Toffoli defende censura imposta a reportagem em que era citado

Presidente do STF, ministro Dias Toffoli, defendeu a censura imposta pelo também ministro do STF Alexandre Moraes, no âmbito de uma ação aberta por ele, ao site o Antagonista e à revista Crusoé. "Se você publica uma matéria chamando alguém de criminoso, acusando alguém de ter participado de um esquema, e isso é uma inverdade, tem que ser tirado do ar. Ponto. Simples assim", disse; "É necessário mostrar autoridade e limites. Não há que se falar em censura neste caso da Crusoé e do Antagonista", completou

Toffoli defende censura imposta a reportagem em que era citado
Toffoli defende censura imposta a reportagem em que era citado (Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)


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247 - O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, defendeu a censura imposta pelo também ministro do STF Alexandre Moraes, no âmbito de uma ação aberta por ele, ao site o Antagonista e à revista Crusoé. "Se você publica uma matéria chamando alguém de criminoso, acusando alguém de ter participado de um esquema, e isso é uma inverdade, tem que ser tirado do ar. Ponto. Simples assim", disse Toffoli em entrevista ao jornal Valor Econômico. "É necessário mostrar autoridade e limites. Não há que se falar em censura neste caso da Crusoé e do Antagonista", completou.

A censura imposta aos veículos de comunicação foi resultante da publicação de textos e de uma reportagem em que Toffoli era mencionado por Marcelo Odebrecht, ex-presidente da empreiteira e delator da Lava Jato, como "o amigo do amigo do meu pai". A frase consta de um e-mail de 2007 trocado por Marcello Odebrecht com executivos da empreiteira se eles haviam "fechado com o amigo do amigo do meu pai", em uma referência a Toffoli, que na época respondia pela Advocacia Geral da União (AGU). O diálogo, porém, não faz menção a pagamentos ou irregularidades.

Na entrevista, Toffoli disse, ainda, que o apelido "não diz nada com nada". "Tirem as suas conclusões. Era exatamente para constranger oSupremo. Quando eu era ministro, sem ser presidente, nunca entrei com ação [contra uma publicação], nunca reclamei. Mas agora é uma questão institucional. Ao atacar o presidente, estão atacando a instituição", afirmou.

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Ainda conforme ele, a publicação foi feita pouco antes do STF julgar a possibilidade de prisão após condenação em segunda instância, que pode beneficiar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso em Curitiba por razões políticas. "É ofensa à instituição à medida que isso tudo foi algo orquestrado para sair às vésperas do julgamento em segunda instância. De tal sorte que isso tem um nome: obstrução de administração da Justiça", justificou.

 

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