Partido de Marina, 'Rede' vai enfim tomando forma

Ex-ministra Marina Silva lança no próximo sábado sua nova legenda, que a permitirá concorrer à Presidência em 2014. Um dos fundadores do PV, o deputado federal Alfredo Sirkis anunciou adesão ao projeto em artigo publicado nesta segunda. Com receio de ser preterido pelo PT em 2014, o senador Eduardo Suplicy deu sinais de que pode aderir à "rede", e dirigentes do PSol já falam na legenda sem a ex-senadora Heloísa Helena

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247 - Após muitos desmentidos e algum suspense, a ex-ministra do Meio Ambiente e candidata à presidência em 2010 Marina Silva lança seu novo partido, ou "Rede", como prefere chamar, no próximo sábado. E a Rede ganhou seu primeiro parlamentar nesta segunda-feira. Em artigo publicado no site Congresso em Foco, o deputado federal Alfredo Sirkis (PV-RJ), fundador do Partido Verde, anunciou adesão ao projeto.

"Ontem [domingo], junto com estes últimos quatro [ele menciona os deputados Reguffe (PDT-DF), Walter Feldman (PSDB-SP), Dutra (PT-MA) e Tripoli (PSDB-SP)], estive com Marina Silva em sua casa, em Brasília, para lhe dizer que vou participar do esforço de criação desse novo partido cujo nome propus ser ECO BRASIL, REDE ECO BRASIL ou, simplesmente ECO", anunciou Sirkis. Dizendo que cogita "seriamente deixar a política parlamentar/eleitoral ao final desse mandato", o deputado, um dos fundadores do PV, destacou que não está "estimulando ninguém do PV a me acompanhar individualmente muito menos liderando alguma dissidência".

A adesão de Sirkis rompe enfim a relutância que acomete uma série de políticos cotados para aderir ao novo projeto da terceira colocada na última eleição presidencial. Relutância compreensível, já que a nova legenda carrega um discurso anti-política muito forte -- quer dizer, como transformar-se numa força política relevante e, ao mesmo tempo, manter o discurso de desencanto com os políticos?

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Indecisos

Neste feriado de Carnaval, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) virou notícia ao dizer que se reuniu com a ex-ministra para tratar do novo partido. “A Marina sabe o que eu penso da fidelidade partidária. Eu disse a ela que não sairia do PT até cumprir todo o meu mandato”, disse Suplicy, que pode ser preterido pelo PT em 2014, o que o obrigaria a buscar uma legenda alternativa para concorrer à reeleição.

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Também neste fim de semana, o deputado federal e presidente nacional do PSOL, Ivan Valente (SP), já falou no partido sem a fundadora e ex-senadora Heloísa Helena, outra dada como nome certo para acompanhar Marina na nova empreitada. "Ela ainda não se pronunciou dentro do partido, é direito dela procurar outra alternativa", disse Valente à coluna Poder Online. "Mas o PSOL se consolidou independente dela já. É uma perda para nós, mas o PSOL vai continuar como um partido já consolidado, de oposição", completou.

Além desses nomes, o comentário é de que Marina ainda estaria atrás do senador Cristovam Buarque (PDT-DF), do deputado federal Ricardo Tripoli (PSDB-SP) e do ex-deputado Fábio Feldmann (PV). Afora os políticos, estão com Marina o empresário Guilherme Leal, seu vice na chapa de 2010, Maria Alice Setúbal, herdeira do banco Itau, e ativistas da causa ambiental, como André Lima, Bazileu Margarido Neto, ex-presidente do Ibama.

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