Laniakea: Nosso imenso paraíso no Universo

Treze grupos de galáxias (clusters) - em um deles se encontra a nossa Via Láctea -, formam o supercluster batizado de Laniakea, “imenso paraíso” na língua havaiana. Todo o grupo se precipita na direção de um ponto misterioso no universo chamado o Grande Atrator. No final do artigo, um vídeo extraordinário desenha os contornos de Laniakea.

Treze grupos de galáxias (clusters) - em um deles se encontra a nossa Via Láctea -, formam o supercluster batizado de Laniakea, “imenso paraíso” na língua havaiana. Todo o grupo se precipita na direção de um ponto misterioso no universo chamado o Grande Atrator. No final do artigo, um vídeo extraordinário desenha os contornos de Laniakea.
Treze grupos de galáxias (clusters) - em um deles se encontra a nossa Via Láctea -, formam o supercluster batizado de Laniakea, “imenso paraíso” na língua havaiana. Todo o grupo se precipita na direção de um ponto misterioso no universo chamado o Grande Atrator. No final do artigo, um vídeo extraordinário desenha os contornos de Laniakea. (Foto: Gisele Federicce)


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A ilustração mostra o Grande Atrator (área em vermelho) e o movimento dos clusters e das galáxias em direção a ele. -

 

Por: Equipe Oásis

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Bem vindos a Laniakea, a nossa casa no cosmos. É uma casa muito grande, imensa, com um diâmetro de cerca 500 milhões de anos luz! Nela convivem milhares e milhares de galáxias mais ou menos parecidas com a nossa. A descoberta dessas fronteiras inesperadas é recente, e foi conseguida pelo Instituto de Astrofísica da Universidade do Havaí.

 

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Duas representações gráficas de Laniakea. A superfície externa define o limite gravitacional do supercluster, com as galáxias que se precipitam em direção ao Grande Atrator.

 

Para se entender o que essa descoberta significa são necessárias algumas explicações. Todos nós sabemos, para começar, que a Terra pertence a um sistema solar e que ele faz parte de uma grande ilha de estrelas – cerca de 200 bilhões – que formam a nossa galáxia, a Via Láctea. Há muitos anos os astrônomos sabem também que nossa galáxia não viaja sozinha no uni verso, mas faz parte de um grande grupo de galáxias – um cluster – interligadas por enormes braços de gás, poeira e matéria escura (matéria da qual conhecemos a existência, mas não a composição).

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Um cluster de galáxias.

 

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Um imenso paraíso 

Agora descobre-se que esse cluster faz parte de um super-cluster ainda mais vasto, ao qual foi dado o nome havaiano de Laniakea, que nessa língua significa imenso paraíso. O nome foi sugerido pelo linguista Nawa‘a Napoleon, da Universidade do Havaí, em homenagem aos navegantes polinésios que, graças ao seu grande conhecimento dos céus, conseguiam se orientar e a navegar no Oceano Pacífico.

 Nossa Casé muito mais vasta do que se pensava até há pouco. Ela compreende muitos bilhões de estrelas: se pudéssemos pesar essa inacreditável quantidade de matéria teríamos de colocar, no outro prato da balança, cem milhões de bilhões de estrelas como o nosso Sol.

 

Mosaico de imagens de clusters galáticos fotografados por microscópios eletrônicos (ESA-Agência Espacial Europeia).

 

 “Embora os resultados finais tenham sido alcançados apenas nas últimas semanas, o trabalho requereu dezenas de anos e a colaboração de centenas de astrônomos que pouco a pouco foram juntando as peças desse quebra-cabeça. Agora podemos dizer que dispomos de um grande esquema da estrutura do universo onde vivemos”, declarou Brent Tully, cientista responsável pelo estudo que acaba de ser publicado pela prestigiosa revista Nature.

 

A Galáxia de Andrômeda, a mais próxima de nós, e com o dobro do tamanho da Via Láctea.

 

Uma grande família

Segundo o estudo, no interior de Laniakea existiriam 13 clusters de galáxias, inclusive o Grande Atrator. Este último é um conjunto tão grande de galáxias capaz de formar uma anomalia gravitacional que atrai para si a maior parte das galáxias de Laniakea. Foi exatamente ao se estudar o movimento de todas as galáxias que se tornou possível compreender que elas se movem em direção a um ponto preciso do universo. O trabalho se tornou ainda mais complexo porque cada galáxia tende a se afastar das outras (por causa do efeito Big Bang) e assim sendo foi preciso separar os movimentos de cada uma dessas ilhas de estrelas.

 

Uma pequena parte da Via Láctea, fotografada através de microscópio eletrônico.

 

 Mas Laniakea estaria imóvel no espaço? Tudo leva a crer que não. Segundo uma pesquisa que ainda está em desenvolvimento, esse supercluster estaria correndo em direção a uma outra concentração de galáxias chamada Shapley, “uma concentração de galáxias adjacente à nossa e que será alvo das nossas pesquisas futuras”, disse Tully.

 

Video: Laniakea, nossa casa no universo


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