O mundo de ponta cabeça. Polos magnéticos da Terra podem se inverter

Os polos magnéticos terrestres já se inverteram dezenas de vezes na história do planeta Terra. Descobriu-se agora que isso pode voltar a acontecer. Muito rapidamente

Os polos magnéticos terrestres já se inverteram dezenas de vezes na história do planeta Terra. Descobriu-se agora que isso pode voltar a acontecer. Muito rapidamente
Os polos magnéticos terrestres já se inverteram dezenas de vezes na história do planeta Terra. Descobriu-se agora que isso pode voltar a acontecer. Muito rapidamente (Foto: Gisele Federicce)


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O campo magnético da Terra (em azul, à direita na ilustração) nos protege dos ventos solares (à esquerda)

 

Por: Equipe Oásis

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Fonte: Geophysical Journal International

O campo magnético da Terra, gerado pelo movimento do núcleo fluido metálico, é o fenômeno que determina a posição dos polos magnéticos do nosso planeta e protege os ecossistemas terrestres das partículas carregadas trazidas pelo vento solar. Mas a posição desses polos magnéticos não é fixa. Ela muda a cada ano, embora permanecendo sempre na mesma zona geográfica.

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O campo magnético da Terra. Ele nos protege das radiações solares e serve para a orientação de vários animais (inclusive o homem). Mas uma inversão pode ocorrer

 

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Pode acontecer, no entanto, que a mudança seja muito mais ampla e que os polos inclusive sofram uma inversão de suas posições. Como um imã revirado, o polo norte se transforma em polo sul.  O processo é bem conhecido pela ciência e supunha-se que acontecia num tempo relativamente breve, geologicamente falando: o campo magnético diminuiria e, no decorrer de alguns milhares de anos, se inverteria.

 

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As mudanças de posição dos polos magnéticos sobre o planeta. As datas são em milhares de anos (dados do Geophysical Journal International)

 

Virada pode ser quase imediata 

Há pouco, no entanto, uma pesquisa realizada na Itália descobriu algo muito diverso: algo que já aconteceu no passado e poderia acontecer novamente no futuro. Ao estudar e datar os sedimentos de um antigo lago que agora aflora nas imediações da localidade de Popoli, na província de Abruzos, os geólogos conseguiram determinar que a inversão conhecida em geologia pelo nome de Transição Matuyama-Brunhes aconteceu em tempo brevíssimo: menos de um século!


Leonardo Sagnotti, pesquisador italiano dos campos magnéticos terrestres, em trabalho de campo nas imediações de Popoli, nos Abruzos, Itália


“O estudo forneceu um dos melhores registros disponíveis das características e variabilidade temporal do campo magnético terrestre durante uma inversão de polaridade”, explica Biagio Giaccio, pesquisador do Igag-Cnr. “A nossa estimativa mais conservadora é que ela tenha se dedsenvolvido em menos de um século., provavelmente muito menos”. Geologicamente, o período é quase instantâneo, significando um tempo não muito diferente do de uma vida humana.


Aurora boreal nas imediações do polo magnético norte. Uma das manifestações do campo magnético terrestre

 

Consequências da inversão dos polos

Embora o fenômeno à primeira vista possa parecer terrível, o estudo da antiga geologia mostra que aparentemente não aconteceram catástrofes nessas ocasiões. No entanto, a situação hoje mudou muito. Uma das primeiras grandes preocupações relativas a uma eventual inversão dos polos magnéticos diz respeito aos satélites e ao mundo das comunicações.

O grande enfraquecimento do campo magnético do planeta, que precede a inversão dos polos, poderia ter consequências sérias sobre os sistemas de satélites e a distribuição da energia elétrica. Isso porque, com um campo magnético mais débil, o vento solar poderia chegar até a superfície da terra e influenciar todos os sistemas baseados na eletricidade. 

 

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