar presentes. Ele sempre estará visitando, ao menos uma vez por semana, um Estado do Nordeste. Mas nós temos o desafio também de consolidar nosso eleitorado no Sudeste, que é o grande colégio eleitoral brasileiro. Principalmente São Paulo, Minas e Rio de Janeiro. São Estados que teremos prioridade de participação dele em agendas.

A candidatura Haddad não dividiu o PT?

Eu acho que a gente vive um momento importante de unidade política no PT. Nós traçamos uma estratégia e chegamos até aqui, a despeito de muitas apostas em contrário, de que o PT não conseguiria superar suas dificuldades, de que o Lula não poderia superar suas dificuldades, que Lula preso seria ruim do ponto de vista político, que nós iríamos perder com isso, que a gente não iria conseguir chegar para fazer uma disputa eleitoral. Muito pelo contrário, a estratégia que foi traçada, a firmeza do presidente Lula, a dedicação do Haddad, a coesão da direção partidária nos trouxe até aqui. A estratégia de defender Lula, de defender o povo brasileiro, de se contrapor às reformas. Isso requereu uma unidade forte do partido. E nós tivemos essa unidade política e vamos continuar com ela. Nós queremos ganhar a Presidência da República novamente.

A senhora está prevendo um segundo turno contra o Bolsonaro?

Se for avaliar a conjuntura de hoje, o Bolsonaro estaria no segundo turno, pelo que tem nas pesquisas. Não sei o que se desenvolverá daqui para a frente, mas tem uma resiliência forte de apoio ao Bolsonaro em votos, que não se movimentou como se achou que aconteceria depois de iniciado o período eleitoral.

A íntegra da entrevista pode ser lida aqui.

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