Fantasia vertical. Os arranha-céus do futuro

Hoje, em todas as grandes metrópoles do mundo, a paisagem urbana pode mudar da noite para dia. A revista norte-americana eVolo, especializada em arquitetura e urbanismo, instituiu um concurso para premiar os melhores projetos de arranha-céus sustentáveis. Serão eles a determinar a paisagem urbana do futuro

Hoje, em todas as grandes metrópoles do mundo, a paisagem urbana pode mudar da noite para dia. A revista norte-americana eVolo, especializada em arquitetura e urbanismo, instituiu um concurso para premiar os melhores projetos de arranha-céus sustentáveis. Serão eles a determinar a paisagem urbana do futuro
Hoje, em todas as grandes metrópoles do mundo, a paisagem urbana pode mudar da noite para dia. A revista norte-americana eVolo, especializada em arquitetura e urbanismo, instituiu um concurso para premiar os melhores projetos de arranha-céus sustentáveis. Serão eles a determinar a paisagem urbana do futuro (Foto: Gisele Federicce)


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Por: Equipe Oásis

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Fotos: www.evolo.us/competition/

 

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Que aspecto terão nossas cidades dentro de 20, 50, 100 anos? Para descobrir, temos duas possibilidades: esperar que os anos passem, ou examinar as propostas que, todos os anos, são apresentadas no concurso arquitetônico especializado em arranha-céus patrocinado pela revista eVolo. Desde 2006 a eVolo Skyscraper Competition seleciona os melhores projetos verticais sustentáveis, revolucionários por sua estética, materiais, organização espacial e tecnologia. Apresentamos na galeria abaixo os melhores deste ano, escolhidos entre 480 candidatos.

 

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Galeria:

 

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1 Este é o projeto vencedor da edição 2015. Foi produzido pelo estúdio polonês BOMP: Essence Skyscraper é uma megaestrutura organizada para trazer de volta para a cidade 11 cenários naturais diversos, das geleiras aos mangues, das montanhas aos rios, das cascatas aos desertos. Tudo envolvido e protegido por um envólucro externo vertical similar à fachada de um arranha-céu convencional.

 

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2 Em segundo lugar, um projeto de importante valor social. O Shanty-Scaper, uma ideia dos designers indianos Suraksha Bhatla e Sharan Sundar, objetiva recriar um espaço habitacional, recreativo de e encontro para os moradores de Nochikuppam, uma favela litorânea, povoada por marinheiros, na cidade de Chennai, Índia, duramente atingida pelo grande tsunami de 2004. O edifício seria construído com materiais reciclados tais como tubos, lâminas metálicas e madeira para construção. “Shanty”, que significa paz em hindi, é um termo usado em inglês que outrora designava os cantos dos marinheiros que trabalhavam no grandes veleiros da marinha mercante.

 

3 O terceiro lugar foi para Cybertopia, do russo Egor Orlov: um dos projetos mais audazes e futuristas. O conceito revisita a ideia de megalópoles futuras imaginando uma cidade a meio caminho entre o real e o digital, um mundo que permanece em contínua expansão, no qual as construções são feitas por drones e por impressoras 3D. Em um núcleo urbano desse gênero, quando nasce um filho bastaria ordenar à impressora que crie mais um quarto, alargando as paredes domésticas.

 

4 Agora as menções honrosas do concurso eVolo: este é o Noah Oasis, o Oásis de Noé, pensado pelos chineses Ma Yidong, Zhu Zhonghui, Qin Zhengyu e Jiang Zhe. A estrutura busca transformar as plataformas petrolíferas em habitats verticais limpos, capazes de depurar o mar eventuais perdas de óleo bruto e depois, com o tempo, hospedar fauna marinha e pássaros, transformando-se gradualmente em estações de pesquisa e refúgios para moradores humanos. Flutuadores semelhantes a boias absorveriam o óleo disperso no mar devido a desastres ambientais e o enviaria a um reator que o transformaria em ramos de plástico para a estrutura superior da árvore, bem como para o fundo do mar, onde se transformaria em uma floresta algas submarinas sintéticas. O plástico serviria de base para a fixação de corais submarinos, e de plantas trepadeiras na parte acima das águas, transformando a inteira plataforma num grande catalizador de flora e fauna.

 

5 Uma altíssima biblioteca científica capaz de documentar o estado do ar que respiramos: Air Monument, uma estrutura pensada pelos chineses Shi Yuqing, Hu Yifei, Zhang Juntong, Sheng Zifeng e He Yanan, colheria amostras atmosféricas regularmente, gravando os resultados das análises numa espécie de banco de dados. O projeto deve ser pensado como um banco de dados futurista, capaz de se tornar autossuficiente graças a turbinas eólicas, e chegar a alturas superiores às das cidades caóticas, das quais aspiraria os produtos voláteis.

 

6 Times Square 3015 é o nome sugestivo desse arranha-céu (com altura de 1,7 quilômetros!) pensado para se situar no centro de Nova York. O projeto é dos britânicos Blake Freitas, Grace Chen e Alexi Kararavokiris. Fábricas verticais, bosques, cenários de montanha, praias, centros comerciais e um estádio: imagine um espaço público natural ou artificial e provavelmente esse enorme arranha-céu poderá contê-lo. Nele também serão incluídos bairros residenciais.

