Disputa por água afetará Rio e mais 40 cidades, diz ANA

Cálculo da Agência Nacional de Águas tem como base a decisão da Cesp (Companhia Energética de São Paulo) de reduzir a vazão do rio Jaguari para o rio Paraíba do Sul, que abastece o interior paulista e o Rio; entre os 15 municípios paulistas que devem ser diretamente afetados, está Pindamonhangaba, cidade do governador Geraldo Alckmin (PSDB); já Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) prevê o "colapso no abastecimento de água" de todas as cidades ao longo do rio Paraíba do Sul, do Rio e de São Paulo

PIRACAIA, SP, 27.03.2014: ABASTECIMENTO/SP - Área da represa no reservatório do rio Jacarei, próximo à estrada que liga Piracaia a Joanópolis, na altura do km 103,5, conhecido como Túnel 7, onde a Sabesp faz uma obra, que visa em construir tubulações para
PIRACAIA, SP, 27.03.2014: ABASTECIMENTO/SP - Área da represa no reservatório do rio Jacarei, próximo à estrada que liga Piracaia a Joanópolis, na altura do km 103,5, conhecido como Túnel 7, onde a Sabesp faz uma obra, que visa em construir tubulações para (Foto: Gisele Federicce)


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247 – A decisão da Cesp (Companhia Energética de São Paulo) de diminuir a transferência da água do rio Jaguari para o rio Paraíba do Sul, que abastece principalmente o interior paulista e o Rio de Janeiro, deve afetar diretamente 41 cidades, entre elas a capital do Rio de Janeiro. O cálculo é da Agência Nacional de Águas (ANA).

Seriam afetados diretamente 15 municípios de São Paulo e 26 do Rio de Janeiro, segundo a agência. Entre os paulistas, está Pindamonhangaba, cidade do governador Geraldo Alckmin (PSDB).

Para o diretor-presidente da ANA, Vicente Andreu, a previsão legal de priorizar o abastecimento humano, conforme argumento a estatal de energia para diminuir a vazão do rio (leia mais aqui) tem de ser aplicada a um caso concreto. Não é o caso, por exemplo, de Santa Izabel, única cidade paulista que usa a água do Jaguari para consumo.

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"Em situação de desabastecimento grave, o DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica de São Paulo) poderia emitir uma declaração de situação de urgência. Sem isso, não se pode declarar uma medida emergencial. Não se pode adotar uma medida preventiva dessa maneira desproporcional. Pode ser boa a intenção, mas colocada de maneira equivocada. Justificar a ação com o sistema de interligação futuro (à bacia de Cantareira) é insuficiente", disse Andreu ao jornal O Globo.

Já o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) prevê um "colapso no abastecimento de água" de todas as cidades ao longo do rio Paraíba do Sul, nos estados de São Paulo e do Rio de Janeiro. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) deve notificar hoje a Cesp pedindo explicações sobre a decisão. Se em até 15 dias a empresa não atender à recomendação do ONS, pode ser multada em até 2% do faturamento.

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