 

7 De todos os projetos apresentados, Exploring Arctic é um dos poucos que prevê um arranha-céu horizontal. A ideia é dos arquitetos russos Nikolay Zaytsev e Elizaveta Lopatina. Ambos pretendem revitalizar a cidade portuária de Dikson, no Ártico russo siberiano, com um edifício que incorpore todas as funções de um porto, oferecendo ao mesmo tempo acomodações para os trabalhadores portuário e produzindo energia limpa do vento e das marés.

 

8 Um projeto que combata a desertificação tutelando as pirâmides de Gisé, no Egito. Bio-Pyramid, dos arquitetos norte-americanos David Sepúlveda, Wagdy Moussa, Ishaan Kumar, Wesley Townsend, Colin Joyce, Arianna Armelli e Salvador Juarez, propõe recobrir toda a necrópole aípcia com uma macropirâmide transparente, pensada como um tipo de pirâmide moderna que encorpora vegetação e cascatas, oferecendo aos visitantes um oásis verde no qual é possível se mover ou descansar durante a visita.

 

9 Um dos objetivos da arquitetura do futuro é trazer de volta à vida cenários urbanos caracterizados pela desolação. Unexpected Aurora em Chernobyl, dos chineses Zhang Zehua, Song Qiang, Liu Yameng, é o projeto de um arranha-céu transparente que possa purificar a cidade ucraniana atingida pelo mais grave desastre nuclear de todos os tempos. As radiações seriam transformadas em espetáculos luminosos.

 

10 Um projeto para a reutilização de colinas calcáreas que venham a ser expostas por operações de escavação de minérios. Limestone Skyscrapers, uma ideia dos arquitetos maleses Jethro Koi Lik Wai e Quah Zheng Wei, prevê a construção, nas cavidades resultantes, de arranha-céus transparentes completamente imersos na paisagem, construídos com materiais minerais que possam servir para a construção e que sejam obtidos in loco, entre eles os mármores e granitos. Essas construções ajudariam na prevenção de fenômenos erosivos e desastres naturais como aluviões e deslizamentos.

 

11 Mais que um arranha-céu, Cloud Capture, dos coreanose Taehan Kim, Seoung Ji Lee e Yujin Ha, é um cruzamento entre um gigantesco guarda-chuva e um balão. Quando deixado livre para voar, seria capaz de capturar as nuvens cheias de umidade das regiões onde aágua é abundante, para soltá-la em forma de chuva, depois de uma longa viagem pelos céus, sobre áreas atingidas pela seca.

 

12 Uma outra versão da arca de Noé, porém supertecnológica: a Torre dos Refugiados, do arquiteto chinês Qidan Chen. Ela seria capaz de produzir e suprir sozinha os recursos necessários à vida: obteria água e ar limpos a partir de operações especiais de filtragem, e transformaria a luz solar em energia para operar em total autonomia.

 

13 Vernacular Sky-Terrace é um sistema de terraços panorâmicos horizontais pensado para ser erigido sobre o centro de Kuala Lumpur, na Malásia.  Trata-se de uma ideia do estúdio malês KHZNH, e pretende desenvolver espaços habitacionais, residenciais e comerciais, junto a áreas verdes e belvederes panorâmicos, sem interferir no tecido urbano que se encontra abaixo.

 

14 Estruturas verticais que permitem um desenvolvimento urbano sem novas ocupações do solo, e capazes de produzir reações de fotossíntese artificial. Trata-se de Reversal Strategy, um projeto italiano dos arquitetos Luigi Bertazzoni e Paolo Giacomo Vasino. Os designers imaginaram um contexto futuro no qual a urbanização vertical permita utilizar o solo antes ocupado por edifícios habitacionais com objetivos agrícolas, ou para recriar espaços verdes públicos, relegando os transportes às vias subterrâneas e depurando o ar poluído das cidades.

 

15 Nem todos os arranha-céus são pensador para substituir um habitat pregresso: Re-Generator Skyscraper, do designer norte-americano Gabriel Muñoz Moreno, deseja regenerar o habitat de paludes da cidade chinesa de Hangzhou, que permanece em crescimento demográfico. A construção é pensada como uma série de grelhas transparentes suspensas sobre as zonas de mangue, de modo a possibilitar a obtenção de espaços habitacionais e energia sem destruir o precioso ecossistema dos mangues.

 

16 Vertical Factories, em Nova York é um projeto do designer inglês Stuart Beattie que pretende recriar o tecido industrial manufatureiro do Brooklyn em 21 torres situadas ao largo de i Greenpoint, no East River. Cada unidade desse arquipélago industrial conteria entre 52 a 81 pequenas fábricas e daria emprego a cerca de mil pessoas. Elevadores externos permitiriam a passagem de um plano para outro.

 

17 Revestir um moderno arranha-céu de Manhattan com uma superfície que imite em tudo e para tudo a pele de tubarão (conhecida pelas suas p[ropriedades de resistência e dureza e pela precisão abrasiva). Esta é a ideia de base da empresa Deep Skins, dos sul-coreanos Yongsu Choung, Ge Zhang e Chuanjingwei Wang. Inclusive os pavimentos internos do edifício reproduziriam as características biomiméticas do animal.

 

18 Already There é um projeto de hiper-construção pensado pelo arquiteto espanhol Ramiro Chiriotti Alvarez para o distrito de e Haizu, na cidade chinesa de Guangzhou, embora possa ser adaptado à maior parte das metrópoles superpovoadas. Organizado em blocos parecidos a tijolinhos do Lego, prevê a construção de espaços habitacionais desenvolvidos na vertical, separados por amplas zonas verdes e por espaços públicos a céu aberto.

 

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